quarta-feira, 26 de maio de 2021

Não deixe o medo te impedir de conquistar mais de Deus.." A coroa da Vida."


REQUER coragem para ser verdadeiro cristão, visto que se precisa estar disposto a enfrentar perigos, dificuldades, oposição, e, sim, até mesmo a própria morte. Os discípulos genuínos de Jesus Cristo não podem esperar receber tratamento melhor do que seu Senhor. Conforme disse o próprio Jesus: “O escravo não é maior do que o seu amo. Se me perseguiram a mim, perseguirão também a vós.” — João 15:20.

Embora Jesus fosse perseguido, não havia motivo justo para isso. Ele mostrava interesse ativo no bem-estar dos outros. Era compassivo, bondoso e amoroso. (Mat. 8:2, 3; 11:28-30; Mar. 8:2) Trabalhava incansavelmente, amiúde passando sem comer e sem o necessário descanso, aliviando homens imperfeitos de seus padecimentos e dando-lhes consolo e encorajamento espirituais. (Mat. 14:13, 14; Mar. 6:31-34) Embora sofresse abusos, nunca ultrajava a ninguém. Sua vida era imaculada, livre de pecado. — 1 Ped. 2:22, 23.

Ainda assim, Jesus Cristo tornou-se alvo de hostilidade intensa. Foi acusado maldosamente de ser beberrão e glutão, violador da lei de Deus e até mesmo estar endemoninhado. (Luc. 7:34; João 5:18; 8:48) Sofreu grandes indignidades, cuspindo-se nele, sendo esbofeteado, socado, flagelado e finalmente pregado numa estaca, para morrer em desonra pública, como se fosse blasfemador de Deus. — Mat. 26:65-67; João 18:22; 19:1, 17, 18.

Exigiu enorme coragem para Jesus suportar tudo isso. Podia ter evitado tornar-se alvo da hostilidade por simplesmente levar uma vida boa qual carpinteiro em Nazaré. Mas proclamava corajosamente a verdade, expondo as falsidades religiosas e o erro duma vida dedicada exclusivamente ao interesse próprio. Isto lhe granjeou o ódio do mundo, porque os que preferiam levar uma vida contrária à vontade de Deus não queriam ser expostos como iníquos. Feria-os serem expostos como não sendo as pessoas “justas” que muitos deles afirmavam ser. — João 3:19, 20.

Exige-se dos discípulos de Jesus Cristo fazer o que ele fez. Não só precisam levar uma vida que se harmonize com a vontade de Deus, mas precisam estar ativamente envolvidos em ajudar outros a fazer o mesmo. (Mat. 28:19, 20) Especialmente esta atividade os leva ao conflito direto com os que preferem seus próprios modos iníquos. Estes reagem violentamente, querendo impedir tal obra. Confrontados com oposição violenta, os covardes cessariam, mas não os verdadeiros cristãos.

O espírito ou a atitude predominante dos verdadeiros cristãos não é de covardia. Podem estar acanhados, temerosos de ferimentos ou mesmo em necessidade de encorajamento para mostrar maior destemor. Mas não permitem que o medo ou o acanhamento os faça parar de fazer a vontade de Deus, assim como fariam os covardes. O apóstolo cristão Paulo lembrou isso ao seu fiel colaborador Timóteo, dizendo: “Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de poder, e de amor, e de bom juízo.” — 2 Tim. 1:7.

Paulo apreciou muito que Deus lhe dera um espírito de poder. Declarou na sua carta aos cristãos em Filipos: “Para todas as coisas tenho força em virtude daquele que me confere poder.” (Fil. 4:13) Paulo recebera poder para enfrentar adversários e perigos de todas as espécies, a fim de não recuar por medo. Recebera poder para suportar severas provações e perseguições. — 2 Cor. 11:23-27; 12:9, 10.

Além dum ‘espírito de poder’ dado por Deus, Paulo foi impelido por um ‘espírito de amor’ a continuar no serviço fiel. Tinha profundo amor a Jeová Deus e ao Senhor Jesus Cristo. Cheio de apreço por aquilo que fizeram a seu favor, escreveu: “Eu sou o mínimo dos apóstolos, e não sou apto para ser chamado apóstolo, porque persegui a congregação de Deus. Mas, pela benignidade imerecida de Deus, sou o que sou. E a sua benignidade imerecida para comigo não se mostrou vã, mas labutei mais do que todos eles, contudo, não eu, mas a benignidade imerecida de Deus que está comigo.” (1 Cor. 15:9, 10) Também, Paulo tinha um amor intenso aos outros homens, inclusive seus conterrâneos, que muitas vezes foram responsáveis pelas perseguições que lhe sobrevieram. Com consciência limpa, podia dizer: “Tenho grande pesar e incessante dor no meu coração. Pois, poderia desejar que eu mesmo fosse separado do Cristo como amaldiçoado, em favor dos meus irmãos, meus parentes segundo a carne.” — Rom. 9:2, 3.

Além disso, o espírito de bom juízo ajudava Paulo a manter sua fidelidade. Ele mantinha um conceito equilibrado, reconhecendo que o realmente importante era sua relação com Jeová Deus, como discípulo devoto de Jesus Cristo. (Fil. 3:8-11) Isto o impediu ceder à pressão de facilitar as coisas para si mesmo por transigir.

Foi porque Paulo mantinha o espírito dado por Deus, “de poder, e de amor, e de bom juízo”, que ele permaneceu como discípulo aprovado de Jesus Cristo. Tinha certeza de sua recompensa, e, por isso, quando confrontado com a morte, escreveu a Timóteo: “Tenho travado a luta excelente, tenho corrido até o fim da carreira, tenho observado a fé. Doravante me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará como recompensa naquele dia, contudo, não somente a mim, mas também a todos os que amaram a sua manifestação.” — 2 Tim. 4:7, 8.

Os covardes, porém, não têm base para tal confiança. De fato, a Palavra de Deus mostra claramente que eles não têm recompensa. Estão entre os que sofrerão a “segunda morte”, morte da qual não há ressurreição. — Rev. 21:8.

É só justo que seja assim, porque o covarde é desleal a Deus. Ao ver outros sofrer pela justiça, fica amedrontado e deixa de servir a Deus, a fim de escapar de possíveis ferimentos às mãos dos homens. Confrontado com uma prova de integridade, coloca-se do lado de Satanás, o Diabo, mostrando que, no seu caso, a afirmação do adversário é verídica: “Pele por pele, e tudo o que o homem tem dará pela sua alma.” — Jó 2:4.

O covarde revela completa falta de fé na capacidade de Deus de contrabalançar todo o dano que Satanás e seus agentes possam causar. Se ceder diante da ameaça da morte, mostrará falta de fé na promessa de ressurreição, por Deus. (Mat. 10:28; Heb. 11:35) Se a pressão econômica o faz desobedecer à lei divina, revela que não tem fé na garantia de Deus, de prover para seus servos como um todo. — Heb. 13:5, 6.

Se quiser estar entre os que não cedem sob pressão diante de tal temor covarde, tome medidas para fortalecer a sua fé Estude a Palavra de Deus, peça-lhe direção e orientação, associe-se com cristãos corajosos e ajude ativamente outros a se tornarem discípulos de Jesus. Daí, igual a Paulo, poderá aguardar a recompensa da vida que há de ser dada, não aos covardes, mas aos cristãos corajosos.

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