Dia 15 de fevereiro marcou o terceiro aniversário da morte de 21 cristãos egípcios decapitados na Líbia, nas mãos dos jihadistas do Estado Islâmico (EI). As imagens desse trágico evento foram mostradas pela mídia no mundo todo. Vestidos com macacões laranja, típico dos presidiários, tiveram suas cabeças cortadas enquanto seus executores gritavam “Allah é grande”.
O que aconteceu naquele dia não foi motivo de desânimo para os cristãos coptas do Egito. Pelo contrário, apenas três meses após a divulgação do vídeo com a execução daqueles seguidores de Jesus Cristo, começaram a construção de uma igreja em homenagem aos seus mártires.
Entre a comunidade cristã egípcia, há um consenso de que aquelas mortes de pessoas que se recusaram a negar sua fé fortaleceu a muitos coptas. Também causou impacto entre muçulmanos egípcios. Há relatos de conversões de ex-seguidores do Islã por causa do testemunho daqueles homens que amavam mais a Jesus que suas próprias vidas.
“Para ser sincero, quando vi que meu filho morreu com o nome de Jesus nos lábios, eu me alegrei. Pois eu sabia para onde ele estava indo”, disse Malak, pai de um dos mártires. “Só conhecíamos o martírio dos filmes, mas esses mártires, eles viveram no meio de nós. Hoje, muitas crianças sabem o que significa ser testemunha de Jesus. A fé de todos cresceu.”
“O Estado Islâmico pensou que o assassinato de nossos parentes nos destruiria. Mas na verdade, nos fortaleceu a fé”, assegura a esposa de outro mártir.
A Igreja de al-Shohadaa [Mártires] na aldeira de al-Our, localizada a cerca de 200 km da capital Cairo, foi inaugurada no dia 15. Ela fica na região de Mínia, onde moravam 20 dos 21 mortos pelo EI.
Em pleno século 21 ainda ecoam as palavras de Tertuliano, influente teólogo que viveu no norte da África no século 3. Ele é o autor da famosa frase: “O sangue dos mártires é a semente dos novos cristãos”. Com informações de Open Doors e World Watch Monitor
