sábado, 21 de março de 2015

Mulher samaritana

João Cruzué. Dizem alguns comentaristas, que Jacó perdeu tempo armando suas cabanas em frente a Siquém, na terra de Canaã, pois teria sido melhor ir direto para Betel. Eles podem estar certos de muitas coisas, menos por uma. Siquém foi o primeiro lugar onde Abrão pousou, quando seguia de Harã a caminho da Terra Prometida. Se Jacó tivesse seguido direto para Betel, sem passar por Siquém, dizem os estudiosos que teria evitado o assédio de Diná e a fúria sanguinária dos filhos Simeão e Levi. Mas, mesmo tendo aparentemente "errado" ao assentar acampamento diante de Siquém, Jacó cumpriu os planos de Deus, ao cavar ali o famoso poço que supriu com água potável a família e o rebanho, cerca de 1750 anos antes de Cristo. Quase dois mil anos depois, o Senhor assenta-se à beira do poço ao meio-dia, cansado e espera. Então, descendo em busca de água a mulher samaritana teve um encontro com Jesus. Era estranho que ele, sendo um judeu, quebrasse os costumes locais e começasse a conversar com ela, pedindo para que lhe desse de beber; ela estranhou a ausência de preconceito. Aquela conversa, um diálogo simples entre Jesus e a samaritana mostra o propósito de Deus em fazer um novo concerto com a humanidade perdida em males e pecados. Que testemunho, ou que mérito possuía aquela mulher para que em toda Samaria, somente ela recebeu a visita do Salvador? Nenhum. Pela revelação de Jesus, ela era uma mulher carregada de adultérios. Seu costume era tomar o marido de outras mulheres. Mesmo assim, o amor de Deus se mostra pleno nesta conversa: Mulher, se tu soubesses quem lhe pede água para beber, você é que lhe pediria água, a água da vida, uma água que mata a sede de uma pessoa pelo resto da vida, de forma a que nunca mais tenha sede. Jesus não disse àquela mulher que ela era uma pecadora, digna do fogo do inferno. Apenas estava interessado em lhe oferecer água da vida e depois lhe dizer que tempos viriam em que os verdadeiros adoradores adorariam a Deus em espírito e em verdade. A água de que Jesus estava falando era o Espírito Santo. Quem recebe o Espírito verdadeiro de Deus, nunca mais terá um vazio dentro de si, mas uma fonte de água viva que salta para a vida eterna. E para receber este Espírito que traz uma alegria e satisfação plena, basta arrepender-se sinceramente dos maus caminhos e buscar a presença de Deus. Quem fuma maconha, sempre vai precisar de outro baseado. Quem usa cocaína, sempre vai ser escravo do pó. Quem cai no vício do crack, sempre vai precisar de mais uma pedra. O vazio nunca diminui. Mas quem aceita Jesus e se arrepende de coração, tem a promessa de Deus de receber o Batismo no Espírito Santo. E quando isso acontece, não há mais vazio nem sede. Jacó cavou um poço em Siquém para dar de beber à família e o rebanho há 3.750 anos. Jesus, à beira do Poço de Jacó, revelou que existe uma outra água; que Ele é o dono do poço desta água viva, e que ao beber dela, a pessoa nunca mais terá sede, e além disso, seria ela mesma uma fonte de água viva para matar a sede de outros. E nestes "outros" estão incluídos todos os tipos de pecadores - de Paulo a João Cruzué, incluindo a própria mulher samaritana. TEXTOS BÍBLICOS Apocalipse 21:6: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Apocalipse 22:1: E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. Apocalipse 22:17: E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.

sexta-feira, 20 de março de 2015

O Encontro de Jesus Com Nicodemos

Era noite em Jerusalém, a luz da lua refletia nas pedras que revestiam as ruas da cidade. Soprava um vento frio e havia poucas pessoas pelos becos. Nicodemos, príncipe dos judeus, sabia que próximo a sua casa Jesus estava reunido com os discípulos. Ele especulara durante todo o dia, planejando um encontro com Aquele que lhe causava espanto: Quem era Jesus afinal? O importante homem da sinagoga calça as sandálias e põe a capa, cobre bem o rosto e segura firmemente o tecido com as mãos à altura do pescoço. Nicodemos estava certo, determinado a tirar todas as suas dúvidas. Caminha apressadamente, olhando para os lados e enfim bate á porta da pequena casa. Lá estava Jesus, rodeado pelos discípulos que O ouviam atentamente. Nicodemos?! Espantados, alguns olhares se entrelaçam em incertezas: Por quê? O que faz ele aqui? Para dois ou três presentes, não era surpresa a chegada de Nicodemos, eles o haviam orientado sobre dia, hora, local e teor dos encontros. Sem se importar com os murmurinhos causados por sua chegada, Nicodemos acomoda-se e no momento oportuno revela o motivo de sua ida: “Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.” Jo 3:2. “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade, te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” Jo 3:3. A resposta de Jesus deixa Nicodemos ainda mais confuso. Ele não compreendia a linguagem do alto porque seu espírito estava corrompido pelas muitas letras, pela racionalidade das coisas. Tantos anos estudando as escrituras, ensinando na sinagoga sem nunca ter se detido a “nascer de novo”. Onde estava escrito esses termos? Em que livro, capitulo, versículo? “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer de novo? Jo 3:4. “A idade embriológica da gestação é contada a partir da fecundação do óvulo. No entanto, é praticamente impossível a identificação do momento em que ocorreu a fecundação ou a data correta do coito ou da ovulação. Por isso, convencionou-se contar a idade da gravidez a partir de um marco mais fácil de identificar: o primeiro dia do último período menstrual da mulher. Trata-se da idade obstétrica da gravidez.” (fonte) Jesus falava de um nascimento espiritual, onde brotaria no âmago do ser, no espírito, o fruto da fecundação, do encontro entre Deus e o homem. Em que momento da vida de Nicodemos ele despertou para Deus? Em que momento da minha e da sua vida, passamos a acreditar em algo maior e superior a reger o universo? Talvez na infância, quem sabe na juventude, talvez seja impossível determinar o despertar da fé, mas certamente existiu um momento em que o “óvulo foi fecundado”. Nicodemos conhecia em parte. Era um relacionamento superficial, onde a lógica imperava. Ele perguntava e sua mente respondia tudo parecia ir muito bem, até o dia em que percebeu a esterilidade dos seus ensinamentos: Ele continuava infeliz. A Palavra pregada por Jesus era a mesma que Nicodemos lia dia após dia: Moisés libertando os cativos e Deus operando maravilhas no deserto, o que estava errado? “Nicodemos, tu és mestre em Israel e não sabes o que é nascer de novo?” Jo 3:10. Aquele encontro seria o marco na vida de Nicodemos, o dia da “idade obstétrica”. Que gravidez tão longa! Nicodemos era um senhor de barba branca, porém criança no Reino!“Na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus. Aquele que não nascer da água e do espírito não pode entrar no reino de Deus” Jo 3:5. Jesus mexeu com as entranhas do mestre que pensara conhecer muito bem sobre circuncisão de coração. Então era isso! E como Moisés era um tema conhecido de Nicodemos, Jesus cuida de fazê-lo compreender melhor a mensagem: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o filho do homem seja levantado. Para que todo aquele que nele crê não pereça mais tenha a vida eterna” Jo 3:14: 15. Do encontro entre Jesus e Nicodemos surgem os arrebatadores versículos responsáveis pela entrada de muitas pessoas ao Reino. A lição não era apenas para o determinado fariseu que percorreu a escuridão da noite em direção aquele encontro, era para mim e para você, para a eternidade. Não vejo Nicodemos como um covarde, por se esquivar da fúria de seus contemporâneos, indo ter com Jesus à noite. O vejo como um corajoso homem que venceu a si mesmo e humilhou-se em busca da verdade. Muitos versículos depois, vamos reencontrar Nicodemos, juntamente com José de Arimatéia preparando o sepultamento de Jesus (Jo 19:38, 42). Ele já, andava na Luz, que é Jesus. O encontro entre trevas e Luz, Nicodemos e Jesus, traduz a acessibilidade ao Reino: É para todos os que buscam, crêem. O fariseu, de barba grisalha não foi expulso daquela reunião, nem massacrado, nem ouvido com sarcasmo, menosprezado. Jesus o amou, o recebeu por seu, e desvendou-lhe o Reino dos céus. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 3:16 É assim também conosco. Como estamos, onde e por quê? Jesus se interessa por nós. Simplesmente ama e nos aguarda para uma reunião particular, para um encontro, um marco, que será lembrado como o dia do “novo nascimento”. Aquele em que esquecendo o que para trás ficou, tudo se fez novo (II Cor 5:17). Nicodemos já não ensinava mais sobre Páscoa como sendo um acontecimento apenas histórico, mas também espiritual, já não era o mesmo. Acredito que ele tenha sido um discípulo frutífero, conduzindo outros ao Reino. Inesquecível aquele encontro! Nicodemos saiu vitorioso! É isso que significa seu nome: em grego Νικοδημος (Nikodemos) que significa "vitória do povo", do grego νικη (Nike) "vitória e"δημος (demos) "o povo" . Todo aquele que tem esse encontro com Jesus, é vitorioso, porque no novo nascimento está o sentido da vida, da morte, da eternidade. É a saída das trevas e a entrada para a Luz, tendo como Senhor e Mestre, Jesus. Wilma Rejane

terça-feira, 17 de março de 2015

NÃO SAIA DA DIREÇÃO

MUITAS VEZES CONFUNDIMOS ‪#‎QUALIDADE‬ COM ‪#‎QUANTIDADE‬. A ‪#‎DIREÇÃO‬ SEMPRE FOI E SEMPRE SERÁ MAIS IMPORTANTE DO QUE A ‪#‎VELOCIDADE‬. DE NADA ADIANTA CORRER, PASSAR TUDO E TODOS, MAS ESTAR NA DIREÇÃO ERRADA. TENHA CERTEZA QUE VC NA DIREÇÃO CERTA COLHERÁ FRUTOS SEM MEDIDA, AQUELE QUE LEVA A PRECIOSA SEMENTE, AINDA QUE CHORANDO...VOLTARÁ TRAZENDO SEUS MOLHOS. TUDO TEM O SEU TEMPO, SAIBA QUE A SUA EXALTAÇÃO VAI VIR NO TEMPO CERTO, NO TEMPO DE DEUS, NÃO PERCA A DIREÇÃO E NEM SUAS QUALIDADES...DEUS NÃO SE ESQUECEU DE VOCÊ, AGUARDE E VERÁS O LIVRAMENTO DO SENHOR...FIQUE NA DIREÇÃO DE DEUS. ‪#‎BISPODANIELROCHA‬

quinta-feira, 12 de março de 2015

A cana trilhada e o pavio que fumega

"A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega" Is 42:3 Através da simbologia da cana trilhada e do pavio que fumega, Deus revela Seu amor e misericórdia para com os caídos, machucados, carentes de uma nova vida. À beira da estrada, nas trilhas de canaviais é o lugar onde se acumulam canas desprendidas dos pés, arrastadas pelos fortes ventos, fáceis de serem pisadas e descartadas em razão do estado de estrago. Não é bem o tipo de cana que agricultores usariam para obtenção de lucro ou mesmo preparo de alimento. Mas Deus diz: "essa cana me interessa, não a lançarei no lixo, assim mesmo, como está Eu me servirei dela, Meu poder restaurador é maior que a conspiração de morte." Pavio fumegando nos fala de forças que se esvaem, de fogo que se apaga, de vidas que outrora foram repletas de sonhos, fé e esperança, mas que se perderam em algum lugar , chegando próximas de um fim. E Deus diz: " Não permitirei que encerre sua missão de iluminar, antes farei reviver a chama". Essa mensagem nos convida a viver um novo tempo que ressurge pelas mãos Divinas do Pai, atento às "insignificantes" coisas da vida que sob um olhar humano nada valem a não ser para serem descartadas. Mas Deus em infinita misericórdia; das cinzas, do monturo, ergue o necessitado. Levanta o pobre do pó, e do monturo levanta o necessitado. Para o fazer assentar com os príncipes, mesmo com os príncipes do seu povo. Salmos 113:7-8 Se hoje você se sente assim como "a cana trilhada e o pavio que fumega" o convido a entregar tudo a Deus em um gesto de fé e reconhecimento de incapacidade humana. Deus quer você, como está. Ele passeia entre os canaviais para ajuntar o que está em pedaços. Ele restaura as trilhas, desobstrui os caminhos para uma nova visão. Lembre-se de Jó, em seu estado miserável: perdera família, saúde, amigos, enfim, uma "cana trilhada, pavio fumegando" experimentando as dores mais terríveis das adversidades, mas do fundo da alma, de um lugar onde Satanás não pode tocar, Jó arrancou forças para crer: "Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus." Jó 19:25,26. Reúna suas forças e arranque do fundo da alma a mesma confissão feita por Jó. Da mesma forma que a restauração chegou para Jó, chegará para você também. Deus se apraz em fazer o bem a um coração que clama e confia em Seu socorro. Lembre-se ainda da prostituta Raabe, o testemunho dessa mulher aumenta minha fé, conforta meu coração a não se entregar a mágoas, angústias, rancor e tudo o mais que seja veneno para meus ossos. Raabe estava "na trilha do canavial". Uma vida sem sentido, dormindo e acordando para viver as mesmas coisas fúteis inerentes a quem faz do corpo comércio. Mas do fundo da alma, encontrou forças e pela fé entregou a vida e a família aos cuidados do Senhor. "Pela fé Raabe, a meretiz,não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias"Hb 11.31 E o que dizer de Noemi? Amargurada por ver a morte ceifar as pessoas que mais amava, vazia, faminta e desprezada, parte em fuga de um lugar a outro, com esperança de nova vida. Noemi estava abalada "na trilha do canavial, pavio fumegando" mas ainda lhe restara a fé que confessava no íntimo da alma, no que Deus lhe foi fiel. “Ele te será Recriador da alma...” Rt. 4:15 A palavra "recriador" vem de shub (strong 07725) que significa: “Voltar”, “ir de encontro ao ponto de partida, em sentido espiritual”; “arrepender-se”. Deus mudou a direção da vida de Noemi, arrancou a dor, concedeu-lhe alegria. O Deus que ela servia não a desamparou em momento algum, apesar dos pesares. Esse é o tempo da restauração para sua vida. Deus é esse Recriador da alma que sente prazer por nos socorrer, simplesmente porque nos ama. E ele ama, em todo o tempo, mesmo e principalmente quando achamos que não merecemos Seu amor. Em Cristo

A Depressão

"Elias, foi sentar-se embaixo de um pé de zimbro e pediu a morte" I Rs 19:4 É dificil entender como alguém de relacionamento tão íntimo com Deus, cheio do Espírito Santo, chegue a tal situação. Elias, não foi o primeiro, e não será o único. Por todos os dias, desfrutamos de misericórdia e fidelidade Divina, porém, quando as tribulações nos chegam, a falibilidade humana, tende a esquecer a infalibilidade de Deus. Elias, estava desanimado, angustiado e cheio de dúvidas:Ameaçado de morte, foge da terrível Jezabel e refugia-se no deserto, embaixo de um pé de zimbro, pedindo a morte. Ele preferia ser morto por Deus, a ser entregue a uma ímpia . Elias, havia presenciado a morte, de muitos profetas, não esperava, contudo, que sua vez chegaria. Afinal, ele era amigo de Deus, com muitas promessas a serem realizadas. Isto já conteceu com você? Acreditou firmemente nas promessas Divinas e de repente viu tudo conspirar contra? Deus, havia esquecido de Elias? Haveria Deus, esquecido de mim e de você? Dos que O buscam e confiam em Sua providência? Eu já estive como Elias. Foi quando escrevi o artigo: "No começo era o fim" ou "Não temas, verme de Jacó". Estive, em um momento de grande angústia, vi, uma porção preciosa de minha vida desmoronar. Parecia o fim. Não cheguei a pedir a morte, mas, era como se houvesse morrido. Me refugiei no "zimbro", A Palavra de Deus. As mensagens, que ministro, passam primeiramente por mim. Deus, me fala, me anima, me conforta, e me sinto na obrigação de fazer o mesmo. Porque sei, que outras vidas serão edificadas. Embaixo do "zimbro", recebo Àgua e Pão. Me fortaleço para prosseguir, confiante de que Deus está comigo. Hoje, ao reler o artigo que escrevi a dois anos atrás, vejo como Deus me foi fiel. Converteu o mal começo. Tornou tudo novo e melhor! Maravilhoso É O Senhor! Grande em poder e misericórdia! Elias, caminhou solitário, por um dia, em direção ao deserto, sem comida, nem água, em silêncio, conversou com Deus, porque sequer tinha forças para falar. Ao encontrar a sombra, contemplou a aridez do solo, o céu, sem nuvens, e erguendo sua voz, orou, a Deus. Não era a oração que Deus, queria ouvir. Mas que Deus, sabia ser possível e previsível a todo e qualquer homem limitado e oprimido. Satanás, ataca-nos em nossos momentos de fraqueza. Foi assim, com Jesus, no deserto. Jesus, teve fome, o inimigo, lhe ofereceu pão. Ele se apresenta, como a solução mais rápida e fácil. Foi assim com Elias: "Pede a morte, você, não merece mais viver dessa forma", essa voz, "martelava" na cabeça do profeta. Assim, como martelou na de Moisés, Jonas e Jô. Exatamente, quando se acharam em grande aperto, eles, também, pediram a morte. Ao nos sentirmos derrotados, o inimigo, tem a vitória. Quando você estiver caminhando para o deserto, lembre-se, refugie-se no zimbro: "E deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis então que o anjo o tocou, e lhe disse: levanta-te come" I Rs 19:5. Elias, estava tão desanimado que comeu bebeu, mas dormiu novamente. Isto, pode acontecer conosco. Elias, recebeu o Rhema de Deus. Deus, falando especificamente para Ele. Uma palavra viva, tão viva, que moveu o céu. Um anjo, visível, lhe animando. Elias, tornou a dormir. E pela segunda vez ouviu: "Levanta e come, te será muito longo o caminho"I Rs 19:7. O caminho foi realmente longo, o profeta, caminhou por quarenta dias no deserto, fortalecido por Deus. Talvez, Elias desejasse, comer e dormir para sempre, mas, é impossível, permanecer inerte, quando Deus nos fala fazendo-nos saber que está conosco. Quando Deus fala, tudo se transforma. Quando Ele diz: "Não temas, pois, porque estou contigo" Is 43:5, impossível não se levantar. O profeta, seguiu, porém, após os quarenta dias, tornou a se sentir fraco. Se refugiou em uma caverna, e Deus, novamente, o falou, através de uma brisa "mansa e delicada". Elias estava obstinado. Deus, porém, não desistiu de Elias. Ele nunca desiste de nós. Por isso, "saia da caverna". Não se intimide pelas ameaças do inimigo. Coma e beba no "zimbro" e não desista. "Senhor, mataram todos os profetas e só eu fiquei e buscam minha vida para matar-me" I Rs 19:14. Elias, estava certo de que era o único naquela situação. Deus, pacientemente , o manda retornar, diz para ele ungir Eliseu como profeta para substitui-lo, por fim, revela a Elias que existiam mais sete mil homens (profetas), na mesma situação dele: ameaçados de morte, fugindo de Jezabel. Não somos os únicos a passar por tribulações, existem milhares de vidas em situação igual ou pior que a nossa. A história de Elias, teve um final feliz. Ele venceu em vida, até ser arrebatado aos céus. Seus inimigos, tiveram um fim trágico. Elias, com todas as suas falhas, foi agradável a Deus. Conosco, não é diferente. Deus nos ama. Mais do que nossa finita mente possa alcançar. Ele, não quer que desistamos, mas que nos refugiemos Nele. No "zimbro", onde Àgua e Comida, nos fortalecerá rumo a vitória. Que as lições de Elias "homem sujeito ás mesmas paixões que nós"Tg 5:17, fale, profundamente aos nossos corações, amém. Wilma Rejane

domingo, 8 de março de 2015

4 grandes mulheres

Débora Era uma dona-de-casa comum, mas foi escolhida para ser juíza. Foi a única mulher das escrituras sagradas a ocupar um cargo político com excelência. Ela se definia como "mãe de Israel” e fazia de tudo para o bem da nação (Juízes 4:4-16). Principais virtudes Débora era bastante virtuosa: mãe de família, profeta, temente a Deus e líder militar. Traçou estratégias de batalha e conquistou muitas vitórias para Israel na época dos juízes. Foi a libertadora do povo hebreu em tempos de guerra contra os cananeus. Características • Líder: ela não se intimidou por ser mulher e ganhou o respeito dos líderes de Israel. • Estrategista: Débora sempre buscava maneiras de combater os inimigos buscando inspiração junto ao Senhor e, por isso, tinha êxito em tudo que fazia. • Conselheira: era preocupada com as pessoas e sempre dava conselhos, discutindo e sugerindo soluções para quem estava com problemas. Seja como Débora Ela é a prova de que uma mulher pode ser profissional e dona-de-casa ao mesmo tempo. Para imitá-la, procure ser atenciosa e justa. Administre bem o seu tempo e não tome decisões sem antes planejar tudo direitinho. Ester Foi a rainha mais importante que Israel já teve. Judia e órfã, ela foi criada por um parente. Quando se casou com o rei Assuero, Ester fez de tudo pelo povo judeu. Tem um livro da Bíblia só dela. Principais virtudes Ester descobriu um plano para exterminar todos os judeus. Ela se preparou espiritualmente com um jejum de três dias e orações. Ao final do período, Ester revelou ao rei que era judia e conseguiu salvar o povo. CaracterísticasSábia: diante de uma situação difícil ela não se desesperava: buscava soluções em Deus para tomar decisões. • Destemida: não ficou com medo de agir para salvar os judeus. Era ousada e inteligente, e tinha uma fé admirável. • Humilde: em vez de se mostrar a dona da razão, ela procurava respeitar a opinião dos outros. Seja como Ester Não aja por impulso, procure sempre orar antes de tomar as suas decisões. Ester também era muito atenciosa. Sara Esposa de Abraão, o primeiro dos patriarcas bíblicos. Deus prometeu a Abraão um filho que daria origem a todo o povo de Israel. Sara foi a mulher escolhida para dar à luz essa criança. Ela era chamada de “mãe de multidões” e vista como o modelo ideal de mulher casada. Principais virtudes Sara era estéril e mostrou ter muita fé quando não desistiu de ter o filho que o Senhor lhe prometeu. Ela perseverou na crença e, aos 90 anos, deu à luz Isaque, que era o herdeiro da promessa feita a Abraão. Por isso, ela é a única mulher mencionada entre os heróis da fé (Hebreus 11:11), pessoas que exercem influência até hoje, como Moisés e Davi. Características • Dedicada: o filho e o marido dela podiam sempre contar com ela. Ela estava ao lado deles em qualquer situação. Acompanhava Abraão em todas as viagens. • Fiel a Deus: Sara não desistia fácil das promessas de Deus e procurava fazer as vontades dele. • Alegre: ela recebia as pessoas em casa com felicidade e as servia com prazer. Seja como Sara Não desista nunca dos seus sonhos. Seja confiante em Deus e nas promessas dEle. Coloque sua família em primeiro lugar, seja companheira e procure ter os mesmos objetivos que o seu marido. Rute Ela era casada com o hebreu Malom e se dava muito bem com a sogra, Noemi. Quando ficou viúva, se apegou muito à sogra, a ponto de acompanhá-la até Belém. Lá, se casou com Boaz e reconstruiu a própria vida. Jesus é um dos descendentes de Rute. Principais virtudes A amizade, a fidelidade, a dedicação e o desprendimento. Fez um dos mais lindos votos de amizade à sogra. “Onde quer que pousares, ali pousarei eu. O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rute 1:16). Características • Amiga Tratava bem a todos e era muito carinhosa. • Responsável Trabalhava em campos de cevada e nunca reclamava do trabalho, fazendo o melhor. • Confiável Procurava ser honesta e íntegra nos afazeres diários. Tinha uma boa reputação e chamava a atenção dos chefes por isso. Seja como Rute Ela era uma mulher muito doce e competente. Para agir como Rute, seja íntegra em tudo que fizer: trabalho, casamento e família.

quarta-feira, 4 de março de 2015

O Homem Nu Do Evangelho de Marcos

Wilma Rejane O Evangelho de Marcos relata com exclusividade um fato curioso ocorrido na prisão de Jesus, quando Satanás enfurecido possui Judas: “Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por nome Iscariotes, o qual era do número dos doze". Lc 22:3. Judas então reúne para si grande número de pessoas armadas e se dirige para o Getsêmani. Entre os que estão sendo conduzidos por Satanás: “os principais dos sacerdotes, escribas e anciãos” Mc 14: 43. A composição dessa turba é assustadora! Trazendo esse episódio para os dias atuais, seria como se os mais nobres representantes da igreja estivessem entre os que perseguiram e traíram Jesus. Creio, porém que existe hoje um remanescente de ministros sinceros, que amam verdadeiramente a Jesus e se negariam a fazer parte do exército endiabrado. Voltando ao fato curioso, e que sempre me chamou muito atenção é o de que naquele dia obscuro da prisão de Jesus, onde os maus zombaram dos bons, havia entre os discípulos um jovem envolto a um lençol. Diz a Palavra: “E certo jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão. Mas ele, largando o lençol fugiu nu” Mc 14:51, 52. A primeira pergunta que me vem à mente é: Quem era esse jovem? A tradição o identifica como o próprio Marcos, discípulo e escritor do Evangelho de mesmo nome. Tudo porque acreditam que a última ceia ocorreu na casa dele no que discordo total e absolutamente. É só fazer uma leitura cuidadosa sobre o episódio da santa ceia para descobrir que a casa onde os doze se reuniram com Jesus, não era a de Marcos. Estou desmentindo uma tradição secular, não sei, porém, como ela se firmou. Vejamos: E, no primeiro dia dos pães ázimos, quando sacrificavam a páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos para os preparativos da páscoa? E enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem que leva um cântaro de água, vos encontrará: segui-o. E onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos? E ele vos mostrará um grande cenáculo e preparado, prepara-a ali. Mc 14: 12,15. Se a ceia ocorreu na casa de Marcos, Jesus e os discípulos não saberiam onde ficava? Por que pedir direção ao homem com o cântaro? Sendo o local da ceia já preparado com antecedência por Jesus, como Marcos não o saberia? Ele não veria Jesus a entrar e sair do aposento? Para mim está claro que a ceia não foi na casa de Marcos e que o atual local em Jerusalém, chamado de Igreja de São Marcos Síria Ortodoxa, erra ao apontar o lugar- centro de peregrinação- como sendo o da realização da última ceia. Lá existe até uma inscrição em pedra afirmado ter sido ali o último local onde Jesus se reuniu com os discípulos. É engano. O Homem Nu Não poderia ser Marcos. Por que, estando em sua casa, ceiando com Jesus, vestiria um lençol? Se a ceia realmente tivesse sido na casa dele, este seria mais um forte motivo para que o homem nu não fosse identificado como Marcos. Ele teria condição suficiente para escolher uma roupa adequada para a ceia, até mais que os outros discípulos. Um Lençol... O que me intrigou nessa passagem, além da identidade do homem nu, foi o porquê de suas vestes. Seria alguém sem posses? Tão pobre a ponto de cobrir-se de forma imprópria? O lençol teria sido doado? Seria ele um mendigo? Esse fato trouxe-me muitas interrogações e também muitas respostas. A fuga dos Discípulos “Então deixando-os todos fugiram” Mc 14:50. No momento da prisão de Jesus, a multidão ataca seus discípulos, com espadas, paus e palavras de ordem. Eles fogem, em demonstração de covardia. Não foram capazes de suportar o jugo e permanecerem ao lado do mestre até a crucificação. Costumamos criticar os fujões, mas será que agiríamos diferente?! Naquele instante o ato não foi louvável, porém a sobrevivência deles garantiu posteriormente a propagação do Evangelho e da Igreja. Quem era o homem? A Escritura dá a entender que ele resistiu às agressões, mas fugiu em seguida:“E certo jovem o seguia, envolto a um lençol, sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão, mas ele, largando o lençol fugiu nu” Mc 14:51, 52 Este homem tinha a Jesus como o bem mais precioso, para ele, não importava se iriam zombar ou achá-lo ridículo, o mais importante era seguir o Mestre. Imagino que o agarravam pelo lençol e ele se esquivava até enfim abandonar a veste em semelhança a ação de José do Egito fugindo da esposa de Potifar. E pensar que sua veste era de valor tão insignificante para a multidão, mas tão valiosa para ele. Quem sabe, o único bem. O homem nu do Evangelho de Marcos me deixa a lição de que ao olhar para Jesus e segui-Lo estou livre da vergonha. Já não é de veste humana que se faz o meu ser, mas da espiritual, dessa aprouve a Deus nos cobrir. No livro de Josué lê-se: “Hoje revolvi de sobre vós o opróbrio do Egito” Js 5:9, ou seja: revolvi a escravidão, a vergonha. O homem nu, não se sentiu constrangido a seguir Jesus envolto a um lençol, porque seu espírito estava coberto de uma veste excelente, sua vergonha não era a de ser pobre e solitário, mas consistia em ter sido miserávelmente pecador. Antes nu, agora vestido, mesmo nu. “Eis que venho como ladrão. Bem aventurado aquele que vigia e guarda suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam suas vergonhas” AP 16: 15. Imagino os sacerdotes, vestidos de linho, adornados com ouro, cercando o homem vestido com um lençol. Aqueles pobres, cegos e nus, enquanto este, vestido esplendorosamente. O homem nu representa também os santos que perseguidos por aflições tantas, por armadilhas do mal, se vêem tentados a largarem as vestes espirituais, abandonarem Jesus Cristo e prosseguirem nus no mundo, aprisionados pela turba. O homem nu, do Evangelho de Marcos me reporta aos perseverantes, aqueles que estão na contra mão da multidão: Pensam e agem diferente, porque servem a um Deus excelente. Que esse homem, sem nome nos ensine a persistir em seguir Jesus com simplicidade e amor, com afeto pelo Reino e desprezo pelo pecado.