segunda-feira, 20 de abril de 2015

Você está cheio do Espírito Santo?

O apóstolo Paulo, preso em Roma, escreve sua carta à igreja de Éfeso, capital da Ásia Menor, e ordena: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Jesus morreu, ressuscitou e subiu ao céu. Então, o Espírito Santo, o outro Consolador, desceu e desceu para ficar para sempre conosco. Sem a obra do Espírito Santo jamais haveria um só convertido na terra, pois é ele quem aplica a obra da redenção. Concordo com Charles H. Spurgeon, quando disse que é mais fácil acreditar que um leão tornar-se-á vegetariano do que acreditar que uma pessoa só possa ser salva sem a obra do Espírito Santo. Todo crente é regenerado, habitado e selado com o Espírito Santo, mas nem todo crente está cheio do Espírito Santo. Uma coisa é ter o Espírito Santo; outra coisa é o Espírito Santo nos ter. Uma coisa é ter o Espírito Santo presente; outra coisa é ter o Espírito presidente. O texto em apreço nos ensina quatro verdades. Em primeiro lugar, a plenitude do Espírito é uma ordem expressa de Deus. Há duas ordens no texto. Uma negativa e outra positiva. A negativa é não se embriagar com vinho; a positiva é ser cheio do Espírito Santo. Assim como a embriaguez é um pecado; também o é a ausência da plenitude do Espírito Santo. Se a embriaguez produz vergonha e dissolução, a plenitude do Espírito Santo desemboca em comunhão, adoração, gratidão e serviço. Em segundo lugar, a plenitude do Espírito é uma exigência a todos os crentes. O ordem para ser cheio do Espírito é endereçada a todos e não apenas a alguns crentes. Os líderes, os anciãos, os adultos, os jovens, as crianças, os ricos, os pobres, os doutores, os analfabetos, todos os salvos, sem exceção, devem ser cheios do Espírito Santo. A plenitude do Espírito não deve ser uma exceção na igreja; é a norma para todos os crentes. Em terceiro lugar, a plenitude do Espírito Santo é uma experiência que deve ser repetida continuamente. Não se trata de um acontecimento único e irrepetível como é o batismo pelo Espírito no corpo de Cristo. A plenitude de ontem não serve para hoje, assim como a vitória do passado não garante vitória no presente. Todo dia é dia de ser cheio do Espírito Santo. Todo dia é tempo de andar com Deus e experimentar o extraordinário de Deus. As melhores experiências do passado podem ser medidas mínimas do que Deus pode fazer em nossa vida no futuro. Em quarto lugar, não podemos produzir a plenitude do Espírito, podemos apenas nos esvaziar para sermos cheios. A plenitude do Espírito Santo não é uma realidade produzida por nós. Não administramos essa experiência. Ela vem do alto, de cima, do céu. Devemos ser como vasos vazios, puros e disponíveis para o Espírito Santo nos encher. Não há limitação no Espírito Santo. Podemos ser cheios a ponto de sermos tomados de toda a plenitude de Deus. Você está cheio do Espírito Santo? Fonte: Palavra da Verdade

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Sua igreja talvez não seja uma igreja

Por Jared C. Wilson "Queremos ir a um lugar com estacionamento amplo, que nos dê um café de graça assim que entremos. Queremos sentar em uma cadeira confortável que vibra. Queremos uma banda bombante. Queremos ver fumaça. E um laser que desenhe uma cruz na fumaça. Queremos um bom cantor para cantar coisas confortadoras enquanto ouvimos admirados. Queremos um palestrante enérgico para aliviar nosso medo da economia e que nos inspire em não mais que 20 a 22 minutos. Então queremos ir embora sem ser incomodados, ter nossas retinas scanneadas para pegar nossos filhos, e vê-los descer do parquinho, depois de terem ouvido uma lição de ninguém menos que o próprio Bob Esponja Calças Quadradas, sobre obedecer aos pais e não mentir. E, se nos sentimos assim, queremos tudo isso novamente na próxima semana. Isso é o evangelicalismo." Essa é minha paráfrase de um sermão recente de Matt Chandler na Village Church. Um pastor de louvor e adoração visitou uma igreja local esses dias, uma pela qual até tenho certo respeito. Ele disse que não ouviu o nome de Jesus na mensagem. Já sabemos que muito do que se passa por evangelicalismo tem pouquíssimo, se é que tem, evangelho. É possível que muito do que se passa por “igreja”… não seja uma? Aqui vão alguns sinais de que sua igreja talvez não seja realmente uma igreja. Sua igreja talvez não seja uma igreja se… Seu pastor raramente fala sobre Jesus. (Essa é fácil). Seu pastor fala sobre Jesus, mas somente no estilo “siga seu exemplo”. (Você poderia ser um Mórmon ou mesmo muçulmano e pregar desse jeito). As músicas de “adoração” são mais sobre como você se sente e o que você pode fazer, em oposição a quem Deus é e o que Ele fez. A extensão do envolvimento de quase todos na igreja está limitada ao culto semanal. Seu pastor não pastoreia as pessoas cara a cara, mas gerencia “sistemas” em seu escritório, 40 horas por semana. Alguns desses sistemas são projetados para que o pastor interaja com o menor número de pessoas possível. Você não se lembra da última vez que participou da Ceia do Senhor. Muito do planejamento e foco na organização gira em torno de fazer um culto sensacional. Você nunca ouve a palavra “pecado” por lá. Você ouve a palavra “pecado”, mas apenas brevemente ou redefinida como “falhas”. Você não se lembra a última vez que ouviu o nome de Jesus em uma mensagem. A mensagem de Páscoa não é sobre a ressurreição, mas “novas oportunidades” na sua vida ou virar uma nova página. Em feriados patrióticos, a mensagem é sobre quão grande nosso país é. Nos outros fins de semana, a mensagem é sobre quão grande você é. Há mais vídeos que orações. Pessoas não cantam durante o culto de “adoração”, mas assistem. As responsabilidades principais do pastor são coisas estranhas à Escritura. Existe mais dinheiro investido em propaganda que em missões. A maioria dos pequenos grupos gira em torno de esportes ou lazer, e não estudo ou serviço. Você sempre se sente confortável lá. Ser membro da igreja parece apenas um sistema de recrutamento de voluntários. Você só encontra outras pessoas da igreja nos cultos de domingo. Se sua igreja parece com uma ou mais dessas coisas, talvez seja uma torcida espiritual, um teatro religioso, um clube social cristão, ou alguma coisa totalmente diferente, mas, provavelmente, biblicamente falando, não é uma reunião da igreja bíblica. Fonte: Iprodigo

A Igreja de Laodicéia e a Igreja de Hoje

Por Pr. Silas Figueira “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!” Ap 3.15 “Conheço as tuas obras...” Quando o Senhor disse para a igreja de Laodicéia que conhecia as suas obras, Jesus queria dizer que tinha profundo conhecimento do estado dessa igreja, e o que Ele viu em nada lhe agradou. A carta aos Laudicenses não contém nem um elogio, nem críticas por ensinos falsos ou imoralidade. O problema dos Laodicenses era que eles não eram nem frio nem quente. Eles não tinham a frieza da hospitalidade ao evangelho ou a rejeição da fé; mas também não tinham o zelo e fervor (At 18.25; Rm 11.11) [1]. O problema da igreja de Laodicéia não era teológico nem moral. Não havia falsos mestres, nem engano. Não há na carta menção de hereges, malfeitores ou perseguidores. O que faltava à igreja era fervor espiritual. A vida espiritual da igreja era morna, indefinível, apática. A vida espiritual da igreja era acomodada. O problema da igreja não era heresia, mas apatia [2]. “... que nem és frio nem quente...” A cidade de Laodicéia não possuía suprimento de água próprio, mas tinha que ser servida por aqueduto, que vinha de Hierápolis e Colossos. A água de Colossos era muito gelada e a de Hierápolis era muito quente, mas como percorriam uma distância muito grande nem chegava fria e nem quente, mas chegava morna. As águas termais de Hierápolis ajudavam no tratamento de alguns problemas de saúde. As águas frias de Colossos eram boas para beber. Dessa forma, a igreja de Laodicéia não estava oferecendo nem refrigério para o cansaço espiritual nem cura para o doente espiritual. Era totalmente ineficaz e, assim, desagradável ao Senhor. As águas mornas de Laodicéia basicamente não serviam para nada; só davam ânsia de vômito! Talvez nenhuma das sete cartas seja mais apropriada à Igreja do final do século vinte [e início do século vinte um] do que esta. Ela retrata nitidamente a religiosidade respeitável, nominal, um tanto sentimental e superficial tão difundida entre nós atualmente. Nosso cristianismo é frouxo e anêmico [3]. Desconfio que não seja pequeno o número de pessoas em nosso país que acreditam que não fazer nada de mal é suficiente para que Deus esteja satisfeito. Essa é uma das mais diabólicas mentiras que afetam a vida dos cristãos. Para agradar o coração de Deus não basta afastar-se do mal, é preciso aproximar-se do bem. Podemos passar um verniz de crente em nossas vidas até convencer as pessoas de que somos supercrentes, mas não vamos conseguir enganar a Deus, que tudo vê e tudo conhece [4]. “... Quem dera fosses frio ou quente!” É mais honroso ser um ateu declarado do que ser um membro incrédulo de uma igreja evangélica [5]. A indiferença é pior que a frieza. Jesus disse em Mateus 5.37: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.” 3.16 – “Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;” Por ser morna a igreja de Laodicéia estava a ponto de ser vomitada pelo Senhor. O termo vomitar no grego é emeo, cuspir ou vomitar. Desse termo é que se deriva o vocábulo moderno emético, um agente que causa vômito [6]. Uma pessoa morna é aquela em que há contraste entre o que diz e o que pensa ser, de um lado, e o que ela realmente é, de outro. Ser morno é ser cego à sua verdadeira condição de alguém [7]. Assim era a igreja de Laodicéia, uma igreja indiferente ao seu estado espiritual. A enérgica expressão de Cristo é de aversão. Ele repudiará totalmente aqueles cuja ligação com Ele é puramente nominal e superficial [8]. 3.17 – “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. “pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma...” O autoengano é uma grande tragédia. Laodicéia considerava-se rica e era pobre. Sardes se considerava viva e estava morta. Esmirna se considerava pobre, mas era rica. Filadélfia tinha pouca força, mas Jesus colocara diante dela uma porta aberta. O fariseu, equivocadamente, deu graças por não ser como os demais homens. Muitos no dia do juízo vão estar enganados (Mt 7.21-23). A igreja era morna devido à ilusão que alimentava a respeito de si mesma [9]. A igreja de Laodicéia avaliava a si mesma segundo os padrões de riqueza material, pois estava imersa na mentalidade do mundo. Essa igreja tanto estava no mundo como fazia parte do mesmo. Por essa razão é que era totalmente ignorante a sua verdadeira situação espiritual [10]. Por ser a cidade de Laodicéia uma cidade muito rica e orgulhosa, os cristãos contraíram a mesma epidemia. Os membros dessa igreja tornaram-se convencidos e vaidosos. Não há nenhuma diferença em relação a igreja atual. Quantas igrejas se julgam melhores que as outras por terem melhores condições financeiras, pensam que por estarem bem melhores localizadas são superiores as outras. Esse mesmo espírito que agia na igreja de Laodicéia ainda age nos dias de hoje em muitas igrejas e ministérios. As bênçãos do Senhor são medidas na vida de muitos ministérios e de muitas pessoas pelo o que essas pessoas ou ministérios possuem e não por terem uma vida na presença de Deus. O apóstolo Paulo escrevendo à Timóteo diz: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida.” (1Tm 6.17-19). “... e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. A igreja de Laodicéia era morna em seu amor a Cristo, mas amava o dinheiro. O amor ao dinheiro traz uma falsa segurança e uma falsa autossatisfação. A igreja não tinha consciência de sua condição [11]. Na realidade ela é um mendigo cego, sem recursos, vestido de trapos. A palavra “nu” pode significar insuficientemente trajado [12]. Esta é a visão de Cristo a nosso respeito se somos como esses cristãos nominais, que não assumem um compromisso fervoroso com Ele. Moral e espiritualmente, tais indivíduos, são nus, mendigos e cegos. São mendigos porque não tem como comprar seu perdão ou passaporte para o Reino de Deus. São nus porque não têm roupas adequadas para se apresentarem diante de Deus. São cegos porque não conseguem enxergar sua pobreza espiritual nem o perigo espiritual em que se encontram [13]. 3.18 – “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”. “Aconselho-te...” A única coisa boa em Laodicéia é a opinião da igreja sobre si mesma e, ainda assim, completamente falsa. Ela tem a pretensão de ter todas as coisas, mas ma realidade não tem nada [14]. Devido a essa falsa opinião que ela tem de si mesma, o Senhor se coloca diante dela para aconselhá-la. Cristo prefere dar conselhos em vez de ordens. Sendo soberano do céu e da terra, criador do universo, tendo incontáveis galáxias de estrelas na ponta dos dedos, tendo o direito de emitir ordens para Lhe obedecerem, prefere dar conselhos. Ele poderia ordenar, mas prefere aconselhar [15]. A igreja que recebeu o julgamento mais severo de todas, recebe também os conselhos da maior misericórdia. Por pior que seja uma comunidade, ela é sempre uma luz, não por mérito próprio, mas por causa da misericórdia de Jesus, que está sempre pronto para corrigir, perdoar e aconselhar. “... que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres...” Não devemos perder a ênfase que está posta nas palavras “de mim”. Isto estava acima de tudo o que os laodicences tinham de aprender. Eles consideravam-se autossuficientes; deveriam humildemente encontrar sua suficiência em Cristo [16]. A vida espiritual de Laodicéia era como bijuteria, cujo aspecto é de semelhança, mas na realidade é falso, sem qualquer valor [17]. Jesus retratou o Reino do Céu como um tesouro enterrado em um campo que um homem comprou, e como uma pérola de grande valor que um comerciante comprou com dinheiro (Mt 13.44,45). Isto são comparações que descrevem o valor inestimável das bênçãos do Reino dos Céus. Neste versículo Cristo está exortando a igreja que procure as verdadeiras riquezas – ouro refinado pelo fogo, que não perde o brilho [18]. Jesus está indubitavelmente usando a linguagem apropriada à mentalidade comercial dos laodicenses. Cristo se compara a um mercador que visita a cidade para vender as suas mercadorias e entra em concorrência com os outros vendedores. “Aconselho-os a abandonar os seus antigos vendedores”, diz o mercador divino, “e vir negociar comigo”. Talvez Ele esteja também pensando no convite de Yahweh: “Todos vós os que tendes sede, vinde às águas; e vós os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei. Sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Is 55.1) [19]. “... vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez...” Laodicéia era um grande centro da indústria do vestiário, na antiguidade. Os crentes dali se vestiam com elegância, mas espiritualmente estavam nus [20]. Estas vestes brancas representam referem-se à justiça dos santos (Ap 19.8). “... e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas”. Os olhos dos crentes de Laodicéia estavam fechados devido à doença espiritual que eles haviam adquirido. Jesus os exorta a lavar os olhos com o colírio que Ele tinha a oferecer e não o colírio que a cidade fabricava, pois o colírio que eles fabricavam era bom para as doenças físicas, mas para a doença espiritual só o colírio de Cristo. Somente Jesus tem o colírio que pode curar a cegueira espiritual tanto da igreja de Laodicéia quanto da igreja atual. Só assim eles poderiam ver o estado deplorável que a igreja se encontrava. A igreja de Laodicéia estava infeliz, miserável, pobre cega e nua, no entanto, não conseguia ver isso. A cegueira espiritual nos impede de ver a verdade, pois como nos fala o apóstolo Paulo em 2Co 4.4: “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. Todo o aparato e luxo de vestir o corpo não valem coisa alguma; o que vale é o incorruptível traje espiritual (1Pe 3.4), que esconde a nudez espiritual. 3.19 – “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.” A essa igreja morna, infeliz, miserável, pobre cega e nua o Senhor dirige uma palavra de extremo amor. O Senhor a chama ao arrependimento. Disciplina é um ato de amor. Inegavelmente é porque anseia salvá-los do juízo final é que repreende e disciplina. A base da disciplina é o amor. Porque Ele ama, disciplina. Porque ama chama ao arrependimento. Porque ama nos dá oportunidade de recomeçar. Porque ama está disposto a perdoar-nos [21]. A palavra amor usada aqui no texto é phileo. É o amor de sentimentos, afeições e emoções. Neste contexto, esta é a palavra mais importante que Cristo poderia usar [22]. Mas todo esse amor sem que eles não tomassem duas atitudes básicas de nada adiantaria. Era necessário em primeiro lugar que a igreja deixasse de ser morna e se tornasse uma igreja quente, fervorosa e a segunda coisa que ela deveria fazer era arrepender-se. Aliás, este é um dos elementos de quase todas as cartas, a chamada ao arrependimento, exceto Esmirna e Filadélfia não foram chamadas a se arrependerem. Arrependimento é o ponto chave para a vida cristã, sem arrependimento não pode haver mudança na vida da igreja, tanto que Jesus inicia o seu ministério chamando os povos ao arrependimento (Mt 4.17). Arrepender-se é dar as costas a esse cristianismo de aparências, de faz de contas, de mornidão. A piedade superficial nunca salvou ninguém. Não haverá hipócritas no céu [23]. Devemos vomitar essas coisas da nossa boca, do contrário, Ele nos vomitará. Devemos trocar os anos de mornidão pelos anos de zelo. Notas: 1 - Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p. 51. 2 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 140. 3 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 114. 4 - Oliva, Alfredo dos Santos. Uma Igreja Sem Propósitos, Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 2004: p. 122. 5 - Bloomfield Arthur E. As Profecias do Apocalipse, Ed. Betânia, Venda Nova, MG, 7º edição, 1996: p. 86. 6 - Champlin, Ph. D., R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo. Ed. Candeia, São Paulo, SP, 10º reimpressão, 1998: p. 432. 7 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 116. 8 - Ibid, p. 119. 9 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 141. 10 - Champlin, Ph. D., R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo. Ed. Candeia, São Paulo, SP, 10º reimpressão, 1998: p. 432. 11 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 141. 12 Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p. 52. 13 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 118. 14 - Wilcock, Michael. A Mensagem do Apocalipse. ABU Editora, São Paulo, SP, 1986: p. 35. 15 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 143. 16 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 120. 17 - Szczerbacki, Rubens. Revelando os Mistérios do Apocalipse, Ed. Betel, Rio de Janeiro, RJ, 1986: p. 77. 18 - Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p. 52. 19 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 120. 20 - Champlin, Ph. D., R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo. Ed. Candeia, São Paulo, SP, 10º reimpressão, 1998: p. 433. 21 - Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 144. 22 - Lawson, Steven J. As sete igrejas do Apocalipse. Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 4º edição, 2004: p. 184. 23 - Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 121.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Jezabel ontem e hoje

Por Pr. Silas Figueira “Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesmo se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” Ap 2.20 “Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel...” Antes de Jesus reprovar esta mulher chamada Jezabel o Senhor reprova a igreja. Por esta igreja estar crescendo, Satanás a ataca não de fora para dentro, mas o seu interior. Enquanto Éfeso era intolerante com os falsos ensinos e com os falsos apóstolos, Tiatira era totalmente tolerante com o erro. Os líderes, de modo geral, estavam errados por não tomarem a iniciativa de advertir Jezabel e seus seguidores. A igreja tinha amor, mas não tinha sã doutrina. Quando, porém, a libertinagem incorpora-se à igreja, e a comunidade, por sua vez, é induzida a tolerá-la num contínuo irresponsável, sem seriedade na disciplina e sem misericórdia na restauração, a pedagogia do escândalo produz exatamente o inverso. A imoralidade e o desvio perpetuam-se, trazendo cinismo às pessoas e ao grupo como um todo, gerando ainda mais impureza, doença, destruição e morte [1]. Para entendermos melhor o pecado dessa igreja em relação a esta mulher, temos que conhecer a Jezabel do Antigo Testamento. A Jezabel do A.T. aparece pela primeira vez em 2Rs 16. 31. Lá o texto nos diz que ela era filha de Etbaal, rei dos sidônios, e eles eram adoradores de Baal o deus pagão da fertilidade. A adoração a esse deus pagão incluía as mais grotescas imoralidades. Os templos de Baal eram repletos de prostitutas e prostitutos. Esta mulher se casou com o Acabe rei Israel e por causa disso toda a nação passou a servir a Baal. Por esse tempo o Senhor levanta o profeta Elias para desafiar Jezabel e os seus profetas. O nome Jezabel quer dizer “Montão de Lixo” [2]. Para alguns esta mulher era a esposa do pastor da igreja de Tiatira. Não sabemos ao certo se esse era realmente o seu nome, tudo indica que na verdade o Senhor esta se referindo aqui a um sistema satânico, o mesmo que agiu na época de Elias fazendo com que toda a nação se afastasse de Deus. A segunda Jezabel estava induzindo os servos de Deus ao pecado. Pregava que os pecados da carne podiam ser livremente tolerados. A liberdade que ela pregava era uma verdadeira escravidão [3]. O apóstolo Paulo já havia alertado a igreja de Gálatas sobre o perigo de usarmos da liberdade alcançada em Cristo e utiliza-la para o pecado. Corremos o mesmo perigo quando não entendemos o que significa a verdadeira liberdade que Cristo nos deu através da Sua morte na cruz. Veja o seu alerta a esta igreja: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor” (Gl 5.13). “... que a si mesmo se declara profetisa...” Os profetas gozavam de alto conceito na igreja primitiva, e são mencionados em relacionamento estreito com os apóstolos (1Co 12.28; Ef 4.11). Em Rm 12.6 a profecia é a primeiro da lista dos dons do Espírito [4]. Sendo assim os profetas e as profetisas tinham grande estima no meio da igreja, ainda mais que a igreja ainda não tinha o Novo Testamento, como nós temos hoje com seu relato inspirado das palavras e dos atos de Cristo. Por isso que essa Jezabel era tão conceituada no meio da igreja, afinal de contas era dizia ser profetisa, com revelações especiais da parte de Deus que a qualificavam como mestra com autoridade. Essa é a razão pela qual há tanta gente que permanece em certos espaços religiosos sem se aperceber do engano que as envolve. São pessoas que vivem atrás de revelação e não atrás da genuína pregação da Palavra de Deus. As pessoas querem ver o milagre não importa de onde proceda esse milagre. Por isso que a igreja brasileira está como está tendo tantos líderes mal intencionados proliferando em nossa terra, pois há em nossas igrejas muitas pessoas ávidas pelo misticismo e em busca do prazer sem compromisso com a palavra de Deus. Muitos líderes não tem nenhuma vergonha na cara de fazer chacota com as crises que as pessoas estão passando. Muitos se aproveitam desse momento de fragilidade, seja na área emocional, profissional, familiar, na saúde para brincar com a fé dessas pessoas e arrancar delas tudo o que elas tem. Primeiro lhes arranca o dinheiro, depois lhes arrancam a fé e por fim leva essas pessoas a total bancarrota espiritual. Temos visto isso ocorrer em todos os seguimentos da igreja que se diz evangélica, mas que a muito tempo se tornou uma servidora fiel de Satanás. Líderes que sem nenhum pudor, sem nenhum temor manipulam a Palavra de Deus para se beneficiar. São os Caifás modernos, são pessoas que se utilizam da religião para enriquecerem, são monstros cruéis, leviatãs camuflados de sacerdotes enganando o povo que anda cego em busca de um milagre. E é exatamente na crise, na fragilidade e da fragilidade humana que esses crocodilos se alimentam. Alimentam-se da dor de uma mãe que está vendo seu filho indo para as drogas, que está vendo sua filha na prostituição, um pai de família desempregado e vendo dia após dia as contas de acumularem e o alimento se acabando no armário. Aproveitam-se daquela esposa que está vendo seu casamento se acabar e esta lutando com todas as suas forças não vendo resultado o do seu esforço. Esses crocodilos fantasiados de sacerdotes do Deus Vivo são instrumentos de Satanás vendendo os seus martelos poderosos, as suas meias milagrosas, as suas águas bentas que tudo purifica, o sal grosso, a arruda, a rosa, a toalha encharcada de suor e meleca do apóstolo. Como se diz por aí, crente não acredita em cartomante, mas adora uma revelagem, e o que mais vemos por aí são crentes buscando revelação. Esses Caifás modernos não poupam nem crianças... Mas tudo isso ocorre porque o brasileiro é um povo místico e imediatista, querem o milagre não importa de onde venha nem quanto custa. Vivem de campanha em campanha. Quem alimenta essa máfia de crocodilos são as próprias pessoas que as buscam ávidas por ver o milagre. Muitos, é bom lembrar, são levados como ovelhas para esses matadouros, são inocentes, mas outros já são crias antigas desse sistema viciante e não sabem ou não querem sair dessa roda viva em busca das migalhas alcançadas. Eu creio que muitos ali alcançam alguns benefícios, pois Satanás é ardiloso e nós conhecemos os seus desígnios e ardis. Alguns milagres são fabricados, outros ocorrem na mente de gente que desesperadamente quer ver alguma coisa acontecer, nem que seja na vida dos outros. É uma porta de emprego que se abre, é um namorado que se arranja, é uma bênção nessa ou naquela outra área que se alcança. Mas tudo isso não procede de Deus, pois Deus não tem compromisso com os que falam em seu nome aquilo que Ele não disse e nem prometeu. O evangelho Puro e Simples, o Evangelho transformador que trás ao coração do homem esperança, alento, renova a fé e opera o maior milagre que pode ocorrer na vida de uma pessoa que é a salvação, esse tem sido esquecido ou muito pouco procurado e por causa disso alguns tem se vendido a esse mercado das campanhas, dos atos proféticos, das unções e jejuns de Daniel. Quantas pessoas inocentes estão sendo roubadas daquilo que é mais bonito na vida que é o prazer de servir a Deus pelo o que Ele é e não pelo o que Ele dá e faz. “... não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” Essa mulher não só ensinava como também seduzia a igreja a praticar a imoralidade. O erro dela era o mesmo praticado pelos nicolaítas em Pérgamo que combinavam os ideais cristãos com a imoralidade e a idolatria. Esta mulher ensinava que os crentes não podiam cometer suicídio comercial, antes, deviam participar dos banquetes dos grêmios e comer carne sacrificada aos ídolos, bem como das festas imorais. Ela ensinava que os crentes deviam defender seus interesses materiais a todo custo. Prejuízo financeiro para ela era mais perigoso que o pecado [5]. Ela amava ao dinheiro, não a Deus. Ela tinha compromisso com Mamon e não com Jesus. Luís Wesley de Souza citando Stedman diz que “o maior e mais eficaz estratagema de Satanás, diga-se de passagem, é fazer com que os crentes verdadeiros vivam um falso cristianismo que pensam sinceramente ser autêntico”. Essa é a razão pela qual há tanta gente que permanece em certos espaços religiosos sem se aperceber do engano que as envolve [6]. Notas: 1 Souza, Luís Wesley de. Uma Igreja Sem Propósitos, Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 2004: p. 83. 2 Silva, Severino Pedro da. Apocalipse versículo por versículo. Ed. CPAD, São Paulo, SP, 1985: p.45. 3 Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p.104. 4 Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p.41. 5 Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 106. 6 Souza, Luís Wesley de. Uma Igreja Sem Propósitos, Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 2004: p. 85.

terça-feira, 31 de março de 2015

7 marcas de um falso mestre

Por Tim Challies
Nada enriquece mais o inferno do que falsos mestres. Ninguém tem maior alegria em atrair as pessoas para longe da verdade, levando-as ao erro. Falsos mestres tem estado presentes em todas as eras da história humana; eles tem sempre sido uma praga e sempre estiveram no ramo da falsificação da verdade. Enquanto suas circunstâncias podem mudar, seus métodos permanecem constantes. Aqui estão sete marcas dos falsos mestres. #1 Falsos mestres são bajuladores dos homens. O que eles ensinam é para agradar mais aos ouvidos do que beneficiar o coração. Eles fazem cócegas nos ouvidos de seus seguidores com lisonjas e, enquanto isso, tratam coisas santas com esperteza e negligência ao invés de reverência e temor. Isso contrasta bruscamente com um verdadeiro mestre da Palavra que sabe que é responsável perante Deus e que, por isso, anseia mais agradar a Deus do que aos homens. Como Paulo diria, “pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1 Tessalonicenses 2.4). #2 Falsos mestres guardam suas críticas mais severas aos servos mais fiéis de Deus. Falsos mestres criticam aqueles que ensinam a verdade e guardam suas críticas mais acentuadas para aqueles que se apóiam com firmeza no que é verdadeiro. Nós vemos isso em muitos lugares na Bíblia, como quando Corá e seus amigos se levantaram contra Moisés e Arão (Números 16.3) e quando o ministério de Paulo estava ameaçado e minado pelos críticos que diziam que, enquanto suas palavras eram fortes, ele mesmo era fraco e sem importância (2 Coríntios 10.10). Vemos isso mais notavelmente nos ataques viciosos das autoridades religiosas contra Jesus. Falsos mestres continuam a repreender e menosprezar servos fiéis de Deus hoje. Entretanto, como Agostinho declarou, “Aquele que prontamente calunia meu bom nome, prontamente aumenta a meu galardão” #3 Falsos mestres ensinam sua própria sabedoria e visão. Isso certamente era verdade nos dias de Jeremias quando Deus disse “Os profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo são o que eles vos profetizam” (Jeremias 14.14). E, hoje também, falsos mestres ensinam a loucura dos meros homens ao invés de ensinarem a mais profunda e rica sabedoria de Deus. Paulo sabia: “pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3). #4 Falsos mestres deixam passar o que é de suma importância e, ao contrário, se focam nos pequenos detalhes. Jesus diagnosticou essa tendência nos falsos mestres de seu tempo, advertindo-os, “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23.23). Falsos mestres colocam uma grande ênfase na sua aderência aos pequenos comandos mesmo quando ignoram os grandes. Paulo advertiu Timóteo daquele que “é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Timóteo 6.4-5). #5 Falsos mestres obscurecem sua falsa doutrina por trás de um discurso eloquente e do que parece ser uma lógica impressionante. Assim como uma prostituta se pinta e se perfuma para parecer mais atraente e sedutora, o falso mestre esconde sua blasfêmia e doutrina perigosa atrás de argumentos poderosos e de um uso eloquente da linguagem. Ele oferece aos seus ouvintes o equivalente espiritual a uma pílula venenosa revestida de ouro; embora possa parecer bonita e valiosa, permanece sendo mortal. #6 Falsos mestres estão mais preocupados em ganhar os outros para a sua opinião do que em ajudá-los e melhorá-los. Esse é outro diagnóstico de Jesus quando ele refletiu sobre as normas religiosas dos seus dias. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23.15). Falsos mestres não estão em última instância no ramo de melhorar vidas e salvar almas, mas no ramo de convencer mentes e ganhar seguidores. #7 Falsos mestres exploram seus seguidores. Pedro avisa acerca desse perigo, dizendo: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (1 Pedro 2.1-3). O falso mestre explora aqueles que o seguem porque eles são gananciosos e desejam as riquezas desse mundo. Sendo essa uma verdade, eles sempre ensinarão princípios que satisfazem a carne. Falsos mestres estão preocupados com os bens deles, não com o seu bem; querem servir a si mesmos mais do que aos perdidos; estão satisfeitos em Satanás ter a sua alma contanto que eles possam ter as suas coisas. Fonte: Ipródigo

O pecado do adultério segundo John Wenham, e do divórcio segundo eu

Por Jorge Fernandes Isah
Li, nesta manhã, uma postagem no Facebook, atribuída a John Wenham¹, a qual copiei e colei abaixo. Após, uma pequena reflexão a partir do que o teólogo e pastor Wenham escreveu: "Hoje em dia, consideramos o adultério como tão natural que deixamos de perceber quão distorcidos se tornaram os nossos valores. Quando um homem rouba um bem valioso de uma outra pessoa, a lei o trata com severidade. Mas quando um homem seduz e rouba a esposa de um outro homem e rouba dos filhos a mãe, provavelmente escapará de qualquer punição. Entretanto, em termos do mal provocado e da destruição da felicidade humana, o primeiro crime é insignificante em comparação com o segundo." - John Wenham E, nessa linha de pensamento, incluo também o divórcio, pois praticamente ninguém se divorcia para ficar solteiro ou sozinha. Todos, em princípio, já têm um ou uma pretendente nova, se é que já não fez a ele ou ela um "juramento" de romper o seu casamento para viverem finalmente juntos e para sempre (a mesma promessa feita e não cumprida ao primeiro(a) cônjuge. O divórcio rouba dos filhos o pai e/ou a mãe, e, em muitos casos, até mesmo os dois; e dos maridos e esposas parte de si mesmo, como afirmou o Senhor Jesus:> "Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador 'os fez homem e mulher' e disse: 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe" [Mc 19.4-6]. O problema é que muitos alegam não terem feito uma boa escolha, mas, quem garante que não o farão novamente? Se os critérios de escolha fossem a observância da palavra de Deus, em oração e prudência, e não meramente a carnalidade (podendo ser simplesmente o impulso carnal), muita coisa seria diferente; inclusive, o poder para suportarem-se mutuamente nas várias dificuldades que haveriam de surgir. De outra maneira, há crentes que se aventuram a um risco desnecessário, como se dispusessem a participar de uma "roleta-russa", ao casarem-se com incrédulos apostando na possibilidade de Deus vir a convertê-los um dia [leia 1 Co 7.16]. Conheço o testemunho de muitos irmãos e irmãs que escolheram esse caminho errado e pagaram um preço alto, as vezes resultando no divórcio e em um lar desfeito, em filhos que rejeitam o Evangelho exatamente pelo mau testemunho dos pais divorciados, entre outros tantos problemas². Eventualmente, Deus pode derramar a sua graça sobre o cônjuge incrédulo, convertendo-o, e pode valer a pena dizem, mas deixará para trás, quase sempre, um rastro de destruição e de incredulidade pelo caminho. Porém, não vale o perigo de ser a causa para o endurecimento ainda maior do coração incrédulo; e nada disso aconteceria se o cristão não se rebelasse contra Deus, não se dispusesse a ser independente ou autônomo, esperando que o Senhor "abençoasse" uma união biblicamente reprovável. O adultério é apenas mais um pecado cometido pelo afastamento da vontade divina, a rebeldia que muitos dizem não ter mas têm-na dissimuladamente, uma forma de se omitir da responsabilidade, a principal causa e origem das outras péssimas escolhas que fazemos. Infelizmente, o padrão vigente em boa parte da igreja e em boa parte dos cristãos atualmente reflete a sua adequação ao "estilo secular e mundano de vida", e o desprezo a Deus e sua vontade expressamente revelada, a qual finge-se não ler, saber ou existir. Notas: 1- Não duvido da autoria do texto, de que seja realmente de John Wenham, por conhecer e confiar em quem o citou, o Eric N. de Souza, autor do blog "Outdoor Teológico", apenas não a confirmei. 2 - Tratei da questão do casamento misto na postagem "Pode o Cristão se casar com uma incrédula?" 3- É claro que, como calvinista, acredito que tudo, inclusive a rebeldia do homem, está dentro do decreto eterno de Deus, mas isso, de maneira alguma, eximi-nos da responsabilidade pelos nossos atos, logo, a desculpa de que Deus quis assim é apenas "furada", e coloca o seu proponente em mais uma categoria, a dos "infantes na fé", senão, dos cínicos. Fonte: kálamos

segunda-feira, 23 de março de 2015

A primazia de Cristo

“Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou.”(Jo 13:13) Na Bíblia há exemplos de pessoas religiosamente experimentadas, sinceras, que, antes que permitissem a Cristo o primeiro lugar em suas vidas, tiveram que sofrer duras provações. São os casos de Tomé, Pedro e Paulo. O primeiro atravessou o obstáculo da incredulidade (Jo 20:25); o segundo, o da covardia (Jo 18:17,25,27); e o terceiro, o do fanatismo (At 26:5; Fl3:6). Incredulidade, covardia e fanatismo são alguns dos fatores que, ainda hoje, impedem a primazia de Cristo na vida do homem moderno. A verdade é que não é fácil entregar a Jesus a direção de nossas vidas quando cada um tem o seu modo de pensar e se deixa envolver nas atividades deste mundo. Se foi difícil para aqueles que O tiveram em carne e osso, quanto mais para os que O receberam em Espírito e em Verdade (Jo 4:24). Para o duvidoso e incrédulo Tomé, Jesus só passou a ser o seu Senhor, no momento quando ele identificou o Mestre com o nome de Deus (Jo 20:28). Para ele, Jesus foi então descoberto como sendo o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus criador de todas as coisas. Um era mesmo o Outro. “Deus meu!” Que resposta, quanta reverência. Tomé descobriu a primazia de Cristo em sua vida no momento em que Jesus repreendeu a sua incredulidade (Jo 20:29). Na ocasião em que Jesus foi preso e levado ao julgamento dos homens, Pedro observava os acontecimentos. Ele não precisava estar ali. Alguns apóstolos fugiram, mas Pedro queria ver o que estava acontecendo. Ele havia prometido ser fiel ao Mestre até a morte (Mt 26:35). Não foi. Em público, ele diz que nem sequer conhecia o prisioneiro condenado (Mt 26:69-75). Foi ali mesmo, naquele local, que Jesus teve a oportunidade de ocupar o primeiro lugar na vida de Pedro. A lembrança das palavras de Jesus ditas diretamente a ele antes da sua prisão, foi o instrumento usado para conduzir o apóstolo à completa submissão ao Filho de Deus (Mc 14:72). Paulo obedecia a sua própria vontade, o fanatismo religioso tomou conta de seu comportamento (At 9:1-2). Como pode um homem perseguir e matar, alegando fidelidade aos seus princípios religiosos? Estava errado! Ele agiu de acordo com a sua própria mentalidade até o dia quando sofreu a queda, na estrada de Damasco (At 9:3-4). Foi essa a forma que Deus usou para mostrar-lhe que acima de seu fanatismo está Jesus, o Senhor (At 9:5). “Senhor, que queres que eu faça?” É a pergunta que devemos fazer. Não podemos ser incrédulos, nem covardes, nem fanáticos religiosos. Estes males são obstáculos à primazia de Cristo em nossas vidas. O Senhor Jesus quer moldar as nossas vidas, ele quer ser, além de nosso Salvador, o nosso Senhor. E nós, o que desejamos?