domingo, 5 de agosto de 2018

Divisão na Igreja

Cristo Está Dividido? (Capítulos 1-4)

Nos dois ultimos programa fizemos uma abordagem geral da primeira carta de Paulo aos coríntios, apartir de agora vamos dar um enfoque mais detalhado.
A primeira carta aos coríntios é uma carta de disciplina, na qual Paulo, o pastor fundador da igreja, confronta os problemas pelos quais os crentes de Corinto estavam passando.
O primeiro problema abordado referia-se à divisão na igreja.
Os crentes estavam divididos entre aqueles que eles achavam ser seus melhores líderes.
O melhor líder para eles era quem os tinha levado a Cristo ou quem os tinha batizado: “Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo”. (1:12)
Mas Paulo tratou desses problemas de divisão fazendo uma pergunta básica: “Acaso, Cristo está dividido?” (v. 13)
Quando Paulo perguntou se Cristo estava dividido, foi direto à causa principal de toda a divisão na igreja.
Se crermos na ressurreição de Jesus Cristo, creremos que Ele está vivo em nossos corações.
Se Cristo vive nos corações dos crentes, então todos deveriam concordar a respeito de questões fundamentais referentes a Ele e deveriam saber que Cristo não pode ser dividido com essas questões.
Como Cristo, que vive em nós, vê a questão de diferença de raça ou classe social?
Se Cristo vive em nós e nós vivemos nEle, o que achamos a respeito dessa questão, ou de qualquer outra?
Se Cristo que vive em nós tem apenas uma opinião sobre racismo ou classes sociais, e se há divisões entre nós, é porque abrigamos essa divisão dentro de nós.
Paulo estava exortando os coríntios contra a divisão na igreja, e sua mensagem básica era para que eles seguissem a Cristo e não líderes humanos.
Paulo escreveu àqueles que se polarizaram ao seu redor e foi a eles que se dirigiu nos quatro primeiros capítulos desta carta.
Ele concluiu esta seção dizendo que, ele plantou, Apolo regou, mas foi Deus que fez crescer.
Quem planou ou quem regou é nada, porque foi Deus que fez a planta crescer.
Portanto, não devemos nos gloriar no homem, mas “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.

Não Exalte o Batismo

Paulo começou seu combate às divisões dizendo: “Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada”. (1:17)
Paulo aqui fez uma distinção bem clara entre a importância do batismo e a pregação do Evangelho.
Enquanto os crentes debatem a ligação do batismo com nossa salvação, Paulo ensina que o batismo não salva ninguém.
Se salvasse, ele o teria incluído na mensagem do Evangelho; mas ele deixou isso de lado, como algo que preferia não fazer.
Ele justifica sua posição dizendo que se tivesse batizado muitos cristãos de Corinto, talvez eles tivessem se tornado seus seguidores ao invés de seguidores de Cristo.

Não Exalte a Sabedoria Humana

Paulo perguntou: “Onde está o sábio? Onde está o erudito? Onde está o questionador desta era? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
... Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes”. (1:20 e 27)
Os cidadãos de Corinto eram conhecidos pelos seus debates filosóficos e intelectuais e essa intelectualidade fazia-os considerarem-se superiores. Mas Paulo levou aos coríntios, uma mensagem diferente.
Ele ensinou aos cristãos daquela cidade que os sábios deste mundo não são sábios aos olhos de Deus. Pelo contrário, Deus usa aquilo que é considerado tolo para envergonhar o que é sábio, para que desta forma Sua glória seja revelada.
Ao mesmo tempo, isso não quer dizer que é impossível que intelectuais conheçam a Deus, e que apenas os tolos O conheçam.
O que tudo isso quer dizer é que devemos nos gloriar em Deus e não em nós mesmos: “... vocês estão em Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de Deus para nós, isto é, justiça, santidade e redenção, para que, como está escrito: "Quem se gloriar, glorie-se no Senhor.” (1: 30,31)

Não Exalte o Ministro

Paulo continuou sua mensagem dizendo que o Espírito Santo é o único agente doador da vida e do nascimento espiritual: “Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloqüente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus.
Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês.
Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus.” (2:1–5)
Deus usa homens para comunicar Sua mensagem de salvação, mas usa o poder do Espírito Santo para provocar mudanças naqueles que ouvem o Evangelho.
A mudança na condição espiritual de uma pessoa não resulta de nenhuma habilidade humana, mas do poder do Espírito Santo naqueles que ouvem o Evangelho.
Como Paulo estava se dirigindo aos coríntios que tinham se polarizado ao seu redor e da sua liderança, agora ele os exortava a não se gloriarem nas suas habilidades ou talentos.
Quando Paulo escreveu esses quatro primeiros capítulos, exortou aqueles cristãos a gloriarem-se no poder do Espírito Santo que os tinha salvado quando ouviram o Evangelho e não no mensageiro que apresentou a mensagem.