terça-feira, 28 de abril de 2015

O propósito de Deus para a Igreja

1 - É fazer com que ela viva para o louvor de Sua glória. Tudo o que fazemos como ovelhas de Seu rebanho, deve ser para a glória de Deus. "...o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória." (Ef 1:14) 2 - É exigir uma vida de santidade. "Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento de sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual..." (Cl 1:9-18) Deus quer a Igreja viva para ele e na presença dEle, mas a missão da Igreja é no mundo, mas é cumprida na presença de Deus. 3 - É o que Ele tem para cada uma de suas ovelhas. "Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens..." (Tt 2:11-15) A Igreja não existe independentemente de seus membros; O apóstolo Paulo não usou a palavra Igreja em momento algum, mas falou crentes; Nós é que damos significado a Igreja enquanto comunidade viva onde se expressa o amor de Deus.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dizimos e ofertas

1.. O QUE É O DÍZIMO – A palavra hebraica para dízimo é [ma’aser] que significa “décima parte”. O dízimo é uma doutrina bíblica, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Leia com atenção Levítico 27.30.32 e Malaquias 3.10! 2. O SIGNIFICADO DA ENTREGA DO DÍZIMO – O princípio da entrega do dízimo é um reconhecimento de que tudo o que possuímos vem de Deus, desde “nosso fôlego” de vida. É soberba não reconhecer a soberania de Deus em nossa vida. (Is 42.5; Sl 24.1; Ag 2.8; 1Cr 29.11,12-14; Os 2.8) Entregar o dízimo é um ato de adoração a Deus por sua bondade e a fidelidade. (Dt 8.17, 18) Davi faz uma pergunta: “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?” (Salmos 116.12) Entregar o dízimo não é nada mais que devolver parte daquilo que Ele mesmo nos deu! Em recompensa à nossa fidelidade, Deus promete abençoar a “nossa parte.” — os 90%. Na prática somos meros administradores! Deus apenas nos dá uma oportunidade para exercermos nossa gratidão por seus benefícios. Este é o plano de Deus para a área financeira de nossa vida. 3. O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO – Exemplo de pessoas que entregaram dízimos: Abraão (Gn 14.20; Hb 7.1,2) Jacó (Gn 28.20-22). O dízimo foi incluído posteriormente na Lei (Dt 1422-23) Na instituição da Lei a tribo de Levi não teve herança na distribuição de terras em Israel. Deus estabeleceu que eles seriam sustentados pelos dízimos do povo. Em contrapartida eles eram responsáveis para alimentar o povo espiritualmente. Isto é, eles ministrariam o ensino e cuidariam do tabernáculo e dos utensílios usados na adoração. (1Cr 6.48; 2 Cr 31.4,5; Js 18.7 Dt 10.9; 12.19; Nm 18.24) Considere ainda os textos abaixo: 4. O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO – O EXEMPLO DE JESUS - Muitos não entregam o dízimo alegando ser coisa da Lei, mas Cristo deixou claro: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mt 5.17) Cristo também falou: “Daí a césar o que é de César e a Deus o que é de Deus. (Mt 22.21) A César pertencia os impostos, e a Deus? Evidentemente o dízimo! 5. A FINALIDADE DOS DÍZIMOS – Como foi visto, o dízimo antes da Lei de Moisés era espontâneo e refletia gratidão. Na Lei ele era usado para o sustento dos sacerdotes (A tribo de Levi 2 Cr 31.4,5). No Novo Testamento ele passa a ser usado no sustento dos obreiros, (1Tm 5.17,18; 1Co 9.7-14) realizar a obra da evangelização, assistência social, e suprimento do dia-a-dia da administração. 6. ONDE ENTREGAR O DÍZIMO – O texto de Malaquias 3.10 está no modo imperativo: “trazei”, é uma ordem que o destino dos dízimos é a casa do tesouro. Veja também Neemias 10.37. Portanto, não é correto entregar o dízimo a hospitais, creches ou a pessoas carentes. Uma observação: se o dízimo não fosse entregue na ocasião, era acrescentado da quinta parte sobre ele, que equivale a 20%. (Lv 27.31) 7. AS OFERTAS – O valor da oferta é livre. (2 Co 9.6,7; Dt 16.10,17; 2Rs 12.4) É um mandamento de Deus (Ex 23.15b) Deve ser dada como sacrifício e não daquilo que sobra. (Mc 12.41-44) A oferta expressa o grau de nossa gratidão pelas bênçãos que recebemos de Deus. (Dt 16.17; Lc 6.38) 8. A OFERTA ALÇADA – Vem do hebraico “teruma” significa pesadas, altas, elevadas, produtivas” Era uma oferta especial como por exemplo, quando para a construção do Tabernáculo. (Ex 25.1-8; 36.3-7) 9. PROMESSAS DE DEUS PARA OS QUE CONTRIBUEM COM ALEGRIA: •Prosperidade, bênçãos. (Pv 3.10; Ml 3.10) •Colherá com abundância. (2 Co 9.6; Hb 13.16) •É bem- aventurado e o devorador é repreendido. (Ml 3.8-12) •No céu também será recompensado. (Mt 6.4)

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Os "sem-igrejas" e a heresia da não sujeição

Por Jorge Fernandes Isah A primeira pergunta que se tem de responder é: o que é igreja? O que os irmãos entendem por igreja? Há os que consideram-na apenas como uma construção, um edifício, e nada mais do que isso. Há os que a têm por denominação, como uma instituição meramente humana, onde um grupo de pessoas se reúnem para professarem algum tipo de fé. Pode ainda ser utilizada para distinguir homens religiosos de não religiosos. Em todos esses aspectos terminológicos, e ainda em outros mais, o vocábulo igreja pode ser reduzido, o que acabaria por não configurar o seu significado verdadeiro. De certa forma, os termos aos quais ele é mitigado obscurece-o, não definindo a sua real essência e o seu correto entendimento bíblico. A primeira lembrança que nos vem à mente é de que a igreja é o corpo de Cristo. Esta é claramente a imagem que se descortina na mente do crente. Ele, como membro, faz parte desse corpo, sendo portanto, parte da igreja. Muitos afirmam que são a igreja, mas ela não é constituída por um único membro, mas por milhões deles, o que configura um ajuntamento, um agrupamento de pessoas atraídas por um mesmo chamado: aquele que eficazmente Deus produz no homem, de forma que não se pode resistir nem rejeitá-lo. Este é o chamado ao arrependimento, à regeneração, na qual o homem natural se transforma em espiritual, de perdido a salvo, de condenado a inocente; não por algum mérito que haja em si mesmo, mas por aquilo que Deus realiza nele, por meio da obra redentora do Senhor Jesus Cristo. Assim, essa é uma qualidade da igreja, a de ser um organismo, o que o corpo nitidamente é. Como organismo, a igreja é o corpo místico de Cristo [1Co 12.12-13], o qual é a cabeça, que guiará o corpo em todo o cumprimento da sua vontade; um povo escolhido para levar até os confins da terra o seu santo e bendito nome [At 15.14]. De forma que a palavra grega "eclesia", cuja tradução para o português é igreja, tem um significado muito mais abrangente, daqueles que são "chamados para fora", dentre as nações, ao nome do Senhor Jesus, para constituírem uma comunidade, uma assembleia, na qualidade de seguidores de Cristo, chamados "cristãos", a fim de obedecerem aos princípios por ele estabelecidos. A essa qualidade da igreja, podemos chamá-la de organização. O que muitos cristãos esquecem-se é de que a igreja não é apenas um corpo místico como pensam, o que é comumente chamado de "igreja universal", mas de que ela foi instituída por Deus tanto como igreja universal como igreja local. Essa doutrina de que a igreja local, como organização não tem o respaldo bíblico é uma falácia. Basta ver que os irmãos em Atos dos Apóstolos estabeleceram igrejas locais, suas prioridades, designaram cargos, funções, como diáconos, pastores, bispos, presbíteros, etc. O próprio apóstolo Paulo fala nos dons que Deus deu a cada um dos membros, e de que esses membros trabalhariam em harmonia a fim de que o corpo funcionasse em harmonia; a ordem do culto, como os irmãos deveriam se portar na ceia do Senhor, e muitas outras recomendações foram estabelecidas para uma igreja que se reúne, congrega, e tem comunhão efetivas. Logo a ideia do crente solitário, isolado, que assiste a prédicas pela TV, que acredita fazer parte de uma igreja virtual através das redes sociais, que ceia via satélite, simplesmente não existe. Com isso, não estou a dizer que não é possível ter comunhão com um irmão distante, do outro lado do globo, por exemplo, mas que isso não é o suficiente e não torna o trato virtual um tipo de igreja. É-se necessário que exista o corpo local, e de que os cristãos sejam partícipes dele, a fim de realizarem a obra que o Senhor nos deu a fazer, em ordem, decência, e sob os cuidados de todos os irmãos, de maneira que todos estejam participando ativamente e não sejam meros espectadores. Muitos não valorizam o trabalho eclesiástico por desconhecê-lo. Desprezam-no com argumentos particulares e que atribuem ao geral, a todos. Se há apostasia, heresia, mau-uso do dinheiro, despotismo, má-fé, e outros pecados, eles não podem ser imputados a todo corpo local. Tal atitude é, além de absurda, soberba, pois demonstra a quem a profere um tipo de "onipresença e onisciência" da qual nenhum homem, por mais viajado e bem informado, é capaz de ter; esses são atributos exclusivos de Deus e de mais ninguém. Então temos uma luta travada no próprio corpo, em que irmãos que se organizam, tal qual a igreja primitiva se organizou, são acusados de pecados que não cometeram. É como aquela piada da mãe que, vendo a água suja na banheira, joga-a fora juntamente com o bebê. O desprezo que se tem em certos grupos em relação à igreja institucional chega a ser doloso. A maioria, por desconhecer as Escrituras ou impor a ela o seu gosto pessoal, rebelam-se por seguir "mestres" sem entendimento e sem o devido zelo. Muitas vezes, por terem passado "mau-bocados" em alguma igreja ou sob a direção de algum pastor ou presbítero, acreditam que todas as igrejas, e consequentemente todos os pastores, presbíteros e diáconos, são deturpações da palavra de Deus, e obra exclusiva de satanás. Tudo bem, estou exagerando um bocado, mas já tive discussões com alguns irmãos que quase chegaram a essa afirmação, simplesmente não a concluíram nos termos em que expus, mas os sentido estava lá, latente, pronto a se manifestar. E, por isso [as vezes o sentimento de decepção, de frustração ou de vingança] saem por aí, sem zelo, sem discernimento, sem prudência, proclamando aos quatro ventos a "heresia da igreja organizacional". Esta semana me deparei com a seguinte mensagem em uma comunidade virtual: "Quanto mais a minha mãe fala para eu ir à igreja mais raiva eu tenho... Acabei de discutir com ela falei: Diz alguém que vc levou para a igreja enchendo a paciência assim? Algum irmão, o ex-marido? Fala um! Cansei! Desculpa o desabafo... Mas toda a vez que eu vou me dá nos nervos e vejo que perdi duas horas ou mais da minha vida, que podia estar descansando, sei lá...". Esta afirmação, que ganhou a concordância de outros irmãos, me parece, além de triste, infeliz, por vários motivos, mas apresentarei apenas dois: 1) A Bíblia nos ordena a honrar pai e mãe. Ora, mesmo que eles estejam equivocados em um ponto ou outro, isso não dá o direito de sermos desrespeitosos, impacientes e belicosos. Deveríamos ouvi-los e meditar no que dizem. É possível que a mãe exagere em seu cuidado e admoestação para que a filha procure uma igreja e congregue, mas, sabendo dos sérios problemas que advém da ovelha sem aprisco, se a filha soubesse, não agiria assim também com aqueles que ama? De qualquer forma, o testemunho que ela dá com a sua irritação para com a mãe é péssimo, e depõe para a fé cristã. Outra coisa, ainda: se o chamado a congregar não é atendido por quem não se interessa a congregar, o erro é de quem chama ou de quem não atende ao chamado? Se fosse assim, não haveria a ordem de Cristo para proclamar o Evangelho a toda criatura, pois o número daqueles que o rejeitam é muito maior do que os que o aceitam. Essa é outra estratégia para transferir ao outro a culpa que cabe somente a nós. Apelamos para o pragmatismo quando o que acontece não é falta de eficiência de quem chama, mas desobediência de quem rejeita. É o caso aqui, pois se todos rejeitam devo me calar por conta da rebeldia de quem não quer ouvir? 2) Ao dizer que lhe dá nos nervos as duas horas ou mais perdidas no culto, e de que poderia estar descansando ou fazendo outra coisa, vem-me à mente o tipo de cristão que se está construindo, ou melhor, que se está desconstruindo. É claro que há igrejas em que o Evangelho não é pregado, pastores e presbíteros são tão tolos que não deveriam guiar nem mesmo uma manada de bois, que as músicas são tão vulgares como os piores exemplos produzidos pelo mundo, mas generalizar é cair no mesmo caso de tolice e soberba que apontei anteriormente. No mínimo, deve estar faltando oração, pedindo-se a Deus que lhe destine um local onde possa servi-lo verdadeiramente. A ideia que se quer passar é de que nenhuma igreja presta, e de que todas representam perda de tempo. É melhor qualquer outra atividade do que estar na congregação. Atitudes assim demonstram desprezo e vaidade, além de individualismo e autosuficiência, do tipo, não preciso disso, posso muito bem viver sem isso. Então, um pecado gera o outro; e, deixo a pergunta, parafraseando o apóstolo do amor, João Evangelista: se não me sujeito à autoridade da igreja que vejo, como posso me sujeitar à autoridade de Deus que não vejo? Penso que há uma guerra barulhenta dos "sem-igrejas", não com o intuito de manterem seus privilégios, mas de arregimentarem novos adeptos de uma prática que em nada se configura cristã. Os exemplos tomados são sempre os piores, nunca há nada de virtuoso a ser experimentado ou testemunhado, o que garante o direito de se difamar homens e grupos religiosos cristãos como se fossem um bando de malfeitores. Há livros, em profusão, acusando pastores de "batedores-de-carteiras", e a igreja de quadrilha ou gang. A esse tipo de arrogância e desprezo chegam os "gurus" dos "sem-igrejas". São pessoas assim que elaboram os argumentos de uma vida tão apegada aos valores mundanos que, em sua cegueira, considera-os espirituais... Sem se preocuparem com a procedência desse espírito. É claro que no corpo local haverá, como o Senhor Jesus disse, o trigo e o joio, salvos e não salvos, onde aqueles trabalham para a glória de Deus, enquanto esses são empecilhos [ainda que em sua rebeldia também colaborem para a glória divina]. Não é possível dizer quem é e quem não é salvo, mas é certo poder dizer que os salvos estão entre os que se encontram sob a autoridade da igreja. Mas quanto a este ponto, falarei mais à frente, no decorrer das próximas aulas. O fato é que a doutrina do cristão sem-igreja não tem nada de santa, nem pura, nem cristã, nem mesmo religiosa [no sentido mais estrito do termo], ela, de certa forma, demonstra a incapacidade não do corpo local, mas daquele que se diz cristão de não se sujeitar à autoridade; e penso que isso é extremamente grave. As implicações vão desde uma vida vazia, sem qualquer testemunho de fé, até erros doutrinários, chegando-se ao ápice das heresias. A maioria deles não reconhece a Bíblia em sua infalibilidade, inerrância e inspiração divina. Outros são adeptos da descontinuídade das Escrituras. Outro tanto não reconhece nenhuma autoridade humana. E quando me deparo com qualquer deles e seus discursos autônomos vislumbro uma ovelha perdida, sem rumo, desgarrada. Opõem-se a todas as formas não organizacionais da igreja, mas acabam por optar por uma forma, ainda que não eclesiástica. Apenas querem cuidar dos seus narizes, sem responsabilidade para com o corpo, mesmo que seja o chafurdar na lama. Como já disse, não apelo para a perfeição da igreja local, mas não é possível aceitar os argumentos que os "sem-igreja" desajuizadamente querem dogmatizar. O interessante é que mesmo rejeitando um, alguns, ou todos os dogmas, eles acabam por estabelecer os seus próprios, a se agruparem, e terem uma convivência como qualquer outro grupo humano. Ao apelarem para o espírito, entregam-se à carne. E, simplesmente, não suportam a obediência, a fraternidade, a servidão e sujeição como marcas do cristão bíblico. Se há algo que devem fazer é se arrepender, e voltarem ao Evangelho. Pois, certamente, há igrejas onde ele é pregado, a obra de Cristo é realizada, o Espírito Santo atuando, e Deus glorificado. Notas: Indico os seguintes textos, disponíveis no Kálamos, como leitura complementar: 1) Haraquiri Teológico - Um reino sem súditos2) Haraquiri Teológico - Parte 2: a ignorância não protege ninguém 3) Autofilia 4)Ovelhas Desgarradas 5)Sustento pastoral & o corpo local dentre outros. 6) Baixe esta mensagem em Aula 43.mp3 Fonte: Kálamos

Você está cheio do Espírito Santo?

O apóstolo Paulo, preso em Roma, escreve sua carta à igreja de Éfeso, capital da Ásia Menor, e ordena: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Jesus morreu, ressuscitou e subiu ao céu. Então, o Espírito Santo, o outro Consolador, desceu e desceu para ficar para sempre conosco. Sem a obra do Espírito Santo jamais haveria um só convertido na terra, pois é ele quem aplica a obra da redenção. Concordo com Charles H. Spurgeon, quando disse que é mais fácil acreditar que um leão tornar-se-á vegetariano do que acreditar que uma pessoa só possa ser salva sem a obra do Espírito Santo. Todo crente é regenerado, habitado e selado com o Espírito Santo, mas nem todo crente está cheio do Espírito Santo. Uma coisa é ter o Espírito Santo; outra coisa é o Espírito Santo nos ter. Uma coisa é ter o Espírito Santo presente; outra coisa é ter o Espírito presidente. O texto em apreço nos ensina quatro verdades. Em primeiro lugar, a plenitude do Espírito é uma ordem expressa de Deus. Há duas ordens no texto. Uma negativa e outra positiva. A negativa é não se embriagar com vinho; a positiva é ser cheio do Espírito Santo. Assim como a embriaguez é um pecado; também o é a ausência da plenitude do Espírito Santo. Se a embriaguez produz vergonha e dissolução, a plenitude do Espírito Santo desemboca em comunhão, adoração, gratidão e serviço. Em segundo lugar, a plenitude do Espírito é uma exigência a todos os crentes. O ordem para ser cheio do Espírito é endereçada a todos e não apenas a alguns crentes. Os líderes, os anciãos, os adultos, os jovens, as crianças, os ricos, os pobres, os doutores, os analfabetos, todos os salvos, sem exceção, devem ser cheios do Espírito Santo. A plenitude do Espírito não deve ser uma exceção na igreja; é a norma para todos os crentes. Em terceiro lugar, a plenitude do Espírito Santo é uma experiência que deve ser repetida continuamente. Não se trata de um acontecimento único e irrepetível como é o batismo pelo Espírito no corpo de Cristo. A plenitude de ontem não serve para hoje, assim como a vitória do passado não garante vitória no presente. Todo dia é dia de ser cheio do Espírito Santo. Todo dia é tempo de andar com Deus e experimentar o extraordinário de Deus. As melhores experiências do passado podem ser medidas mínimas do que Deus pode fazer em nossa vida no futuro. Em quarto lugar, não podemos produzir a plenitude do Espírito, podemos apenas nos esvaziar para sermos cheios. A plenitude do Espírito Santo não é uma realidade produzida por nós. Não administramos essa experiência. Ela vem do alto, de cima, do céu. Devemos ser como vasos vazios, puros e disponíveis para o Espírito Santo nos encher. Não há limitação no Espírito Santo. Podemos ser cheios a ponto de sermos tomados de toda a plenitude de Deus. Você está cheio do Espírito Santo? Fonte: Palavra da Verdade

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Sua igreja talvez não seja uma igreja

Por Jared C. Wilson "Queremos ir a um lugar com estacionamento amplo, que nos dê um café de graça assim que entremos. Queremos sentar em uma cadeira confortável que vibra. Queremos uma banda bombante. Queremos ver fumaça. E um laser que desenhe uma cruz na fumaça. Queremos um bom cantor para cantar coisas confortadoras enquanto ouvimos admirados. Queremos um palestrante enérgico para aliviar nosso medo da economia e que nos inspire em não mais que 20 a 22 minutos. Então queremos ir embora sem ser incomodados, ter nossas retinas scanneadas para pegar nossos filhos, e vê-los descer do parquinho, depois de terem ouvido uma lição de ninguém menos que o próprio Bob Esponja Calças Quadradas, sobre obedecer aos pais e não mentir. E, se nos sentimos assim, queremos tudo isso novamente na próxima semana. Isso é o evangelicalismo." Essa é minha paráfrase de um sermão recente de Matt Chandler na Village Church. Um pastor de louvor e adoração visitou uma igreja local esses dias, uma pela qual até tenho certo respeito. Ele disse que não ouviu o nome de Jesus na mensagem. Já sabemos que muito do que se passa por evangelicalismo tem pouquíssimo, se é que tem, evangelho. É possível que muito do que se passa por “igreja”… não seja uma? Aqui vão alguns sinais de que sua igreja talvez não seja realmente uma igreja. Sua igreja talvez não seja uma igreja se… Seu pastor raramente fala sobre Jesus. (Essa é fácil). Seu pastor fala sobre Jesus, mas somente no estilo “siga seu exemplo”. (Você poderia ser um Mórmon ou mesmo muçulmano e pregar desse jeito). As músicas de “adoração” são mais sobre como você se sente e o que você pode fazer, em oposição a quem Deus é e o que Ele fez. A extensão do envolvimento de quase todos na igreja está limitada ao culto semanal. Seu pastor não pastoreia as pessoas cara a cara, mas gerencia “sistemas” em seu escritório, 40 horas por semana. Alguns desses sistemas são projetados para que o pastor interaja com o menor número de pessoas possível. Você não se lembra da última vez que participou da Ceia do Senhor. Muito do planejamento e foco na organização gira em torno de fazer um culto sensacional. Você nunca ouve a palavra “pecado” por lá. Você ouve a palavra “pecado”, mas apenas brevemente ou redefinida como “falhas”. Você não se lembra a última vez que ouviu o nome de Jesus em uma mensagem. A mensagem de Páscoa não é sobre a ressurreição, mas “novas oportunidades” na sua vida ou virar uma nova página. Em feriados patrióticos, a mensagem é sobre quão grande nosso país é. Nos outros fins de semana, a mensagem é sobre quão grande você é. Há mais vídeos que orações. Pessoas não cantam durante o culto de “adoração”, mas assistem. As responsabilidades principais do pastor são coisas estranhas à Escritura. Existe mais dinheiro investido em propaganda que em missões. A maioria dos pequenos grupos gira em torno de esportes ou lazer, e não estudo ou serviço. Você sempre se sente confortável lá. Ser membro da igreja parece apenas um sistema de recrutamento de voluntários. Você só encontra outras pessoas da igreja nos cultos de domingo. Se sua igreja parece com uma ou mais dessas coisas, talvez seja uma torcida espiritual, um teatro religioso, um clube social cristão, ou alguma coisa totalmente diferente, mas, provavelmente, biblicamente falando, não é uma reunião da igreja bíblica. Fonte: Iprodigo

A Igreja de Laodicéia e a Igreja de Hoje

Por Pr. Silas Figueira “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!” Ap 3.15 “Conheço as tuas obras...” Quando o Senhor disse para a igreja de Laodicéia que conhecia as suas obras, Jesus queria dizer que tinha profundo conhecimento do estado dessa igreja, e o que Ele viu em nada lhe agradou. A carta aos Laudicenses não contém nem um elogio, nem críticas por ensinos falsos ou imoralidade. O problema dos Laodicenses era que eles não eram nem frio nem quente. Eles não tinham a frieza da hospitalidade ao evangelho ou a rejeição da fé; mas também não tinham o zelo e fervor (At 18.25; Rm 11.11) [1]. O problema da igreja de Laodicéia não era teológico nem moral. Não havia falsos mestres, nem engano. Não há na carta menção de hereges, malfeitores ou perseguidores. O que faltava à igreja era fervor espiritual. A vida espiritual da igreja era morna, indefinível, apática. A vida espiritual da igreja era acomodada. O problema da igreja não era heresia, mas apatia [2]. “... que nem és frio nem quente...” A cidade de Laodicéia não possuía suprimento de água próprio, mas tinha que ser servida por aqueduto, que vinha de Hierápolis e Colossos. A água de Colossos era muito gelada e a de Hierápolis era muito quente, mas como percorriam uma distância muito grande nem chegava fria e nem quente, mas chegava morna. As águas termais de Hierápolis ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos eram boas para beber. Dessa forma, a igreja de Laodicéia não estava oferecendo nem refrigério para o cansaço espiritual nem cura para o doente espiritual. Era totalmente ineficaz e, assim, desagradável ao Senhor. As águas mornas de Laodicéia basicamente não serviam para nada; só davam ânsia de vômito! Talvez nenhuma das sete cartas seja mais apropriada à Igreja do final do século vinte [e início do século vinte um] do que esta. Ela retrata nitidamente a religiosidade respeitável, nominal, um tanto sentimental e superficial tão difundida entre nós atualmente. Nosso cristianismo é frouxo e anêmico [3]. Desconfio que não seja pequeno o número de pessoas em nosso país que acreditam que não fazer nada de mal é suficiente para que Deus esteja satisfeito. Essa é uma das mais diabólicas mentiras que afetam a vida dos cristãos. Para agradar o coração de Deus não basta afastar-se do mal, é preciso aproximar-se do bem. Podemos passar um verniz de crente em nossas vidas até convencer as pessoas de que somos supercrentes, mas não vamos conseguir enganar a Deus, que tudo vê e tudo conhece [4]. “... Quem dera fosses frio ou quente!” É mais honroso ser um ateu declarado do que ser um membro incrédulo de uma igreja evangélica [5]. A indiferença é pior que a frieza. Jesus disse em Mateus 5.37: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.” 3.16 – “Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;” Por ser morna a igreja de Laodicéia estava a ponto de ser vomitada pelo Senhor. O termo vomitar no grego é emeo, cuspir ou vomitar. Desse termo é que se deriva o vocábulo moderno emético, um agente que causa vômito [6]. Uma pessoa morna é aquela em que há contraste entre o que diz e o que pensa ser, de um lado, e o que ela realmente é, de outro. Ser morno é ser cego à sua verdadeira condição de alguém [7]. Assim era a igreja de Laodicéia, uma igreja indiferente ao seu estado espiritual. A enérgica expressão de Cristo é de aversão. Ele repudiará totalmente aqueles cuja ligação com Ele é puramente nominal e superficial [8]. 3.17 – “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma...” O autoengano é uma grande tragédia. Laodicéia considerava-se rica e era pobre. Sardes se considerava viva e estava morta. Esmirna se considerava pobre, mas era rica. Filadélfia tinha pouca força, mas Jesus colocara diante dela uma porta aberta. O fariseu, equivocadamente, deu graças por não ser como os demais homens. Muitos no dia do juízo vão estar enganados (Mt 7.21-23). A igreja era morna devido à ilusão que alimentava a respeito de si mesma [9]. A igreja de Laodicéia avaliava a si mesma segundo os padrões de riqueza material, pois estava imersa na mentalidade do mundo. Essa igreja tanto estava no mundo como fazia parte do mesmo. Por essa razão é que era totalmente ignorante a sua verdadeira situação espiritual [10]. Por ser a cidade de Laodicéia uma cidade muito rica e orgulhosa, os cristãos contraíram a mesma epidemia. Os membros dessa igreja tornaram-se convencidos e vaidosos. Não há nenhuma diferença em relação a igreja atual. Quantas igrejas se julgam melhores que as outras por terem melhores condições financeiras, pensam que por estarem bem melhores localizadas são superiores as outras. Esse mesmo espírito que agia na igreja de Laodicéia ainda age nos dias de hoje em muitas igrejas e ministérios. As bênçãos do Senhor são medidas na vida de muitos ministérios e de muitas pessoas pelo o que essas pessoas ou ministérios possuem e não por terem uma vida na presença de Deus. O apóstolo Paulo escrevendo à Timóteo diz: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida.” (1Tm 6.17-19). “... e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. A igreja de Laodicéia era morna em seu amor a Cristo, mas amava o dinheiro. O amor ao dinheiro traz uma falsa segurança e uma falsa autossatisfação. A igreja não tinha consciência de sua condição [11]. Na realidade ela é um mendigo cego, sem recursos, vestido de trapos. A palavra “nu” pode significar insuficientemente trajado [12]. Esta é a visão de Cristo a nosso respeito se somos como esses cristãos nominais, que não assumem um compromisso fervoroso com Ele. Moral e espiritualmente, tais indivíduos, são nus, mendigos e cegos. São mendigos porque não tem como comprar seu perdão ou passaporte para o Reino de Deus. São nus porque não têm roupas adequadas para se apresentarem diante de Deus. São cegos porque não conseguem enxergar sua pobreza espiritual nem o perigo espiritual em que se encontram [13]. 3.18 – “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”. “Aconselho-te...” A única coisa boa em Laodicéia é a opinião da igreja sobre si mesma e, ainda assim, completamente falsa. Ela tem a pretensão de ter todas as coisas, mas ma realidade não tem nada [14]. Devido a essa falsa opinião que ela tem de si mesma, o Senhor se coloca diante dela para aconselhá-la. Cristo prefere dar conselhos em vez de ordens. Sendo soberano do céu e da terra, criador do universo, tendo incontáveis galáxias de estrelas na ponta dos dedos, tendo o direito de emitir ordens para Lhe obedecerem, prefere dar conselhos. Ele poderia ordenar, mas prefere aconselhar [15]. A igreja que recebeu o julgamento mais severo de todas, recebe também os conselhos da maior misericórdia. Por pior que seja uma comunidade, ela é sempre uma luz, não por mérito próprio, mas por causa da misericórdia de Jesus, que está sempre pronto para corrigir, perdoar e aconselhar. “... que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres...” Não devemos perder a ênfase que está posta nas palavras “de mim”. Isto estava acima de tudo o que os laodicences tinham de aprender. Eles consideravam-se autossuficientes; deveriam humildemente encontrar sua suficiência em Cristo [16]. A vida espiritual de Laodicéia era como bijuteria, cujo aspecto é de semelhança, mas na realidade é falso, sem qualquer valor [17]. Jesus retratou o Reino do Céu como um tesouro enterrado em um campo que um homem comprou, e como uma pérola de grande valor que um comerciante comprou com dinheiro (Mt 13.44,45). Isto são comparações que descrevem o valor inestimável das bênçãos do Reino dos Céus. Neste versículo Cristo está exortando a igreja que procure as verdadeiras riquezas – ouro refinado pelo fogo, que não perde o brilho [18]. Jesus está indubitavelmente usando a linguagem apropriada à mentalidade comercial dos laodicenses. Cristo se compara a um mercador que visita a cidade para vender as suas mercadorias e entra em concorrência com os outros vendedores. “Aconselho-os a abandonar os seus antigos vendedores”, diz o mercador divino, “e vir negociar comigo”. Talvez Ele esteja também pensando no convite de Yahweh: “Todos vós os que tendes sede, vinde às águas; e vós os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei. Sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Is 55.1) [19]. “... vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez...” Laodicéia era um grande centro da indústria do vestiário, na antiguidade. Os crentes dali se vestiam com elegância, mas espiritualmente estavam nus [20]. Estas vestes brancas representam referem-se à justiça dos santos (Ap 19.8). “... e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”. Os olhos dos crentes de Laodicéia estavam fechados devido à doença espiritual que eles haviam adquirido. Jesus os exorta a lavar os olhos com o colírio que Ele tinha a oferecer e não o colírio que a cidade fabricava, pois o colírio que eles fabricavam era bom para as doenças físicas, mas para a doença espiritual só o colírio de Cristo. Somente Jesus tem o colírio que pode curar a cegueira espiritual tanto da igreja de Laodicéia quanto da igreja atual. Só assim eles poderiam ver o estado deplorável que a igreja se encontrava. A igreja de Laodicéia estava infeliz, miserável, pobre cega e nua, no entanto, não conseguia ver isso. A cegueira espiritual nos impede de ver a verdade, pois como nos fala o apóstolo Paulo em 2Co 4.4: “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. Todo o aparato e luxo de vestir o corpo não valem coisa alguma; o que vale é o incorruptível traje espiritual (1Pe 3.4), que esconde a nudez espiritual. 3.19 – “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.” A essa igreja morna, infeliz, miserável, pobre cega e nua o Senhor dirige uma palavra de extremo amor. O Senhor a chama ao arrependimento. Disciplina é um ato de amor. Inegavelmente é porque anseia salvá-los do juízo final é que repreende e disciplina. A base da disciplina é o amor. Porque Ele ama, disciplina. Porque ama chama ao arrependimento. Porque ama nos dá oportunidade de recomeçar. Porque ama está disposto a perdoar-nos [21]. A palavra amor usada aqui no texto é phileo. É o amor de sentimentos, afeições e emoções. Neste contexto, esta é a palavra mais importante que Cristo poderia usar [22]. Mas todo esse amor sem que eles não tomassem duas atitudes básicas de nada adiantaria. Era necessário em primeiro lugar que a igreja deixasse de ser morna e se tornasse uma igreja quente, fervorosa e a segunda coisa que ela deveria fazer era arrepender-se. Aliás, este é um dos elementos de quase todas as cartas, a chamada ao arrependimento, exceto Esmirna e Filadélfia não foram chamadas a se arrependerem. Arrependimento é o ponto chave para a vida cristã, sem arrependimento não pode haver mudança na vida da igreja, tanto que Jesus inicia o seu ministério chamando os povos ao arrependimento (Mt 4.17). Arrepender-se é dar as costas a esse cristianismo de aparências, de faz de contas, de mornidão. A piedade superficial nunca salvou ninguém. Não haverá hipócritas no céu [23]. Devemos vomitar essas coisas da nossa boca, do contrário, Ele nos vomitará. Devemos trocar os anos de mornidão pelos anos de zelo. Notas: 1 - Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p. 51. 2 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 140. 3 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 114. 4 - Oliva, Alfredo dos Santos. Uma Igreja Sem Propósitos, Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 2004: p. 122. 5 - Bloomfield Arthur E. As Profecias do Apocalipse, Ed. Betânia, Venda Nova, MG, 7º edição, 1996: p. 86. 6 - Champlin, Ph. D., R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo. Ed. Candeia, São Paulo, SP, 10º reimpressão, 1998: p. 432. 7 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 116. 8 - Ibid, p. 119. 9 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 141. 10 - Champlin, Ph. D., R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo. Ed. Candeia, São Paulo, SP, 10º reimpressão, 1998: p. 432. 11 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 141. 12 Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p. 52. 13 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 118. 14 - Wilcock, Michael. A Mensagem do Apocalipse. ABU Editora, São Paulo, SP, 1986: p. 35. 15 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 143. 16 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 120. 17 - Szczerbacki, Rubens. Revelando os Mistérios do Apocalipse, Ed. Betel, Rio de Janeiro, RJ, 1986: p. 77. 18 - Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p. 52. 19 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 120. 20 - Champlin, Ph. D., R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo. Ed. Candeia, São Paulo, SP, 10º reimpressão, 1998: p. 433. 21 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 144. 22 - Lawson, Steven J. As sete igrejas do Apocalipse. Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 4º edição, 2004: p. 184. 23 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 121.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Jezabel ontem e hoje

Por Pr. Silas Figueira “Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesmo se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” Ap 2.20 “Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel...” Antes de Jesus reprovar esta mulher chamada Jezabel o Senhor reprova a igreja. Por esta igreja estar crescendo, Satanás a ataca não de fora para dentro, mas o seu interior. Enquanto Éfeso era intolerante com os falsos ensinos e com os falsos apóstolos, Tiatira era totalmente tolerante com o erro. Os líderes, de modo geral, estavam errados por não tomarem a iniciativa de advertir Jezabel e seus seguidores. A igreja tinha amor, mas não tinha sã doutrina. Quando, porém, a libertinagem incorpora-se à igreja, e a comunidade, por sua vez, é induzida a tolerá-la num contínuo irresponsável, sem seriedade na disciplina e sem misericórdia na restauração, a pedagogia do escândalo produz exatamente o inverso. A imoralidade e o desvio perpetuam-se, trazendo cinismo às pessoas e ao grupo como um todo, gerando ainda mais impureza, doença, destruição e morte [1]. Para entendermos melhor o pecado dessa igreja em relação a esta mulher, temos que conhecer a Jezabel do Antigo Testamento. A Jezabel do A.T. aparece pela primeira vez em 2Rs 16. 31. Lá o texto nos diz que ela era filha de Etbaal, rei dos sidônios, e eles eram adoradores de Baal o deus pagão da fertilidade. A adoração a esse deus pagão incluía as mais grotescas imoralidades. Os templos de Baal eram repletos de prostitutas e prostitutos. Esta mulher se casou com o Acabe rei Israel e por causa disso toda a nação passou a servir a Baal. Por esse tempo o Senhor levanta o profeta Elias para desafiar Jezabel e os seus profetas. O nome Jezabel quer dizer “Montão de Lixo” [2]. Para alguns esta mulher era a esposa do pastor da igreja de Tiatira. Não sabemos ao certo se esse era realmente o seu nome, tudo indica que na verdade o Senhor esta se referindo aqui a um sistema satânico, o mesmo que agiu na época de Elias fazendo com que toda a nação se afastasse de Deus. A segunda Jezabel estava induzindo os servos de Deus ao pecado. Pregava que os pecados da carne podiam ser livremente tolerados. A liberdade que ela pregava era uma verdadeira escravidão [3]. O apóstolo Paulo já havia alertado a igreja de Gálatas sobre o perigo de usarmos da liberdade alcançada em Cristo e utiliza-la para o pecado. Corremos o mesmo perigo quando não entendemos o que significa a verdadeira liberdade que Cristo nos deu através da Sua morte na cruz. Veja o seu alerta a esta igreja: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor” (Gl 5.13). “... que a si mesmo se declara profetisa...” Os profetas gozavam de alto conceito na igreja primitiva, e são mencionados em relacionamento estreito com os apóstolos (1Co 12.28; Ef 4.11). Em Rm 12.6 a profecia é a primeiro da lista dos dons do Espírito [4]. Sendo assim os profetas e as profetisas tinham grande estima no meio da igreja, ainda mais que a igreja ainda não tinha o Novo Testamento, como nós temos hoje com seu relato inspirado das palavras e dos atos de Cristo. Por isso que essa Jezabel era tão conceituada no meio da igreja, afinal de contas era dizia ser profetisa, com revelações especiais da parte de Deus que a qualificavam como mestra com autoridade. Essa é a razão pela qual há tanta gente que permanece em certos espaços religiosos sem se aperceber do engano que as envolve. São pessoas que vivem atrás de revelação e não atrás da genuína pregação da Palavra de Deus. As pessoas querem ver o milagre não importa de onde proceda esse milagre. Por isso que a igreja brasileira está como está tendo tantos líderes mal intencionados proliferando em nossa terra, pois há em nossas igrejas muitas pessoas ávidas pelo misticismo e em busca do prazer sem compromisso com a palavra de Deus. Muitos líderes não tem nenhuma vergonha na cara de fazer chacota com as crises que as pessoas estão passando. Muitos se aproveitam desse momento de fragilidade, seja na área emocional, profissional, familiar, na saúde para brincar com a fé dessas pessoas e arrancar delas tudo o que elas tem. Primeiro lhes arranca o dinheiro, depois lhes arrancam a fé e por fim leva essas pessoas a total bancarrota espiritual. Temos visto isso ocorrer em todos os seguimentos da igreja que se diz evangélica, mas que a muito tempo se tornou uma servidora fiel de Satanás. Líderes que sem nenhum pudor, sem nenhum temor manipulam a Palavra de Deus para se beneficiar. São os Caifás modernos, são pessoas que se utilizam da religião para enriquecerem, são monstros cruéis, leviatãs camuflados de sacerdotes enganando o povo que anda cego em busca de um milagre. E é exatamente na crise, na fragilidade e da fragilidade humana que esses crocodilos se alimentam. Alimentam-se da dor de uma mãe que está vendo seu filho indo para as drogas, que está vendo sua filha na prostituição, um pai de família desempregado e vendo dia após dia as contas de acumularem e o alimento se acabando no armário. Aproveitam-se daquela esposa que está vendo seu casamento se acabar e esta lutando com todas as suas forças não vendo resultado o do seu esforço. Esses crocodilos fantasiados de sacerdotes do Deus Vivo são instrumentos de Satanás vendendo os seus martelos poderosos, as suas meias milagrosas, as suas águas bentas que tudo purifica, o sal grosso, a arruda, a rosa, a toalha encharcada de suor e meleca do apóstolo. Como se diz por aí, crente não acredita em cartomante, mas adora uma revelagem, e o que mais vemos por aí são crentes buscando revelação. Esses Caifás modernos não poupam nem crianças... Mas tudo isso ocorre porque o brasileiro é um povo místico e imediatista, querem o milagre não importa de onde venha nem quanto custa. Vivem de campanha em campanha. Quem alimenta essa máfia de crocodilos são as próprias pessoas que as buscam ávidas por ver o milagre. Muitos, é bom lembrar, são levados como ovelhas para esses matadouros, são inocentes, mas outros já são crias antigas desse sistema viciante e não sabem ou não querem sair dessa roda viva em busca das migalhas alcançadas. Eu creio que muitos ali alcançam alguns benefícios, pois Satanás é ardiloso e nós conhecemos os seus desígnios e ardis. Alguns milagres são fabricados, outros ocorrem na mente de gente que desesperadamente quer ver alguma coisa acontecer, nem que seja na vida dos outros. É uma porta de emprego que se abre, é um namorado que se arranja, é uma bênção nessa ou naquela outra área que se alcança. Mas tudo isso não procede de Deus, pois Deus não tem compromisso com os que falam em seu nome aquilo que Ele não disse e nem prometeu. O evangelho Puro e Simples, o Evangelho transformador que trás ao coração do homem esperança, alento, renova a fé e opera o maior milagre que pode ocorrer na vida de uma pessoa que é a salvação, esse tem sido esquecido ou muito pouco procurado e por causa disso alguns tem se vendido a esse mercado das campanhas, dos atos proféticos, das unções e jejuns de Daniel. Quantas pessoas inocentes estão sendo roubadas daquilo que é mais bonito na vida que é o prazer de servir a Deus pelo o que Ele é e não pelo o que Ele dá e faz. “... não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” Essa mulher não só ensinava como também seduzia a igreja a praticar a imoralidade. O erro dela era o mesmo praticado pelos nicolaítas em Pérgamo que combinavam os ideais cristãos com a imoralidade e a idolatria. Esta mulher ensinava que os crentes não podiam cometer suicídio comercial, antes, deviam participar dos banquetes dos grêmios e comer carne sacrificada aos ídolos, bem como das festas imorais. Ela ensinava que os crentes deviam defender seus interesses materiais a todo custo. Prejuízo financeiro para ela era mais perigoso que o pecado [5]. Ela amava ao dinheiro, não a Deus. Ela tinha compromisso com Mamon e não com Jesus. Luís Wesley de Souza citando Stedman diz que “o maior e mais eficaz estratagema de Satanás, diga-se de passagem, é fazer com que os crentes verdadeiros vivam um falso cristianismo que pensam sinceramente ser autêntico”. Essa é a razão pela qual há tanta gente que permanece em certos espaços religiosos sem se aperceber do engano que as envolve [6]. Notas: 1 Souza, Luís Wesley de. Uma Igreja Sem Propósitos, Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 2004: p. 83. 2 Silva, Severino Pedro da. Apocalipse versículo por versículo. Ed. CPAD, São Paulo, SP, 1985: p.45. 3 Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p.104. 4 Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p.41. 5 Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 106. 6 Souza, Luís Wesley de. Uma Igreja Sem Propósitos, Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 2004: p. 85.