terça-feira, 28 de julho de 2015

Crer e acreditar




João Cruzué

Crer e acreditar, são duas palavras, dois verbos, que aparentemente não possuem diferença semântica, mas para mim, espiritualmente, têm significados bem diferentes.

Em uma simples análise, crer e acreditar são sinônimos. Dar crédito, ter confiança, ter como verdadeiro, ter fé... enfim, iguais. No campo da exegese bíblica, nada tão diferente, a não ser o fato de que há pouquíssimo uso do verbo acreditar nos textos bíblicos, pelo menos nas traduções da "Almeida Revista e Corrigida, edição 1995 e Bíblia Digital América (Sociedade Bíblica Trinitariana) com citações da Versão King James. Na pesquisa desta última, o verbo crer aparece flexionado 92 vezes, e acreditar apenas 11. Na Versão Almeida Corrigida, acreditar é citado apenas 10 vezes. Então, biblicamente, dá para perceber que há, sim, diferença entre ambos.

O significado de acreditar na bíblica é basicamente "dar crédito a". Crer, por outro lado, é um verbo carismático, ativo, que envolve um componente especial: A fé. Tendo feito estas considerações, vamos à reflexão de fato.

No 2º Livro dos Reis, o Rei da Síria fazia guerra contra Israel, e Deus revelava os planos dele ao profeta Eliseu. Quando o Rei sírio soube que o profeta estava em Dotã; para lá enviou, à noite, cavalos, carros e um grande exército. Então, o moço do profeta Elizeu acordou bem cedo e se assustou quando viu o grande exército síriocercando a cidade. Com medo, acordou o profeta e disse: Ai, meu senhor! O que faremos? Isso aconteceu, porque o moço ACREDITAVA naquilo que seus olhos viam.

Então o profeta Eliseu respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. Ele dizia assim, porque tinha mais experiências com Deus. Eliseu usava os olhos da fé para se orientar e não dava crédito apenas aos que seus olhos viam. E por isso orou pelo moço: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos [espirituais] para que veja. 

Ver com os olhos da fé, é crer.

E depois que o Senhor abriu os olhos do moço, ele viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.


É possível conhecer e acreditar em muitas coisas, e ao mesmo tempo sentir-se infeliz, vazio e a mais derrotada das criaturas. E digo mais: A maioria dos que olham para você podem acreditar que você é feliz, bem resolvido e cheio de sucesso.

Como isso é possível? Sim é possível, por causa do crédito às aparências.


Outro exemplo bíblico. Outro profeta. Samuel, foi enviado à casa de Jessé, o belemita, para ungir um novo rei sobre Israel.

E quando Eliabe, o primogênito de Jessé, passou diante dos olhos do profeta, este pensou: Certamente, está perante o Senhor o seu ungido. Se encantou pelas aparências, mesmo sendo um profeta experiente. Foi surpreendido pela voz do Senhor: "Samuel, não dê crédito à aparência, nem para a altura de sua estatura, porque o tenho rejeitado. Porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração."

Fico imaginando, se até um profeta como Samuel se equivocou, quanto mais um simples crente, como eu?


Paulo escreveu assim em II Coríntios 5:7: "Porque andamos por fé e não por vista."

Andar por vista é
 acreditar na aparência daquilo que vemos.

Crer é diferente. Para crer é preciso fé. E a fé não é de todos. II Tes. 3:2.

Para que o moço de Eliseu visse os cavalos e os carros de fogo sobre os montes, ele não precisava de um curso de teologia nem um doutorado em divindade. Os olhos da sua fé foram abertos por uma oração feita por quem tinha a presença de Deus na vida: "Senhor abra os olhos do moço, para que veja."


Quem sabe, até este momento você tem acreditado em muitas coisas que têm aparência de verdade, cheiram como verdade, outros atestam que são verdadeiras, mas não passam de declarações humanas?

E como prova disso, aí está você, no íntimo do seu ser, sentindo-se vazio e infeliz. Olha, há pessoas costumam passar a vida inteira a procura de algo que as satisfaçam e, paradoxalmente, não conseguem achar o que o que procuram, e que está tão perto.

Outras procuram experiências místicas ou uma religião, pensando que rituais, liturgias e regras de conduta são o bastante para acreditarem que Deus está no comando de suas vidas. Mas podem estar tão enganadas.

Quero terminar este texto refletindo sobre a vida de Saulo de Tarso. Ele acreditava que estava fazendo a vontade de Deus. Ele acreditava que acabar com os cristãos era o propósito de Deus para sua vida. Ele era pós-graduado nas escrituras judaicas. E mesmo assim estava enganado. Deus teve misericórdia dele, e se deixou conhecer. Anos depois já convertido, Paulo - o apóstolo dos gentios, disse estas palavras:

"Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e a tua Casa." Atos 16:31.

Divórcio



Por João Cruzué


Trabalhei por quase seis anos à frente de uma congregação da Igreja Assembleia de Deus e, já a partir da primeira semana, peguei amor pela Igreja. O tempo que fiquei, comparado com o de outros dirigentes de congregação foi muito pouco, mas eu descobri que as coisas quando são feitas na vontade de Deus vão prosperar, mesmo que por certo tempo possa parecer que não. Quando a luta se abate forte sobre uma família, a última palavra sobre um casamento quem pode dar é o Senhor Jesus Cristo. Basta que você faça uma coisa fundamental. É sobre isto que vamos refletir.

A Igreja, na Bíblia, sempre foi comparada como uma noiva e seu bem amado é o Senhor Jesus Cristo. O amor fiel de Cristo pela Igreja, é o melhor exemplo para um casal de noivos a caminho do altar. Uma coisa curiosa, por outro lado, tem acontecido: Jovens cristãos que a pouco tempo se casaram, dois anos, cinco anos, sete anos, não desfizeram os votos de fidelidade, porque descobriram os defeitos ou os vícios do cônjuge. Particularmente, por estes dias, uma pessoa conhecida, que abandonou a esposa e os filhos para tentar construir um novo lar, se assentou ao meu lado e começou a abrir seu coração.

Uma família é um dom de Deus. Ela não deve ser constituída a toque de sentimentos, apenas. Aquela frase "o amor é eterno, até que dure" é uma peça de publicidade mentirosa. Deus criou o amor, e ele pode ser eterno, mesmo que advenha tempestades com raios e trovões. O detalhe é: quem escolheu seu cônjuge - foi você mesmo, ou esperou pela vontade do Senhor Jesus? Aqui está o grande segredo. Quem acha uma esposa (ou um esposo), diz a Bíblia: alcançou o favor de Deus.

Uma esposa não é um copo descartável, para que você beba por cinco, dez, 20 anos e depois joga fora. O cristão não se enamora primeiro de qualquer pessoa, e só depois vai perguntar para o Espírito Santo se é aquela é o prometido ou a Rebeca. Um lar não deve ser formado na base de sentimentos, porque nosso coração pode ser tomado de paixão, e depois que a paixão passar, vamos tentar formar um outro. Assim como Jesus sempre vai ser o Noivo da Igreja, da mesma forma quando dois jovens se casam, é um casamento para toda vida.

E assentou-se ao meu lado por estes dias um moço não crente que se casou uma moça de uma família evangélica. Por muito tempo soubemos que ela passava por muito sofrimento por causa de ter se unido a um marido descrente. Vieram os filhos, e depois de uns 12 anos, ele trocou a esposa por outra mulher. Divorciou-se da primeira e arranjou outra família.

O tempo foi passando, as dificuldades chegando e assim, ele buscou a Casa de Deus e aceitou Jesus. Isto ele fez, porém não encontrou a paz de espírito, pois permaneceu a culpa e o remorso por ter abandonado a primeira família. Sentado a meu lado, perguntava o que fazer.

--Depois que você aceitou Jesus, você já foi até sua ex-esposa para lhe pedir perdão? Sim, pois para ter paz em nosso coração, você precisa ir amarrando a corda nos lugares onde ela arrebentou. E mesmo que faça isto, não vai reconstruir o muro que foi derrubado com o divórcio. Seu mau exemplo pode ser vir pretexto para a separação de filhos e netos. Como costumava ensinar meu antigo e já falecido pastor: Lembra, pois, de onde caístes, vai e arrepende-te! 

Quando duas pessoas se casam, são duas cultras familiares diferentes que se unem. Junto vêm defeitos e virtudes. Marido e esposa possuem personalidades diferentes que, de comum acordo, prosperam e trazem a firmeza de um lar. Quando os atritos acontecem, e eles vêm, há dois caminhos a tomar: quem é de Deus vai e busca a presença do Senhor e intercede em favor do seu lar. Mesmo que estiver chovendo pedras ou canivetes, a um clamor sincero de um crente Deus ouve e responde. O outro caminho é ceder aos argumentos do diabo e abandonar o lar.

A resistência de um lar vem da oração do marido, e a visão das dificuldades vem da capacidade maior de discernimento da esposa. Se os dois são cristãos, na hora que a vaca tosse, se um buscar ajuda do Senhor, ela vem. É por isso que quem espera no Senhor para se casar leva uma grande vantagem sobre aquele que namora primeiro, se apaixona, para depois perguntar para Deus se é o escolhido ou a escolhida.

Deus abomina o divórcio. Principalmente, quando o marido deixa a esposa da sua mocidade para se juntar a uma outra mulher muita mais nova.  Um dia vai chegar que ele vai olhar para trás cheio de remorso sem oportunidade de consertar o muro que derrubou.

O que você vai fazer depois do divórcio? 

Não há fórmula científica. Você vai trilhar um caminho que não é do agrado de Deus. Há um monte de "pastores", "bispos" e "apóstolos" por aí dizendo que você deve tocar a sua vida e esquecer de quem ficou para traz. Bola prá frente! Será? De jeito nenhum.

Deus não é Deus de confusão. 

Do jeito que ensina a Palavra de Deus deve ser o conselho do pastor. Se ele vier com conversinha, do tipo, "não se preocupe, isto é muito comum nos dias atuais..." etc, fique experto: ele está mentindo e passando por cima da palavra de Deus! A família é constituída pelo casamento de um homem com uma jovem. Ela simboliza a união de Cristo com a Igreja. Uma união planejada, esperada, e executada. Da mesma forma que Cristo amou a Igreja, assim é o padrão de amor do marido para com sua esposa.

O divórcio é como o muro quebrado de uma casa. 

Depois que uma brecha é feita e uma nova tentativa de família é buscada, nunca mais vai haver oportunidade de reparação do muro quebrado da vida conjugal.

Por isso, antes de se casar busque a direção de Deus. Antes mesmo de propor namoro, busque a direção de Deus. A formação de um lar deve ser feita com a aprovação de Deus. Isto envolve oração e paciência para esperar no SENHOR.  Como a desconstrução de qualquer sociedade passa pela família, nem tudo que está sendo dito por aí, deve ser entendido como uma verdade absoluta. Verdade absoluta mesmo, só aquilo que é da vontade de Deus. E se você já estiver casado e uma tempestade estiver se abatendo sobre a sua casa, lembre-se do exemplo de Davi (I Samuel capítulo 30) enquanto todo mundo acreditava que suas famílias já tinha sido perdidas, David chamou o sacerdote, buscou a presença do Senhor na oração. 

Ora primeiro e confia na promessa do Senhor. Assim não vai fazer uma besteira em seguida.

Com carinho, irmão João.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Heresias


“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema”.(Gálatas 1:8)


Não é nenhuma novidade que apareçam divulgadores de heresias no seio da Igreja cristã. Nos últimos tempos o cristianismo tem sofrido a influência de indivíduos e de grupos que se dizem “ungidos”, que disseminam falsas doutrinas.

Entre as heresias que são apregoadas no meio cristão está a doutrina da prosperidade. Trata-se de uma substituição do Evangelho da Graça, pelo “evangelho” da ganância. É comum ouvirmos da boca dos pregadores da prosperidade coisas do tipo: “Você é filho do Rei, não tem por que levar uma vida derrotada”. A princípio uma frase dessas pode até parecer conforme com os princípios tradicionais de qualquer doutrina. Mas, o que muitos talvez não saibam, é que para esses pregadores, “vida derrotada” é igual a ser pobre, ter dificuldades financeiras, ficar doente, etc. Alguns ensinam que o apóstolo Paulo jamais esteve doente, contradizendo o texto bíblico que diz: “E vós sabeis que por causa de uma enfermidade física vos anunciei o evangelho a primeira vez, e, aquilo que na minha carne era para vós uma tentação, não o desprezaste nem o repeliste, antes, me recebeste como a um anjo de Deus, mesmo como a Cristo Jesus” (Gálatas 4:13-14).

A teologia da prosperidade une o fútil ao desagradável, ou seja, é uma mistura de ganância e comodismo. Os adeptos desta teologia acham que, os cristãos, tem o direito de reivindicar o que quiser de Deus, esquecendo da soberania divina. A posse das bênçãos deixa de ser uma promessa dada por Deus para ser um direito.

Os pregadores da doutrina da prosperidade afirmam com uma ênfase exagerada, que o cristão é uma pessoa “especial”, para quem não existirá pobreza e doença. Experimentá-las seria sinal de falta de fé. Saúde e riqueza significa sinal de salvação. Quando Paulo diz: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13), está declarando que, porque Deus o fortalece, ele pode viver tanto na pobreza como na riqueza, na abundância como na escassez. É isso que ele diz: Não importa a situação em que você está, pois é sustentado pelo Deus que fortalece; a força dele vem de Deus, e não das coisas que estão à sua volta.

Para refutar esse “evangelho” falso, que promete ao homem uma vida de prosperidade material, atiçando-lhe a ganância, encontramos os textos bíblicos que dizem: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mateus 6:19-20); “Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscência loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas; e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância e mansidão” (I Timóteo 6:9-11).

A Bíblia diz que devemos “primeiro buscar o reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas nos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). A confiança em Deus não desaponta. A nossa parte é confiar, o resto é com Deus. Os discípulos de Jesus receberam uma ordem para não levar nada pelo caminho quando saíssem para pregar. Precisamos aprender a lição da dependência de Deus (Lucas 9:1-6). Precisamos aprender a confiar, a buscar o Reino de Deus e seus valores em primeiro lugar. A provisão é com Deus. O desejo de ser rico era e é a motivação de muita doutrina falsa. Através dos séculos doutrinas da Igreja tem sido deturpadas para que haja renda em seus cofres.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Bispo Daniel Rocha

Palavra Ministrada na cidade de Coronel Fabriciano-Minas Gerais.
Foi grande o mover de Deus nessa noite, onde vidas foram renovadas...

Os Evangelhos de Jesus Cristo



Os Evangelhos de Jesus Cristo abrangem um período de trinta e cinco anos aproximadamente. Inicia com o anúncio no Templo de Deus (Lc 1:11-20) e termina com a ascensão do Filho de Deus (Lc 24:51). Assim como o Antigo Testamento começa com a criação do homem a imagem de Deus (Gn 1:26), esta etapa começa com Deus na imagem de homem (Jo 1:14). O homem criado a imagem e semelhança de Deus seria derrotado por Satanás no Jardim do Éden (Gn 2:8), mas o Deus em forma humana derrotaria completamente a Satanás no deserto estéril (Mt 4:1). 

Anteriormente a esta etapa, as ovelhas morriam pelo pastor (Ex 12:1-13), mas agora o Pastor morreria pelas ovelhas (Jo 10:11). 

No nascimento de Jesus Cristo lhe foi oferecido ouro, incenso e mirra pelos magos que o adoraram (Mt 2:11), mas em sua morte os homens impios que se escarneciam dele lhe ofereceram espinhos, vinagre e cuspidas (Mt 27:29,34; 26:67). 

O relato evangélico nos descreve Jesus salvando pecadores sob uma árvore (Jo 1:48), em cima de uma árvore (Lc 19:4, 5), e crucificado (Lc 23:43). 

Nas páginas dos Evangelhos encontramos Jesus acalmando uma tormenta no mar (Lc 8:24) e amaldiçoando uma árvore infrutifera (Mt 21:19). 

Três das oito ressurreições bíblicas sucedem neste período.: (Mc 5:41) – A filha de Jairo; (Lc 7:14) – O filho da viúva; e Jo 11:43,44) – Lázaro. Ao desenvolvimento da história, um carpinterio sonhador é reafirmado (Mt 1:20,21) e é restaurado um discípulo que O nega (Jo 21;15-17). 

Em Mateus , escutamos conversas que vem do céu (Mt 17:1-5) e outras que procedem dos sepulcros (Lc 16: 19-31). As prostitutas são perdoadas (Jo 4:39;8:11) e os hipócritas são condenados (Mt 23). 

Nesta etapa aparecem pela primeira vez os conceitos de Igreja (Mt 16:18), comunhão (Mt 26:26-30) e a Grande Comissão (Mt 28: 19-20). 

Em resumo, os cegos vêem, os surdos ouvem, os mudos falam, os paralíticos são curados, os mortos se levantam, os endemoniados são libertos e os perdidos são salvos.

Evangelista Felipe

Campanha os 7 Mergulhos de Naamã - Ev.Felipe esteve conosco na IPMD trazendo uma palavra abençoada...foi forte a presença de Deus.

terça-feira, 21 de julho de 2015