quinta-feira, 12 de março de 2015
A Depressão
"Elias, foi sentar-se embaixo de um pé de zimbro e pediu a morte" I Rs 19:4
É dificil entender como alguém de relacionamento tão íntimo com Deus, cheio do Espírito Santo, chegue a tal situação. Elias, não foi o primeiro, e não será o único. Por todos os dias, desfrutamos de misericórdia e fidelidade Divina, porém, quando as tribulações nos chegam, a falibilidade humana, tende a esquecer a infalibilidade de Deus. Elias, estava desanimado, angustiado e cheio de dúvidas:Ameaçado de morte, foge da terrível Jezabel e refugia-se no deserto, embaixo de um pé de zimbro, pedindo a morte.
Ele preferia ser morto por Deus, a ser entregue a uma ímpia . Elias, havia presenciado a morte, de muitos profetas, não esperava, contudo, que sua vez chegaria. Afinal, ele era amigo de Deus, com muitas promessas a serem realizadas. Isto já conteceu com você? Acreditou firmemente nas promessas Divinas e de repente viu tudo conspirar contra? Deus, havia esquecido de Elias? Haveria Deus, esquecido de mim e de você? Dos que O buscam e confiam em Sua providência?
Eu já estive como Elias. Foi quando escrevi o artigo: "No começo era o fim" ou "Não temas, verme de Jacó". Estive, em um momento de grande angústia, vi, uma porção preciosa de minha vida desmoronar. Parecia o fim. Não cheguei a pedir a morte, mas, era como se houvesse morrido. Me refugiei no "zimbro", A Palavra de Deus. As mensagens, que ministro, passam primeiramente por mim. Deus, me fala, me anima, me conforta, e me sinto na obrigação de fazer o mesmo. Porque sei, que outras vidas serão edificadas. Embaixo do "zimbro", recebo Àgua e Pão. Me fortaleço para prosseguir, confiante de que Deus está comigo.
Hoje, ao reler o artigo que escrevi a dois anos atrás, vejo como Deus me foi fiel. Converteu o mal começo. Tornou tudo novo e melhor! Maravilhoso É O Senhor! Grande em poder e misericórdia! Elias, caminhou solitário, por um dia, em direção ao deserto, sem comida, nem água, em silêncio, conversou com Deus, porque sequer tinha forças para falar. Ao encontrar a sombra, contemplou a aridez do solo, o céu, sem nuvens, e erguendo sua voz, orou, a Deus. Não era a oração que Deus, queria ouvir. Mas que Deus, sabia ser possível e previsível a todo e qualquer homem limitado e oprimido.
Satanás, ataca-nos em nossos momentos de fraqueza. Foi assim, com Jesus, no deserto. Jesus, teve fome, o inimigo, lhe ofereceu pão. Ele se apresenta, como a solução mais rápida e fácil. Foi assim com Elias: "Pede a morte, você, não merece mais viver dessa forma", essa voz, "martelava" na cabeça do profeta. Assim, como martelou na de Moisés, Jonas e Jô. Exatamente, quando se acharam em grande aperto, eles, também, pediram a morte. Ao nos sentirmos derrotados, o inimigo, tem a vitória.
Quando você estiver caminhando para o deserto, lembre-se, refugie-se no zimbro: "E deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis então que o anjo o tocou, e lhe disse: levanta-te come" I Rs 19:5. Elias, estava tão desanimado que comeu bebeu, mas dormiu novamente. Isto, pode acontecer conosco. Elias, recebeu o Rhema de Deus. Deus, falando especificamente para Ele. Uma palavra viva, tão viva, que moveu o céu. Um anjo, visível, lhe animando. Elias, tornou a dormir. E pela segunda vez ouviu: "Levanta e come, te será muito longo o caminho"I Rs 19:7. O caminho foi realmente longo, o profeta, caminhou por quarenta dias no deserto, fortalecido por Deus.
Talvez, Elias desejasse, comer e dormir para sempre, mas, é impossível, permanecer inerte, quando Deus nos fala fazendo-nos saber que está conosco. Quando Deus fala, tudo se transforma. Quando Ele diz: "Não temas, pois, porque estou contigo" Is 43:5, impossível não se levantar. O profeta, seguiu, porém, após os quarenta dias, tornou a se sentir fraco. Se refugiou em uma caverna, e Deus, novamente, o falou, através de uma brisa "mansa e delicada". Elias estava obstinado. Deus, porém, não desistiu de Elias. Ele nunca desiste de nós. Por isso, "saia da caverna". Não se intimide pelas ameaças do inimigo. Coma e beba no "zimbro" e não desista.
"Senhor, mataram todos os profetas e só eu fiquei e buscam minha vida para matar-me" I Rs 19:14. Elias, estava certo de que era o único naquela situação. Deus, pacientemente , o manda retornar, diz para ele ungir Eliseu como profeta para substitui-lo, por fim, revela a Elias que existiam mais sete mil homens (profetas), na mesma situação dele: ameaçados de morte, fugindo de Jezabel. Não somos os únicos a passar por tribulações, existem milhares de vidas em situação igual ou pior que a nossa.
A história de Elias, teve um final feliz. Ele venceu em vida, até ser arrebatado aos céus. Seus inimigos, tiveram um fim trágico. Elias, com todas as suas falhas, foi agradável a Deus. Conosco, não é diferente. Deus nos ama. Mais do que nossa finita mente possa alcançar. Ele, não quer que desistamos, mas que nos refugiemos Nele. No "zimbro", onde Àgua e Comida, nos fortalecerá rumo a vitória. Que as lições de Elias "homem sujeito ás mesmas paixões que nós"Tg 5:17, fale, profundamente aos nossos corações, amém.
Wilma Rejane
domingo, 8 de março de 2015
4 grandes mulheres
Débora
Era uma dona-de-casa comum, mas foi escolhida para ser juíza. Foi a única mulher das escrituras sagradas a ocupar um cargo político com excelência. Ela se definia como "mãe de Israel e fazia de tudo para o bem da nação (Juízes 4:4-16).
Principais virtudes
Débora era bastante virtuosa: mãe de família, profeta, temente a Deus e líder militar. Traçou estratégias de batalha e conquistou muitas vitórias para Israel na época dos juízes. Foi a libertadora do povo hebreu em tempos de guerra contra os cananeus.
Características
Líder: ela não se intimidou por ser mulher e ganhou o respeito dos líderes de Israel.
Estrategista: Débora sempre buscava maneiras de combater os inimigos buscando inspiração junto ao Senhor e, por isso, tinha êxito em tudo que fazia.
Conselheira: era preocupada com as pessoas e sempre dava conselhos, discutindo e sugerindo soluções para quem estava com problemas.
Seja como Débora
Ela é a prova de que uma mulher pode ser profissional e dona-de-casa ao mesmo tempo. Para imitá-la, procure ser atenciosa e justa. Administre bem o seu tempo e não tome decisões sem antes planejar tudo direitinho.
Ester
Foi a rainha mais importante que Israel já teve. Judia e órfã, ela foi criada por um parente. Quando se casou com o rei Assuero, Ester fez de tudo pelo povo judeu. Tem um livro da Bíblia só dela.
Principais virtudes
Ester descobriu um plano para exterminar todos os judeus. Ela se preparou espiritualmente com um jejum de três dias e orações. Ao final do período, Ester revelou ao rei que era judia e conseguiu salvar o povo.
Características
Sábia: diante de uma situação difícil ela não se desesperava: buscava soluções em Deus para tomar decisões.
Destemida: não ficou com medo de agir para salvar os judeus. Era ousada e inteligente, e tinha uma fé admirável.
Humilde: em vez de se mostrar a dona da razão, ela procurava respeitar a opinião dos outros.
Seja como Ester
Não aja por impulso, procure sempre orar antes de tomar as suas decisões. Ester também era muito atenciosa.
Sara
Esposa de Abraão, o primeiro dos patriarcas bíblicos. Deus prometeu a Abraão um filho que daria origem a todo o povo de Israel. Sara foi a mulher escolhida para dar à luz essa criança. Ela era chamada de mãe de multidões e vista como o modelo ideal de mulher casada.
Principais virtudes
Sara era estéril e mostrou ter muita fé quando não desistiu de ter o filho que o Senhor lhe prometeu. Ela perseverou na crença e, aos 90 anos, deu à luz Isaque, que era o herdeiro da promessa feita a Abraão. Por isso, ela é a única mulher mencionada entre os heróis da fé (Hebreus 11:11), pessoas que exercem influência até hoje, como Moisés e Davi.
Características
Dedicada: o filho e o marido dela podiam sempre contar com ela. Ela estava ao lado deles em qualquer situação. Acompanhava Abraão em todas as viagens.
Fiel a Deus: Sara não desistia fácil das promessas de Deus e procurava fazer as vontades dele.
Alegre: ela recebia as pessoas em casa com felicidade e as servia com prazer.
Seja como Sara
Não desista nunca dos seus sonhos. Seja confiante em Deus e nas promessas dEle. Coloque sua família em primeiro lugar, seja companheira e procure ter os mesmos objetivos que o seu marido.
Rute
Ela era casada com o hebreu Malom e se dava muito bem com a sogra, Noemi. Quando ficou viúva, se apegou muito à sogra, a ponto de acompanhá-la até Belém. Lá, se casou com Boaz e reconstruiu a própria vida. Jesus é um dos descendentes de Rute.
Principais virtudes
A amizade, a fidelidade, a dedicação e o desprendimento. Fez um dos mais lindos votos de amizade à sogra. Onde quer que pousares, ali pousarei eu. O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus (Rute 1:16).
Características
Amiga Tratava bem a todos e era muito carinhosa.
Responsável Trabalhava em campos de cevada e nunca reclamava do trabalho, fazendo o melhor.
Confiável Procurava ser honesta e íntegra nos afazeres diários. Tinha uma boa reputação e chamava a atenção dos chefes por isso.
Seja como Rute
Ela era uma mulher muito doce e competente. Para agir como Rute, seja íntegra em tudo que fizer: trabalho, casamento e família.
quarta-feira, 4 de março de 2015
O Homem Nu Do Evangelho de Marcos
Wilma Rejane
O Evangelho de Marcos relata com exclusividade um fato curioso ocorrido na prisão de Jesus, quando Satanás enfurecido possui Judas: “Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por nome Iscariotes, o qual era do número dos doze". Lc 22:3. Judas então reúne para si grande número de pessoas armadas e se dirige para o Getsêmani. Entre os que estão sendo conduzidos por Satanás: “os principais dos sacerdotes, escribas e anciãos” Mc 14: 43. A composição dessa turba é assustadora! Trazendo esse episódio para os dias atuais, seria como se os mais nobres representantes da igreja estivessem entre os que perseguiram e traíram Jesus. Creio, porém que existe hoje um remanescente de ministros sinceros, que amam verdadeiramente a Jesus e se negariam a fazer parte do exército endiabrado.
Voltando ao fato curioso, e que sempre me chamou muito atenção é o de que naquele dia obscuro da prisão de Jesus, onde os maus zombaram dos bons, havia entre os discípulos um jovem envolto a um lençol. Diz a Palavra: “E certo jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão. Mas ele, largando o lençol fugiu nu” Mc 14:51, 52. A primeira pergunta que me vem à mente é: Quem era esse jovem? A tradição o identifica como o próprio Marcos, discípulo e escritor do Evangelho de mesmo nome. Tudo porque acreditam que a última ceia ocorreu na casa dele no que discordo total e absolutamente.
É só fazer uma leitura cuidadosa sobre o episódio da santa ceia para descobrir que a casa onde os doze se reuniram com Jesus, não era a de Marcos. Estou desmentindo uma tradição secular, não sei, porém, como ela se firmou. Vejamos:
E, no primeiro dia dos pães ázimos, quando sacrificavam a páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos para os preparativos da páscoa? E enviou dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e um homem que leva um cântaro de água, vos encontrará: segui-o. E onde quer que entrar, dizei ao senhor da casa: O Mestre diz: onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos? E ele vos mostrará um grande cenáculo e preparado, prepara-a ali. Mc 14: 12,15.
Se a ceia ocorreu na casa de Marcos, Jesus e os discípulos não saberiam onde ficava? Por que pedir direção ao homem com o cântaro? Sendo o local da ceia já preparado com antecedência por Jesus, como Marcos não o saberia? Ele não veria Jesus a entrar e sair do aposento? Para mim está claro que a ceia não foi na casa de Marcos e que o atual local em Jerusalém, chamado de Igreja de São Marcos Síria Ortodoxa, erra ao apontar o lugar- centro de peregrinação- como sendo o da realização da última ceia. Lá existe até uma inscrição em pedra afirmado ter sido ali o último local onde Jesus se reuniu com os discípulos. É engano.
O Homem Nu
Não poderia ser Marcos. Por que, estando em sua casa, ceiando com Jesus, vestiria um lençol? Se a ceia realmente tivesse sido na casa dele, este seria mais um forte motivo para que o homem nu não fosse identificado como Marcos. Ele teria condição suficiente para escolher uma roupa adequada para a ceia, até mais que os outros discípulos.
Um Lençol...
O que me intrigou nessa passagem, além da identidade do homem nu, foi o porquê de suas vestes. Seria alguém sem posses? Tão pobre a ponto de cobrir-se de forma imprópria? O lençol teria sido doado? Seria ele um mendigo? Esse fato trouxe-me muitas interrogações e também muitas respostas.
A fuga dos Discípulos
“Então deixando-os todos fugiram” Mc 14:50. No momento da prisão de Jesus, a multidão ataca seus discípulos, com espadas, paus e palavras de ordem. Eles fogem, em demonstração de covardia. Não foram capazes de suportar o jugo e permanecerem ao lado do mestre até a crucificação. Costumamos criticar os fujões, mas será que agiríamos diferente?! Naquele instante o ato não foi louvável, porém a sobrevivência deles garantiu posteriormente a propagação do Evangelho e da Igreja.
Quem era o homem?
A Escritura dá a entender que ele resistiu às agressões, mas fugiu em seguida:“E certo jovem o seguia, envolto a um lençol, sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão, mas ele, largando o lençol fugiu nu” Mc 14:51, 52
Este homem tinha a Jesus como o bem mais precioso, para ele, não importava se iriam zombar ou achá-lo ridículo, o mais importante era seguir o Mestre. Imagino que o agarravam pelo lençol e ele se esquivava até enfim abandonar a veste em semelhança a ação de José do Egito fugindo da esposa de Potifar. E pensar que sua veste era de valor tão insignificante para a multidão, mas tão valiosa para ele. Quem sabe, o único bem.
O homem nu do Evangelho de Marcos me deixa a lição de que ao olhar para Jesus e segui-Lo estou livre da vergonha. Já não é de veste humana que se faz o meu ser, mas da espiritual, dessa aprouve a Deus nos cobrir. No livro de Josué lê-se: “Hoje revolvi de sobre vós o opróbrio do Egito” Js 5:9, ou seja: revolvi a escravidão, a vergonha. O homem nu, não se sentiu constrangido a seguir Jesus envolto a um lençol, porque seu espírito estava coberto de uma veste excelente, sua vergonha não era a de ser pobre e solitário, mas consistia em ter sido miserávelmente pecador. Antes nu, agora vestido, mesmo nu.
“Eis que venho como ladrão. Bem aventurado aquele que vigia e guarda suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam suas vergonhas” AP 16: 15.
Imagino os sacerdotes, vestidos de linho, adornados com ouro, cercando o homem vestido com um lençol. Aqueles pobres, cegos e nus, enquanto este, vestido esplendorosamente. O homem nu representa também os santos que perseguidos por aflições tantas, por armadilhas do mal, se vêem tentados a largarem as vestes espirituais, abandonarem Jesus Cristo e prosseguirem nus no mundo, aprisionados pela turba.
O homem nu, do Evangelho de Marcos me reporta aos perseverantes, aqueles que estão na contra mão da multidão: Pensam e agem diferente, porque servem a um Deus excelente. Que esse homem, sem nome nos ensine a persistir em seguir Jesus com simplicidade e amor, com afeto pelo Reino e desprezo pelo pecado.
DEZ PASSOS PARA SE RECONCILIAR COM DEUS:
O Primeiro passo para se aproximar-se de Deus é a FÉ. A Fé vem pelo ouvir a palavra de Deus. Diga-me: como ela soa ao s seus ouvidos? Ela é interessante, lhe parece digna de crédito ou é algo que não lhe traz nenhum interesse? O modo como se encara as coisas sagradas é a chave da reconciliação. O modo profano despreza tudo que é Deus e se afasta do caminho. Quando alguém tem interesse pelas coisas santas torna-se agradável a Ele.
Considerando que as coisas santas lhe atraem, saiba que Deus se deixa achar por aqueles que o buscam. Há coincidência de interesses. Tomemos como exemplo bíblico o chefe dos fiscais da cidade de Jericó, em Lucas capítulo 19. Zaqueu queria apenas ver Jesus, mas acabou recebendo o convite Dele para uma visita inesperada, em sua casa. A um desejo sincero da parte humana sempre corresponderá a boa vontade de Deus. Uma coisa está estreitamente ligada à outra.
Religião não é a mesma coisa que Deus.
Saulo de Tarso antes de sua conversão era um jovem religioso de uma formação teológioca máxima. Era zeloso mas, estava na direção errada. Ele pensava estar agradando a Deus, perseguindo e matando os cristãos. Ele tinha interesse em ser fiel a seu Senhor. Mas não sabia que estava no caminho errado, pois estava servindo a uma religião pensado que servia a Deus. Por causa da sua sinceridade de coração, Deus não o deixou no erro, chamando-o de uma maneira singular: O Senhor o derrubou do cavalo em meio à poeira do deserto. Ficou cego para poder ver. Compreendeu sua situação, que ele estava perseguindo o verdadeiro povo de Deus a mando do Judaísmo. Arrependeu-se e buscou a reconciliação com Cristo.
O segundo passo para sua reconciliação é aceitar Jesus como Senhor e suficiente Salvador. Assim diz na Bíblia, a Palavra de Deus, no evangelho segundo João 1; 11 e 12: Ele (Cristo) veio para os seus, mas eles não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o direito de se tornarem filhos adotivos de Deus Pai quando aceitam sinceramente a seu filho Jesus Cristo.
O terceiro passo é o arrependimento. Um lavadeira arrumou um trouxa muito grande de roupas sujas e desceu para o riacho. Lá, muitas outras já estavam trabalhando. Com vergonha de mostrar a sujeira das suas roupas, entrou lá no meio do riacho e afundou a trouxa nas águas. Molhou-se toda ao levantar aquele fardo molhado e pesado, e voltou para sua casa.As roupas foram lavadas? decerto que não. Ela deveria esfregar cada peça com sabão até não ficar nenhum vestígio de sujeira. Da mesma forma se você quer se reconciliar com Deus, entre no seu quarto ou onde puder ficar a só. Ali, ajoelhe-se como se Deus estivesse presente. Conte a ele cada mentira, cada mágoa, cada ódio, seus maus costumes, palavrões imundos - não deixe nenhum pecado sem lavar.
O quarto passo é perdoar para ser perdoado- tendo feito a lavagem da confissão das suas iniquidades - peça perdão a Deus por tantas ofensas. Cuidado com as mágoas, elas são como correntes do diabo destruindo a vida. Cada mágoa perdoada é uma corrente quebrada. Livre-se das mágoas, sejam grandes ou pequenas. Ler Mateus 18; 23 ao 35. Um texto bíblico que fala de perdão dos pecados é I Carta de João capítulo 1 versículos 8 e 9.
O quinto passo é escolher uma Igreja para ir regularmente - hoje há muita dificuldade para se escolher uma Igreja. Mas elas são necessárias com são as maternidades. Em ambas nascem pessoas. A Igreja é uma instituição criada pelo próprio Jesus Cristo. Mesmo não sendo bem recebido ele ia todo ano adorar no templo de Jerusalém. Ninguém nasce sozinho em cima da grama, por consegüinte a Igreja existe para cuidar dos fiéis do Senhor.
Uma boa Igreja tem essas características: prega ab dos pecadoresertamente contra o pecado, não se mostra avarenta no trato com o dinheiro, seus membros dão bom testemunho perante a sociedade, ela ensina a buscar o batismo com o Espírito Santo. Ensina que a salvação é pela graça ( favor ) de Deus por meio do sangue de Jesus Cristo e que uma vez salvo há que se dar bom testemunho e praticar a justiça.
Ela não deve adorar imagens e esculturas porque isto é abominação a Deus e traz a miséria para dentro da família. Ela usa apenas Bíblia Sagrada como norteador de conduta moral.
O sexto passo é seguir uma vida de oração: orando em todo lugar, seja com palavras ou pensamento. Hoje isto é difícil? É! Às vezes passamos duas horas na net e não temos cinco minutos para o Senhor. É como se você deixasse seu melhor amigo no ostracismo. Sem uma palavra. Analise como está sua comunicação com o Senhor.
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Orar é se comunicar com Deus: agradecendo, adorando, pedindo para si, pedindo em favor dos outros, orando para que o Senhor salve parentes, vizinhos, colegas de trabalho. Orando pelos missionários, autoridades póliticas. A Bíblia ensina assim.
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O futuro da sua vida, é você que tem o poder de decidir. Se o seu relaciomento, sua comunicação com Deus for boa - você será muito feliz e abençoado(a). Seu futuro está nas suas própias mãos. Se você for sincero(a) com ele: ele trabalhará para abençoar você, sua casa, seus estudos, ele vai cuidar de você como um(a) filho(a) querido(a). O Salmo 37 você deve ler ainda hoje.
Nas causas mais difíceis - jejuar, isto é deixar de comer alimentos sólidos e tomar líquidos ( não há necessidade de evitar água - a não ser em jejuns curtos). Tanto Paulo como a rainha Ester, diante de uma causa e problema muito difícil praticaram o jejum completo de três dias. Alimentos somente depois de 72 horas. Água pode.
Se nunca jejuou antes, comece apenas com um dia. Pode ter dor de cabeça. Use um medicamento. Nosso corpo reage com mudanças bruscas. Só jejue por causas JUSTAS ( saúde, perseguições, necessidades graves ). Jejum não é mágica. Se não for dentro da vontade do Senhor - não trará resultado algum. Fazer jejum por causas egoístas e malvadas é pecado grave.
Particularmente quando fui orar para certa pessoa com câncer e também para Jesus batizar os crentes da Igreja que cuidava, exercitei o jejum de três dias. Contudo, o jejum só funciona dentro da direção do Espírito Santo. Também já fiz o mesmo tipo de jejum por uma pessoa e não houve cura. Tudo tem que ser da vontade do Senhor. Se jejua por uma necessidade justa. Por costume e desejos egoístas, não!
O sétimo passo é procurar ansiosamente aprender a palavra de Deus. Estudando a Bíblia, freqüentando regularmente todos os cultos da Igreja, indo a Escola Dominical onde há bom ensino. O tempo que passamos aprendendo a palavra de Deus é precioso porque estamos em contado com Deus. Mas que ninguém se tranque 24 horas em seu quarto para estudar a bíblia pois isso é falta de juízo.
O oitavo passo é ofertar a Deus de maneira sábia e com o coração alegre. Há três lugares, que conheço, na bíblia que diz para não comparecer diante de Deus com as mãos vazias. Ele não precisa de dinheiro. Mas sua Igreja sim. Todas outras instituições usam o dinheiro em suas causas. Nossa Igreja não pode, portanto, ser uma casa horrorosa e mal cuidadada. Por outro lado, cuidado com igrejas avarentas que pressionam os crentes com palavras persuasivas e até ofensivas mas, não estão nem aí com a vontade de Deus. Também tem os ímpios em cujo coração habita o maligno que adoram espinafrar os crentes zombando de suas contribuições na Igreja. O diabo e seus enviados não estão preocupados com você. Querem mais é que você seja infeliz e miserável como eles.
O nono passo é dar bom testemunho de fé pregando o evangelho aos não crentes sem se envergonhar de Cristo. Muitos há que ainda não aprenderam a palavra de Deus e já querem ensiná-la. Primeiro, é preciso ter alguma coisa para depois poder dar. Aquilo que se aprendeu corretamente é o que se pode ensinar. Deus chamou a todos para reconciliação. Distribuiu dons a cada um que chamou. É um absurdo ver nos dias de hoje tanto crente ocioso sem ocupação alguma na Igreja do Senhor. Quem não trabalha para Cristo está afastando o Espírito Santo do próprio coração. O desejo do Espírito Santo é que você se ofereça voluntariamente para fazer algo agradável ao Senhor.
Sem o Espírito Santo o cristão está desviado.
O décimo passo é o amor fraternal. Alegrar com os que se alegram mas também chorar com os que choram. Antes de comer, vestir, morar, ter um carro, um sítio, uma empresa, há que se importar com os que nada têm. Somos as mãos generosas de Deus aqui na terra. É vergonhoso ver algumas vezes os ímpios sendo mais cuidadosos do que alguns crirstãos. O amor é o vínculo da presença de Deus na vida do crente.
Muitos outros passos há - queremos finalizar incentivando você que chegou a ler até aqui a não descansar sua alma enquanto não receber a benção da salvação e o genuíno Batismo no Espírito Santo que traz uma alegria indizível a vida do novo cristão além de capacitá-lo para testemunhar do amor do Senhor Jesus Cristo.
Veja a biografia do Pastor. Willian Seymour, neste link Biografia para conhecer de onde veio o pentecoste do século XX que alcançou os nossos dias.
O que fazer antes do divórcio
Por João Cruzué
Trabalhei por quase seis anos à frente de uma congregação da Igreja Assembleia de Deus e, já a partir da primeira semana, peguei amor pela Igreja. O tempo que fiquei, comparado com o de outros dirigentes de congregação foi muito pouco, mas eu descobri que as coisas quando são feitas na vontade de Deus vão prosperar, mesmo que por certo tempo possa parecer que não. Quando a luta se abate forte sobre uma família, a última palavra sobre um casamento quem pode dar é o Senhor Jesus Cristo. Basta que você faça uma coisa fundamental. É sobre isto que vamos refletir.
A Igreja, na Bíblia, sempre foi comparada como uma noiva e seu bem amado é o Senhor Jesus Cristo. O amor fiel de Cristo pela Igreja, é o melhor exemplo para um casal de noivos a caminho do altar. Uma coisa curiosa, por outro lado, tem acontecido: Jovens cristãos que a pouco tempo se casaram, dois anos, cinco anos, sete anos, não desfizeram os votos de fidelidade, porque descobriram os defeitos ou os vícios do cônjuge. Particularmente, por estes dias, uma pessoa conhecida, que abandonou a esposa e os filhos para tentar construir um novo lar, se assentou ao meu lado e começou a abrir seu coração.
Uma família é um dom de Deus. Ela não deve ser constituída a toque de sentimentos, apenas. Aquela frase "o amor é eterno, até que dure" é uma peça de publicidade mentirosa. Deus criou o amor, e ele pode ser eterno, mesmo que advenha tempestades com raios e trovões. O detalhe é: quem escolheu seu cônjuge - foi você mesmo, ou esperou pela vontade do Senhor Jesus? Aqui está o grande segredo. Quem acha uma esposa (ou um esposo), diz a Bíblia: alcançou o favor de Deus.
Uma esposa não é um copo descartável, para que você beba por cinco, dez, 20 anos e depois joga fora. O cristão não se enamora primeiro de qualquer pessoa, e só depois vai perguntar para o Espírito Santo se é aquela é o prometido ou a Rebeca. Um lar não deve ser formado na base de sentimentos, porque nosso coração pode ser tomado de paixão, e depois que a paixão passar, vamos tentar formar um outro. Assim como Jesus sempre vai ser o Noivo da Igreja, da mesma forma quando dois jovens se casam, é um casamento para toda vida.
E assentou-se ao meu lado por estes dias um moço não crente que se casou uma moça de uma família evangélica. Por muito tempo soubemos que ela passava por muito sofrimento por causa de ter se unido a um marido descrente. Vieram os filhos, e depois de uns 12 anos, ele trocou a esposa por outra mulher. Divorciou-se da primeira e arranjou outra família.
O tempo foi passando, as dificuldades chegando e assim, ele buscou a Casa de Deus e aceitou Jesus. Isto ele fez, porém não encontrou a paz de espírito, pois permaneceu a culpa e o remorso por ter abandonado a primeira família. Sentado a meu lado, perguntava o que fazer.
--Depois que você aceitou Jesus, você já foi até sua ex-esposa para lhe pedir perdão? Sim, pois para ter paz em nosso coração, você precisa ir amarrando a corda nos lugares onde ela arrebentou. E mesmo que faça isto, não vai reconstruir o muro que foi derrubado com o divórcio. Seu mau exemplo pode ser vir pretexto para a separação de filhos e netos. Como costumava ensinar meu antigo e já falecido pastor: Lembra, pois, de onde caístes, vai e arrepende-te!
Quando duas pessoas se casam, são duas cultras familiares diferentes que se unem. Junto vêm defeitos e virtudes. Marido e esposa possuem personalidades diferentes que, de comum acordo, prosperam e trazem a firmeza de um lar. Quando os atritos acontecem, e eles vêm, há dois caminhos a tomar: quem é de Deus vai e busca a presença do Senhor e intercede em favor do seu lar. Mesmo que estiver chovendo pedras ou canivetes, a um clamor sincero de um crente Deus ouve e responde. O outro caminho é ceder aos argumentos do diabo e abandonar o lar.
A resistência de um lar vem da oração do marido, e a visão das dificuldades vem da capacidade maior de discernimento da esposa. Se os dois são cristãos, na hora que a vaca tosse, se um buscar ajuda do Senhor, ela vem. É por isso que quem espera no Senhor para se casar leva uma grande vantagem sobre aquele que namora primeiro, se apaixona, para depois perguntar para Deus se é o escolhido ou a escolhida.
Deus abomina o divórcio. Principalmente, quando o marido deixa a esposa da sua mocidade para se juntar a uma outra mulher muita mais nova. Um dia vai chegar que ele vai olhar para trás cheio de remorso sem oportunidade de consertar o muro que derrubou.
O que você vai fazer depois do divórcio?
Não há fórmula científica. Você vai trilhar um caminho que não é do agrado de Deus. Há um monte de "pastores", "bispos" e "apóstolos" por aí dizendo que você deve tocar a sua vida e esquecer de quem ficou para traz. Bola prá frente! Será? De jeito nenhum.
Deus não é Deus de confusão.
Do jeito que ensina a Palavra de Deus deve ser o conselho do pastor. Se ele vier com conversinha, do tipo, "não se preocupe, isto é muito comum nos dias atuais..." etc, fique experto: ele está mentindo e passando por cima da palavra de Deus! A família é constituída pelo casamento de um homem com uma jovem. Ela simboliza a união de Cristo com a Igreja. Uma união planejada, esperada, e executada. Da mesma forma que Cristo amou a Igreja, assim é o padrão de amor do marido para com sua esposa.
O divórcio é como o muro quebrado de uma casa.
Depois que uma brecha é feita e uma nova tentativa de família é buscada, nunca mais vai haver oportunidade de reparação do muro quebrado da vida conjugal.
Por isso, antes de se casar busque a direção de Deus. Antes mesmo de propor namoro, busque a direção de Deus. A formação de um lar deve ser feita com a aprovação de Deus. Isto envolve oração e paciência para esperar no SENHOR. Como a desconstrução de qualquer sociedade passa pela família, nem tudo que está sendo dito por aí, deve ser entendido como uma verdade absoluta. Verdade absoluta mesmo, só aquilo que é da vontade de Deus. E se você já estiver casado e uma tempestade estiver se abatendo sobre a sua casa, lembre-se do exemplo de Davi (I Samuel capítulo 30) enquanto todo mundo acreditava que suas famílias já tinha sido perdidas, David chamou o sacerdote, buscou a presença do Senhor na oração.
Ora primeiro e confia na promessa do Senhor. Assim não vai fazer uma besteira em seguida.
Com carinho, irmão João.
Trote de sequestro das filhas foi a causa do infarto do Missionário David Miranda
De acordo com a reportagem da jornalista Juliana Deodoro, da Revista Veja, a causa do infarto do missionário David Miranda, segundo informações da família, foi um trote de sequestro das filhas que levou o pai a passar mal. Ele era hipertenso e tomava medicamentos para o controle da pressão. Ao tomar conhecimento do telefonema, o filho mais velho, Pastor David de Oliveira Miranda ligou para as irmãs a fim de checar a veracidade do sequestro. Elas estavam bem. Levado às pressas para o Hospital São Camilo, o missionário não resistiu e faleceu.
Este tipo de simulação de sequestro feito por bandidos, costumeiramente de uma penitenciária do Complexo de Bangu no Rio de Janeiro, é de uma frequência assustadora. Só na minha casa já sofremos quatro tentativas. A última delas não tem mais de 15 dias.
Liga uma pessoa (mulher) chorando dizendo a primeira palavra "PAI... e o resto enrola a voz de desata em um choro convulsivo. Eu estava no trabalho e recebi uma ligação de DESCONHECIDO pelo celular. Eu disse: Alô... e do outro lado, a pessoa desligou. Dois minutos depois ligou uma mulher chorando e gritando PAI! Como esta já é a quarta vez, pedi para a "minha" filha repetir. De novo um monte de palavras enroladas. E eu não entendia e pedia para repetir
--Fala mais alto, eu repeti. Aqui entrou um sujeito na conversa e falou agressivamente: DEIXA EU FALAR COM SEU PAI. Não pensei duas vezes. Taquei-lhe o telefone na cara: desliguei. Depois de desligar, liguei para minhas duas filhas. Cada uma delas atendeu! Estava confirmada a simulação e os bandidos nem ligaram mais
Da primeira vez que isto aconteceu, eu chegava do trabalho e encontrei minha filha em pânico. Tinha um bandido no telefone dizendo que tinha sequestrado a mãe dela. Ameaçou que se ela desligasse o telefone iria matar a sequestrada. A primeira coisa que fizemos foi orar. A segunda foi levantar e ligar para a Igreja e saber se minha esposa estava lá. Uma irmã atendeu e disse que estava na frente dela. O cão foi desmascarado e não ligou mais!
Até o falecido ex-presidente José de Alencar passou por uma situação dessa.
O trote sempre começa por uma pessoa gritando ou chorando. Na primeira ligação, você atente, e eles ficam mudos, mas descobrem se é um homem ou uma mulher que atende. Na segunda, alguém já aparece chorando no telefone e gritando PAAAI! Se quem atendeu foi uma mulher, a pessoa vai gritar MÃAAE!
Imagine só quantos pais ou mães não estão morrendo por aí, além do missionário, por causa desses bandidos que tem uma verdadeira central telefônica nestes complexos penitenciários. Pesquisa na internet para você conferir, que outras pessoas já morreram por causa desses trotes.
terça-feira, 3 de março de 2015
Asafe invejou os descrentes
SALMO 73:1-28
"Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória"
Asafe era diretor de música nos dias de Davi e Salomão. Crente no Senhor, compôs 12 hinos que passaram a fazer parte dos Salmos. Da sua experiência com o Senhor, podia dizer "com efeito, Deus é bom" (v.1). Porém, durante uma fase de sua caminhada com o Senhor, enfrentou uma crise espiritual muito grande, a ponto de declarar "quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos" (v.2). Como Asafe, você pode estar vivendo momentos de dúvidas e quem sabe até tenha pensado em se afastar dos caminhos do Senhor. Vendo o que levou esse levita à beira do precipício e como ele saiu de sua crise espiritual, você descobrirá que mesmo em meio a lutas, vale a pena servir ao Senhor.
Comecemos com os motivos que quase levaram Asafe à descrença.
I. ASAFE OLHOU PARA O HOMEM
O erro de Asafe foi deixar de olhar para o Senhor para analisar o que acontecia com as pessoas à sua volta. Ao fixar os olhos na experiência dos homens, tirou conclusões que o levaram para muito perto da apostasia.
1. Asafe invejou os descrentes, (v.3-12)
O próprio Asafe confessa que "invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos" (v.3). O que ele viu nos seus dias é a mesma coisa que você vê ao reparar no estilo de vida dos descrentes de hoje. Os descrentes viviam sem preocupações com doenças, "o seu corpo é sadio e nédio" (v.4). Além disso, "não são afligidos" (v.5). A conseqüência dessa vida despreocupada é "a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto" (v.6). Chegam a blasfemar, "contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra" (v.9). Asafe também notou que os descrentes geralmente são pessoas populares. Quanto mais ímpios forem, mais "o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos" (v.10). Ao invés de serem castigados, os descrentes, estão "sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas" (v.12). Isso deixava Asafe arrasado.
Mas então, ele volta sua atenção para os crentes. E o que ele percebeu, não o fez sentir-se melhor.
2. Asafe lamentou a sorte dos crentes (v.13-14)
Olhando para si mesmo, ele concluiu tristemente que "inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência" (v.13). A sua avaliação era de que a santidade não compensava, pois apesar de manter-se fiel "de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado" (v.14). Talvez você tenha chegado à mesma conclusão de Asafe, de que enquanto os descrentes prosperam no mundo, os crentes vivem uma vida de aflição. Quem sabe você concorda que quanto mais se consagra, mais dificuldades enfrenta.
Antes de prosseguir, gostaria de dizer que você e Asafe não estão sozinhos. Cada um em seu tempo, tanto Jó, Davi, Isaías, Jeremias, Habacuque, Paulo como muitos outros observaram que poucos ricos serviam a Deus e no entanto pareciam prosperar cada vez mais. Enquanto que os crentes eram, nas palavras de Paulo, a "escória do mundo". Cada uma dessas pessoas reagiram a seu modo diante disso. A reação de Asafe quase o levou para longe da fé. E a sua? Qual a sua reação diante da prosperidade dos descrentes e do seu sofrimento?
II. ASAFE TORNOU-SE AMARGURADO
A reação de Asafe, como dissemos, quase o levou para fora do arraial da fé. Ele se tornou um crente amargurado com o que via à sua volta e dentro de si.
1. Não conseguia compreender, (v.16)
Primeiro, ele não conseguia compreender como as pessoas descrentes viviam melhores que os crentes. Nas suas palavras, "em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim" (v.16). Quanto mais pensava sobre o assunto, mais angustiado ficava. Como poderia um Deus justo deixar impune o perverso e diariamente submeter os crentes a uma disciplina rígida? Isso não entrava na cabeça de Asafe.
2. Não conseguia falar (v.15)
Como um líder na congregação, Asafe não podia compartilhar suas dúvidas com seus companheiros, pois poderia semear a dúvida em seus corações. Aquilo que esmagava o seu coração não podia ser divido com outros, que poderiam desviar-se. Asafe até pensava em se abrir com alguém, mas então pensava que isso seria trair a fé de seus irmãos. Dizia ele, "se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos" (v.15). É bom destacar que a atitude de Asafe foi louvável, pois visava poupar a fé de irmãos mais fracos. Porém, ao se calar, foi cada vez mais consumido pela dúvida.
3. Não conseguia aceitar (v.21-22)
Asafe não conseguia aceitar em seu coração essa situação. A amargura invadiu a sua alma. Mais tarde ele descreveria a sua situação nas seguintes palavras "quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram, eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença" (v.21-22). Você já veio alguma vez ao culto e de tão angustiado não conseguiu sentir a presença de Deus? Ao invés de prestar atenção ao que era ministrado, ficava remoendo sua situação? Então você entende como Asafe se sentia. Ele estava se tornando insensível às coisas de Deus.
Mas então aconteceu algo que o tirou da situação em que se encontrava. Preste atenção, pois é isso que precisa acontecer com você, para que todas as dúvidas se dissipem e você possa se regozijar na presença de Deus.
III. ASAFE ENTROU NA PRESENÇA DE DEUS
Até quando durou a crise espiritual de Asafe? Ele nos responde: "até que entrei no santuário de Deus" (v.17). Como ministro do louvor, é certo que ele estava sempre no templo. Porém, dessa vez, ele realmente se colocou diante de Deus. Ao invés de ficar olhando para o estilo de vida dos ímpios, olhou para o Senhor. Ao invés de procurar uma explicação racional para seu sofrimento dentro de si, voltou sua atenção para o seu Deus, e então as coisas se desanuviaram. Não é comparando a vida do descrente com a vida do crente que você encontrará as explicações que procura, mas colocando-se aos pés do Senhor, para aprender de Suas palavras.
1. Compreendeu o fim dos descrentes, (v.17-20; 27)
Após entrar no santuário, Asafe disse "atinei com o fim deles" (.v17), referindo-se aos descrentes. Até então, Asafe tinha reparado apenas na situação presente dos ímpios, mas agora o Senhor lhe mostrava o fim deles. Aparentemente seguros, na verdade os ímpios viviam sob um perigo mortal, pois "Tu certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição" (v.18). Deus não os deixará impunes em sua iniquidade, mas "ficam de súbito assolados, totalmente aniquilados de terror!" (v.19). Embora a sua prosperidade pareça nunca acabar "como ao sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, ao despertares, desprezarás a imagem deles" (v.20). Deus não esqueceu nem relevou a maldade dos ímpios, mas os está reservando para o dia do juízo, quando então terão a retribuição de sua maldade. Asafe comprendeu então que a longanimidade do Senhor não deve ser confundida com injustiça, pois "os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo" (v.27)
2. Descobriu a segurança dos crentes, (v.23-26; 28)
Porém, a maior descoberta de Asafe não foi saber como os ímpios acabam, mas como os justos permanecem para sempre. Ele lembrou-se de algo que só o crente pode dizer: "todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita" (v.23). Em meio ao sofrimento, o crente não está sozinho nem desamparado. Na estrada íngrime da fé, só o crente pode dizer "Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória" (.24). Ao pensar nessas verdades, Asafe só podia exclamar "quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra" (v.25). Ah! meu irmão, Deus te basta! O Senhor te é suficiente! Se você tem Deus no céu e se deleita dele na terra, então nem a maior prosperidade dos ímpios nem o maior sofrimento irá te tirar a alegria da salvação! O segredo que Asafe descobriu é que "ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre" (v.26).
O que é melhor, possuir todas as riquezas do mundo ou viver na presença de Deus? Depois de encontrar-se com Deus no santuário, Asafe não teve mais dúvidas: "quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos" (v.28). Você trocaria uma vida na presença de Deus e uma eternidade na glória por prosperidade material na terra e uma eternidade no inferno? Tenho certeza que não, logo, não há motivo para você duvidar da bondade de Deus e menos ainda para invejar a sorte dos que seguem a maldade.
CONCLUSÃO
Agora eu preciso falar de uma coisa muito séria. O que Asafe fez foi muito grave, pois quase o mergulhou na descrença. Mas foi ainda mais grave porque colocou em dúvida a bondade e a justiça de Deus. Se você, como ele, pensava que Deus agia de forma errada ao permitir que os ímpios prosperassem enquanto os crentes eram afligidos, também pecou contra o Pai. Por isso, precisa pedir perdão ao Senhor. Faça isso agora. E na mesma oração, confesse a Deus que Ele é teu socorro no céu e alegria na terra, e que tendo Ele em sua vida, nada lhe fará falta. Oremos a Deus.
Soli Deo Gloria
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