quarta-feira, 4 de março de 2015

Trote de sequestro das filhas foi a causa do infarto do Missionário David Miranda

De acordo com a reportagem da jornalista Juliana Deodoro, da Revista Veja, a causa do infarto do missionário David Miranda, segundo informações da família, foi um trote de sequestro das filhas que levou o pai a passar mal. Ele era hipertenso e tomava medicamentos para o controle da pressão. Ao tomar conhecimento do telefonema, o filho mais velho, Pastor David de Oliveira Miranda ligou para as irmãs a fim de checar a veracidade do sequestro. Elas estavam bem. Levado às pressas para o Hospital São Camilo, o missionário não resistiu e faleceu. Este tipo de simulação de sequestro feito por bandidos, costumeiramente de uma penitenciária do Complexo de Bangu no Rio de Janeiro, é de uma frequência assustadora. Só na minha casa já sofremos quatro tentativas. A última delas não tem mais de 15 dias. Liga uma pessoa (mulher) chorando dizendo a primeira palavra "PAI... e o resto enrola a voz de desata em um choro convulsivo. Eu estava no trabalho e recebi uma ligação de DESCONHECIDO pelo celular. Eu disse: Alô... e do outro lado, a pessoa desligou. Dois minutos depois ligou uma mulher chorando e gritando PAI! Como esta já é a quarta vez, pedi para a "minha" filha repetir. De novo um monte de palavras enroladas. E eu não entendia e pedia para repetir --Fala mais alto, eu repeti. Aqui entrou um sujeito na conversa e falou agressivamente: DEIXA EU FALAR COM SEU PAI. Não pensei duas vezes. Taquei-lhe o telefone na cara: desliguei. Depois de desligar, liguei para minhas duas filhas. Cada uma delas atendeu! Estava confirmada a simulação e os bandidos nem ligaram mais Da primeira vez que isto aconteceu, eu chegava do trabalho e encontrei minha filha em pânico. Tinha um bandido no telefone dizendo que tinha sequestrado a mãe dela. Ameaçou que se ela desligasse o telefone iria matar a sequestrada. A primeira coisa que fizemos foi orar. A segunda foi levantar e ligar para a Igreja e saber se minha esposa estava lá. Uma irmã atendeu e disse que estava na frente dela. O cão foi desmascarado e não ligou mais! Até o falecido ex-presidente José de Alencar passou por uma situação dessa. O trote sempre começa por uma pessoa gritando ou chorando. Na primeira ligação, você atente, e eles ficam mudos, mas descobrem se é um homem ou uma mulher que atende. Na segunda, alguém já aparece chorando no telefone e gritando PAAAI! Se quem atendeu foi uma mulher, a pessoa vai gritar MÃAAE! Imagine só quantos pais ou mães não estão morrendo por aí, além do missionário, por causa desses bandidos que tem uma verdadeira central telefônica nestes complexos penitenciários. Pesquisa na internet para você conferir, que outras pessoas já morreram por causa desses trotes.

terça-feira, 3 de março de 2015

Asafe invejou os descrentes

SALMO 73:1-28 "Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória" Asafe era diretor de música nos dias de Davi e Salomão. Crente no Senhor, compôs 12 hinos que passaram a fazer parte dos Salmos. Da sua experiência com o Senhor, podia dizer "com efeito, Deus é bom" (v.1). Porém, durante uma fase de sua caminhada com o Senhor, enfrentou uma crise espiritual muito grande, a ponto de declarar "quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos" (v.2). Como Asafe, você pode estar vivendo momentos de dúvidas e quem sabe até tenha pensado em se afastar dos caminhos do Senhor. Vendo o que levou esse levita à beira do precipício e como ele saiu de sua crise espiritual, você descobrirá que mesmo em meio a lutas, vale a pena servir ao Senhor. Comecemos com os motivos que quase levaram Asafe à descrença. I. ASAFE OLHOU PARA O HOMEM O erro de Asafe foi deixar de olhar para o Senhor para analisar o que acontecia com as pessoas à sua volta. Ao fixar os olhos na experiência dos homens, tirou conclusões que o levaram para muito perto da apostasia. 1. Asafe invejou os descrentes, (v.3-12) O próprio Asafe confessa que "invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos" (v.3). O que ele viu nos seus dias é a mesma coisa que você vê ao reparar no estilo de vida dos descrentes de hoje. Os descrentes viviam sem preocupações com doenças, "o seu corpo é sadio e nédio" (v.4). Além disso, "não são afligidos" (v.5). A conseqüência dessa vida despreocupada é "a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto" (v.6). Chegam a blasfemar, "contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra" (v.9). Asafe também notou que os descrentes geralmente são pessoas populares. Quanto mais ímpios forem, mais "o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos" (v.10). Ao invés de serem castigados, os descrentes, estão "sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas" (v.12). Isso deixava Asafe arrasado. Mas então, ele volta sua atenção para os crentes. E o que ele percebeu, não o fez sentir-se melhor. 2. Asafe lamentou a sorte dos crentes (v.13-14) Olhando para si mesmo, ele concluiu tristemente que "inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência" (v.13). A sua avaliação era de que a santidade não compensava, pois apesar de manter-se fiel "de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado" (v.14). Talvez você tenha chegado à mesma conclusão de Asafe, de que enquanto os descrentes prosperam no mundo, os crentes vivem uma vida de aflição. Quem sabe você concorda que quanto mais se consagra, mais dificuldades enfrenta. Antes de prosseguir, gostaria de dizer que você e Asafe não estão sozinhos. Cada um em seu tempo, tanto Jó, Davi, Isaías, Jeremias, Habacuque, Paulo como muitos outros observaram que poucos ricos serviam a Deus e no entanto pareciam prosperar cada vez mais. Enquanto que os crentes eram, nas palavras de Paulo, a "escória do mundo". Cada uma dessas pessoas reagiram a seu modo diante disso. A reação de Asafe quase o levou para longe da fé. E a sua? Qual a sua reação diante da prosperidade dos descrentes e do seu sofrimento? II. ASAFE TORNOU-SE AMARGURADO A reação de Asafe, como dissemos, quase o levou para fora do arraial da fé. Ele se tornou um crente amargurado com o que via à sua volta e dentro de si. 1. Não conseguia compreender, (v.16) Primeiro, ele não conseguia compreender como as pessoas descrentes viviam melhores que os crentes. Nas suas palavras, "em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim" (v.16). Quanto mais pensava sobre o assunto, mais angustiado ficava. Como poderia um Deus justo deixar impune o perverso e diariamente submeter os crentes a uma disciplina rígida? Isso não entrava na cabeça de Asafe. 2. Não conseguia falar (v.15) Como um líder na congregação, Asafe não podia compartilhar suas dúvidas com seus companheiros, pois poderia semear a dúvida em seus corações. Aquilo que esmagava o seu coração não podia ser divido com outros, que poderiam desviar-se. Asafe até pensava em se abrir com alguém, mas então pensava que isso seria trair a fé de seus irmãos. Dizia ele, "se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos" (v.15). É bom destacar que a atitude de Asafe foi louvável, pois visava poupar a fé de irmãos mais fracos. Porém, ao se calar, foi cada vez mais consumido pela dúvida. 3. Não conseguia aceitar (v.21-22) Asafe não conseguia aceitar em seu coração essa situação. A amargura invadiu a sua alma. Mais tarde ele descreveria a sua situação nas seguintes palavras "quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram, eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença" (v.21-22). Você já veio alguma vez ao culto e de tão angustiado não conseguiu sentir a presença de Deus? Ao invés de prestar atenção ao que era ministrado, ficava remoendo sua situação? Então você entende como Asafe se sentia. Ele estava se tornando insensível às coisas de Deus. Mas então aconteceu algo que o tirou da situação em que se encontrava. Preste atenção, pois é isso que precisa acontecer com você, para que todas as dúvidas se dissipem e você possa se regozijar na presença de Deus. III. ASAFE ENTROU NA PRESENÇA DE DEUS Até quando durou a crise espiritual de Asafe? Ele nos responde: "até que entrei no santuário de Deus" (v.17). Como ministro do louvor, é certo que ele estava sempre no templo. Porém, dessa vez, ele realmente se colocou diante de Deus. Ao invés de ficar olhando para o estilo de vida dos ímpios, olhou para o Senhor. Ao invés de procurar uma explicação racional para seu sofrimento dentro de si, voltou sua atenção para o seu Deus, e então as coisas se desanuviaram. Não é comparando a vida do descrente com a vida do crente que você encontrará as explicações que procura, mas colocando-se aos pés do Senhor, para aprender de Suas palavras. 1. Compreendeu o fim dos descrentes, (v.17-20; 27) Após entrar no santuário, Asafe disse "atinei com o fim deles" (.v17), referindo-se aos descrentes. Até então, Asafe tinha reparado apenas na situação presente dos ímpios, mas agora o Senhor lhe mostrava o fim deles. Aparentemente seguros, na verdade os ímpios viviam sob um perigo mortal, pois "Tu certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição" (v.18). Deus não os deixará impunes em sua iniquidade, mas "ficam de súbito assolados, totalmente aniquilados de terror!" (v.19). Embora a sua prosperidade pareça nunca acabar "como ao sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, ao despertares, desprezarás a imagem deles" (v.20). Deus não esqueceu nem relevou a maldade dos ímpios, mas os está reservando para o dia do juízo, quando então terão a retribuição de sua maldade. Asafe comprendeu então que a longanimidade do Senhor não deve ser confundida com injustiça, pois "os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo" (v.27) 2. Descobriu a segurança dos crentes, (v.23-26; 28) Porém, a maior descoberta de Asafe não foi saber como os ímpios acabam, mas como os justos permanecem para sempre. Ele lembrou-se de algo que só o crente pode dizer: "todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita" (v.23). Em meio ao sofrimento, o crente não está sozinho nem desamparado. Na estrada íngrime da fé, só o crente pode dizer "Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória" (.24). Ao pensar nessas verdades, Asafe só podia exclamar "quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra" (v.25). Ah! meu irmão, Deus te basta! O Senhor te é suficiente! Se você tem Deus no céu e se deleita dele na terra, então nem a maior prosperidade dos ímpios nem o maior sofrimento irá te tirar a alegria da salvação! O segredo que Asafe descobriu é que "ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre" (v.26). O que é melhor, possuir todas as riquezas do mundo ou viver na presença de Deus? Depois de encontrar-se com Deus no santuário, Asafe não teve mais dúvidas: "quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos" (v.28). Você trocaria uma vida na presença de Deus e uma eternidade na glória por prosperidade material na terra e uma eternidade no inferno? Tenho certeza que não, logo, não há motivo para você duvidar da bondade de Deus e menos ainda para invejar a sorte dos que seguem a maldade. CONCLUSÃO Agora eu preciso falar de uma coisa muito séria. O que Asafe fez foi muito grave, pois quase o mergulhou na descrença. Mas foi ainda mais grave porque colocou em dúvida a bondade e a justiça de Deus. Se você, como ele, pensava que Deus agia de forma errada ao permitir que os ímpios prosperassem enquanto os crentes eram afligidos, também pecou contra o Pai. Por isso, precisa pedir perdão ao Senhor. Faça isso agora. E na mesma oração, confesse a Deus que Ele é teu socorro no céu e alegria na terra, e que tendo Ele em sua vida, nada lhe fará falta. Oremos a Deus. Soli Deo Gloria

Espírito Santo

Em todas as páginas da Bíblia encontramos Deus, presente, através do Espírito Santo. Não poderia ser de outra maneira, pois as Escrituras Sagradas foram produzidas por seu intermédio (Gn 1:1). Mas quem é o Espírito Santo? - É uma pessoa. Não é simplesmente uma influência ou poder em ação no mundo. Como pessoa, desempenha as mesmas funções de um indivíduo. Ele dá testemunho. Ele corrige, conforta, ensina, dirige, esforça-se e ajuda (Rm 8:26; Ef 4:29-30). É Deus (At 5:3). Possui as mesmas qualidades ou atributos de Deus: 1) está presente em toda a parte (Sl 139:7); 2) tem conhecimento de todas as coisas (I Co 2:10);3) é todo poderoso, nada lhe é impossível (I Co 12:11). O Espírito Santo faz o trabalho de Deus. Ele convence o homem, do pecado. Dá vida nova ao entrar no coração humano. Nos dias do profeta Joel, Deus prometeu a vinda do Espírito Santo sobre os seus filhos, visando a realização de uma obra especial no mundo. Jesus Cristo reafirmou essa mesma promessa (Joel 2:28-29; Jo 14;26; At 1:4-5). A dádiva do Espírito Santo significou para o homem uma unção ou capacitação para realizar a obra de Deus. Essa capacitação é disponível a todo aquele que crê em Jesus Cristo, e procura servi-lo. O Espírito santo reveste o cristão do poder de Deus. Ser revestido desse poder é ser batizado com e pelo Espírito Santo. Sobre o cumprimento da promessa da vinda do Espírito Santo, a Bíblia ensina o seguinte: - O Espírito Santo desceu sobre os discípulos em uma ocasião especial (At 2:1-4). - O Espírito Santo permanece no coração e na vida dos crentes (Jo 14:16). A atuação do Espírito Santo transforma o individuo. Os discípulos foram dinamizados com o poder do Espírito Santo, tornando-se ousados na proclamação e no testemunho de Jesus Cristo (At 2:4-6). O resultado fez-se sentir imediatamente no arrependimento do povo dos sesu pecados (At 2:37), e na conversão ao Senhor Jesus Cristo (At 2:41). Em relação a obra do Espírito Santo em nossa vida: 1) Ele convence do pecado (Jo 16:8);Ele revela a natureza do pecado e seu castigo, e leva o homem a reconhecer que é culpado diante de Deus. Guia o pecador a Ter fé em Jesus, como Salvador; 2) Ele auxilia o crente a crescer em poder, e a andar nos caminhos do Senhor. O Espírito Santo ajuda o crente a ser santo. Esse crescimento só acontece quando lhe obedecemos, fazendo o que ele nos manda (Jo 14:26). 3) O Espírito Santo é o grande consolador, quando estamos tristes (Jo 14:16). 4) Ele revela a verdade à consciência e ao coração do indivíduo (Jo 14:17; 16:13); 5) O Espírito Santo testifica que o crente é filho de Deus. Em relação a obra do Espírito Santo na Igreja: 1) Ele faz crescer as igrejas (At 9:31); 2) Ele dirige a igreja conforme se verifica em Atos 132;2; 3) Concede dons espirituais aos cristãos, visando o crescimento do Reino de Deus (I Co 12:8-11); 4) Constitui pastores sobre as igrejas, vocacionando-os e dando-lhes capacidade (At 20:28) Em relação a obra do Espírito Santo no mundo: 1) O Espírito Santo veio ao mundo para convencer do pecado (Jo 16:9); 2) O Espírito Santo convence o mundo da justiça (Jo 16:10). 3) O Espírito Santo convence do juízo vindouro de Deus (Jo 16:11). Em Galátas 5:22-23, temos uma lista de características que nos permite identificar a presença do Espírito Santo na vida do indíviduo, são chamdos de o fruto do Espírito: O primeiro resultado da presença do Espírito Santo no indivíduo é sentido através do que se manifesta em seu interior: amor, gozo e paz. O segundo resultado manifesta-se na vida exterior: longanimidade, benignidade e bondade. Longanimidade significa serena resignação, em face de injustiças. É a capacidade de suportar maus tratos, sem procurar vingança. É contender com pessoas exaltadas, sem contudo se irritar, é manter a calma no meio de injúrias e calúnias. O terceiro resultado do Espírito Santo manifesta-se no íntimno relacionamento da pessoa consigo própria: fidelidade, humildade, mansidão ou domínio próprio. Fidelidade significa a probidade, lealdade para com os homens e para com Deus. Humildade não quer dizer fraqueza. Jesus era humilde, mas não era um fraco. Por último, temos o domínio próprio. É tarefa difícil. O único poder que na terra, pode dar ao homem vitória sobre essas coisas é o Espírito Santo. O crente deve ter as seguintes atitudes para com o Espírito Santo: 1) O crente deve buscar a plenitude do Espírito Santo (Ef 5:18-21); 2) Não apagar a influência do Espírito Santo (I Ts 5:19; Rm 8:10-11); 3) Evitar entristecer Espírito Santo (Ef 4:30); 4) Não resistir a sua voz At 7:51).

segunda-feira, 2 de março de 2015

Consertando redes

"Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os" (Mt 4:21) O ministério de João era consertar. Consertar implica algo que existiu por um período, foi danificado ou quebrado e que agora necessita de um conserto para restaurá-lo à sua condição inicial. A igreja existe desde o dia do Pentecostes. Entretanto, não muito depois disso, ela foi danificada por muitos pensamentos, opiniões, filosofias, ensinamentos e doutrinas diferentes. Ao ler o Novo Testamento e a história da Igreja, veremos que muitos conceitos prejudiciais penetraram na Igreja pelo judaísmo. Essas ideias danificaram a Igreja primitiva. Além disso, ainda no século primeiro, o gnosticismo, uma mistura de filosofia grega, egípcia e babilônica, também penetrou na Igreja, causando-lhe muito dano. Dessa forma, a Igreja primitiva foi danificada tanto pelos conceitos religiosos judaicos como pelas idéias filosóficas gregas, que produziram inúmeras doutrinas e ensinamentos, e estragaram a Igreja, fazendo "rombos" na rede espiritual. Grandes danos foram e são causados por grupos que se dizem cristãos, os quais não reconheciam que Cristo, o Filho de Deus, viera em carne. Eram os anticristos como chamava o apóstolo João (I Jo 2:18, 22 cf. I Jo 4:1-13). Quem se diz ser cristão e não confessa que Jesus Cristo veio em carne é considerado um anticristo. Atualmente vários grupos das mais diferentes denominações que se dizem cristãs continuam causando danos à Igreja com seus modismos, unçãos, doutrinas, heresias e teologias que não condizem com o ensino bíblico. Nunca se fez tão necessário o surgimento de homens e mulheres de Deus comprometidos com a autenticidade dos ensinamentos das Escrituras Sagradas, para que sejam consertados os danos que continuam sendo causados a Igreja de Cristo

Interpretando sonhos

“Ora, se o sonho foi duplicado a Faraó, é porque esta coisa é determinada por Deus, e ele brevemente a fará.” (Gn 41:32) Por alguma razão o Faraó mandou encarcerar seu copeiro-mor e o padeiro-mor na prisão onde se encontrava José (Gn 40:1-4). Ali os homens tiveram sonhos enigmáticos e Deus deu a José a habilidade de interpretar corretamente os sonhos (Gn 40:5-19). O sonho do copeiro foi interpretado que em três dias ele seria libertado da prisão e restituído ao seu cargo de confiança no palácio do Faraó (Gn 40:13). Então, José aproveitou para pedir ao copeiro que intercedesse por ele junto ao Faraó a fim de remediar a injustiça que havia sofrido (Gn 40:14-15). O significado do sonho do padeiro seria sua execução em três dias, na qual o Faraó mandaria decapitá-lo e colocar sua cabeça sobre um poste para servir de alimentação às aves (Gn 40:19). Três dias mais tarde, no aniversário do Faraó, os sonhos do copeiro e do padeiro se cumpriram exatamente como José havia predito. O copeiro foi libertado e o padeiro decapitado. Livre e assumindo o seu cargo no palácio, o copeiro-mor, diante da benção alcançada, esqueceu-se por completo da promessa que havia feito a José, mas Deus não o esqueceu (Gn 40:20-23). Dois anos depois, o Faraó teve sonhos misteriosos. Num de seus sonhos apareciam sete vacas gordas e formosas que eram devoradas por sete vacas magras e famintas e, em outro sonho, viu sete espigas mal formadas, murchas e miúdas devorando sete espigas cheias e bem formadas que cresciam numa só cana (Gn 41:1-7). Ao amanhecer o Faraó, perturbado em seu espírito, consultou seus sábios e magos sobre o significado dos sonhos, mas não foram capazes de interpretá-los. Naquele momento, o copeiro-mor lembrou-se do talento de José em interpretar sonhos e o recomendou ao seu senhor, relatando-lhe o que havia acontecido há dois anos quando estava na prisão (Gn 41:9-13). Logo, por ordem do Faraó, tiraram José da prisão por causa de sua habilidade, dada por Deus, de interpretar sonhos. José se barbeou, mudou de traje e apresentou-se ao Faraó (Gn 41:14). Depois de ouvir os sonhos do Faraó, José os interpretou imediatamente, dando glória a Deus, pois não perdia uma oportunidade para exaltar seu Senhor (Gn 41:16, 28). Segundo José, ambos os sonhos tinham o mesmo significado (Gn 41:29-32). Significava que o Egito passaria por sete anos de abundância e prosperidade e depois viriam sete anos de escassez e fome. Então, José aconselhou o Faraó, a nomear um administrador prudente e sábio para supervisionar o programa agrícola nacional e a dividir o Egito em distritos. Os responsáveis pelos distritos se encarregariam de recolher a quinta parte da produção durante os anos de abundância para estocá-los, sob o controle do Faraó, para uso nos anos de escassez e fome (Gn 41:33-36). O líder supremo do Egito ficou tão impressionado com a interpretação de seus sonhos que promoveu José à posição de ser seu mordomo, ou seja, o segundo homem em todo o Egito (Gn 41:37-41). No mesmo instante o Faraó colocou em seu dedo o selo real, vestiu-o com roupas finas, colocou um colar de ouro em seu pescoço, deu-lhe seu segundo carro como sinal que seria a maior autoridade após o Faraó, decretou que todos se inclinassem a ele, mudou seu nome para Zafnate-Panea, que significa “o que provê o sustento da terra” e lhe deu uma esposa, filha de um sacerdote e político muito importante (Gn 41:42-45). José tinha trinta anos (Gn 41:46), quando num só dia passou da prisão para um cargo elevado no palácio. Depois de ter passado treze anos servido na casa de Potifar e na prisão, Deus o abençoou. Sua esposa, Asenat, lhe deu dois filhos varões, Manassés e Efraim (Gn 41:50-52). Saindo da presença do Faraó, assumiu a sua função de governador, fazendo uma revista em toda a terra do Egito e durante sete anos de fartura abasteceu os depósitos de provisões. Exercendo a sua função de administrador, “José ajuntou todo o mantimento dos sete anos de fartura, que houve na terra do Egito, e o guardou nas cidades; o mantimento do campo que estava ao redor de cada cidade, guardou-o dentro da mesma” (Gn 41:48). Como José havia predito, depois de sete anos de abundância seguiram-se outros sete anos de escassez. Havia fome em todas as terras, porém no Egito havia pão. Mais tarde houve fome no Egito e o povo clamou ao Faraó por pão e este disse aos egípcios: “- Ide a José; o que ele vos disser fazei” (Gn 41:88). “Abriu José todos os depósitos, e vendia aos egípcios, porque a fome prevaleceu na terra do Egito” (Gn 41:56) e muitos povos, inclusive os hebreus, foram ao Egito para se abastecerem de alimentos (Gn 41:57). Deus é fiel e se alegra quando vê o valor da fidelidade na vida dos homens. José cria na fidelidade de Deus e foi fiel a Ele. José não deixou de ser fiel enquanto escravo, mordomo e encarregado dos prisioneiros. Permaneceu fiel diante da traição, da mentira, da calúnia, da injustiça, ao ser esquecido por quem ele havia ajudado e também quando recebeu poder nas mãos. José foi da prisão para o palácio e passou o resto da vida exercendo o poder e prestígio do próprio Faraó e, ao longo do caminho, salvou o povo de Deus da fome. Muitas pessoas enfrentam situações que parecem contrárias às promessas de Deus. Contudo, não devem abrir mão de sua fé. Não devem murmurar nem blasfemar, pois Deus continua no controle da história. O socorro sempre vem do Senhor. Todos os males na vida de José só serviram para empurrá-lo rumo ao posto de governador do Egito.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Qual a diferença entre desejos da carne e desejos da mente?

Por Josemar Bessa O apóstolo Paulo faz uma distinção entre os desejos da carne e dos pensamentos: “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” - Efésios 2:3 Ambos se opõe totalmente a Deus, ambos são fruto de nossa natureza caída. Mas são diferentes e de maneira sutil podem penetrar fortemente onde o outro não se manifesta tão evidentemente. Os desejos da carne parecem ser as mais grosseiros, as paixões mais sensuais, conectadas, por assim dizer, com a parte que gostaríamos de colocar como a mais inferior de nossa natureza. Os desejos da mente são aqueles que estão conectados com o que vemos muitas vezes até como qualidade superiores. Alguns estão completamente mergulhados em toda sorte de frutos sensuais de luxúria, na satisfação deles avidamente... Enquanto outros, que podem desprezar tudo isso, ou pelo menos não são tentados ou pratiquem tão avidamente estes, realizam com igual ardor os sussurros de um caráter e disposição mais refinados. Ambição de subir na vida, sede de poder sobre seus semelhantes, um desejo por fama, uma filosofia que parece moral mais que está em oposição a Verdade de Deus, descontentamento com a atual situação da vida, invejando outros em posições superiores a eles, riqueza, talento, realizações, posições mundanas, tentativa de felicidade fora de uma vida que em tudo glorifica a Cristo, ambição de sair da obscuridade, fazer um nome para si mesmo... “desejos da mente”. Observe como Paulo coloca tudo isso no mesmo nível, os desejos da carne e da mente, e põe sobre eles o mesmo selo, ambos com a marca negra da desobediência e sua consequência nefasta, a ira de Deus. Quando olhamos os desejos da carne se manifestando de maneira grosseira, tendemos a vê-lo como algo claro contra tudo o que Deus é, mas o que pensamos do comerciante incansável (ou em qualquer outra atividade), enérgico nos negócios, tendo como alvo da vida tão somente crescer... que põe em prática tudo que é necessário para isso, que racionaliza suas motivações, ou seus desvios na busca do crescimento?... Ele é igualmente culpado aos nossos olhos como aqueles que expressam os grosseiros frutos da carne? O que pensamos do artista dedicado dia e noite no cultivo de suas habilidades como pintor, músico, escultor, escritor... ou em todas as outras atividades da vida... enterrados em seus livros... no ramo particular que escolheu seguir, cuja vida e energia é totalmente gasta em satisfazer todos esses desejos de sua mente? Tanto quanto a sociedade, bem-estar público, o conforto próprio e de suas famílias, e o progresso do mundo estão em causa aqui... quando chegamos a pesar a questão diante de Deus, com a eternidade em vista, e as julgamos com a Palavra da Verdade, vemos imediatamente que não há diferença real entre eles, que o homem satisfazendo os desejos mais gritantes da carne e o erudito, o artista, o homem de negócios, o homem literário... em uma palavra, o homem do mundo, qualquer que seja o seu “mundo”... abraçado aos desejos da mente... ambos são da terra, são inimigos de Deus... Deus não está no centro do propósito de suas vidas, e se você pudesse olhar para o fundo de seus corações, muitas vezes ficaria evidente que o homem de “bem” voltado para os desejos da mente, com seu refinamento, educação... manifestam ser inimigos de Deus em suas mentes mais profundamente do que o libertino. O pecado em ambos é a mesma coisa, e consiste no fato de que em tudo que eles procuram satisfazer é uma mente carnal que é inimizade contra Deus e Sua Palavra, que não são sujeitos a ela, e como disse o Apóstolo, nem mesmo o podem ser. Deus (como se revelou em sua Palavra) não está em suas mentes, em seus pensamentos... apesar de viverem, respirarem, se moverem e existirem nEle, vivem inteiramente para si mesmos, e portanto, são rebeldes na definição mais profunda que Deus dá em Sua Palavra, alienados da vida de Deus, vivendo como se Deus não existisse ou como se existisse, existisse para eles e não eles para Deus. “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” - Efésios 2:3

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A primazia de Cristo

“Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou.”(Jo 13:13) Na Bíblia há exemplos de pessoas religiosamente experimentadas, sinceras, que, antes que permitissem a Cristo o primeiro lugar em suas vidas, tiveram que sofrer duras provações. São os casos de Tomé, Pedro e Paulo. O primeiro atravessou o obstáculo da incredulidade (Jo 20:25); o segundo, o da covardia (Jo 18:17,25,27); e o terceiro, o do fanatismo (At 26:5; Fl3:6). Incredulidade, covardia e fanatismo são alguns dos fatores que, ainda hoje, impedem a primazia de Cristo na vida do homem moderno. A verdade é que não é fácil entregar a Jesus a direção de nossas vidas quando cada um tem o seu modo de pensar e se deixa envolver nas atividades deste mundo. Se foi difícil para aqueles que O tiveram em carne e osso, quanto mais para os que O receberam em Espírito e em Verdade (Jo 4:24). Para o duvidoso e incrédulo Tomé, Jesus só passou a ser o seu Senhor, no momento quando ele identificou o Mestre com o nome de Deus (Jo 20:28). Para ele, Jesus foi então descoberto como sendo o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus criador de todas as coisas. Um era mesmo o Outro. “Deus meu!” Que resposta, quanta reverência. Tomé descobriu a primazia de Cristo em sua vida no momento em que Jesus repreendeu a sua incredulidade (Jo 20:29). Na ocasião em que Jesus foi preso e levado ao julgamento dos homens, Pedro observava os acontecimentos. Ele não precisava estar ali. Alguns apóstolos fugiram, mas Pedro queria ver o que estava acontecendo. Ele havia prometido ser fiel ao Mestre até a morte (Mt 26:35). Não foi. Em público, ele diz que nem sequer conhecia o prisioneiro condenado (Mt 26:69-75). Foi ali mesmo, naquele local, que Jesus teve a oportunidade de ocupar o primeiro lugar na vida de Pedro. A lembrança das palavras de Jesus ditas diretamente a ele antes da sua prisão, foi o instrumento usado para conduzir o apóstolo à completa submissão ao Filho de Deus (Mc 14:72). Paulo obedecia a sua própria vontade, o fanatismo religioso tomou conta de seu comportamento (At 9:1-2). Como pode um homem perseguir e matar, alegando fidelidade aos seus princípios religiosos? Estava errado! Ele agiu de acordo com a sua própria mentalidade até o dia quando sofreu a queda, na estrada de Damasco (At 9:3-4). Foi essa a forma que Deus usou para mostrar-lhe que acima de seu fanatismo está Jesus, o Senhor (At 9:5). “Senhor, que queres que eu faça?” É a pergunta que devemos fazer. Não podemos ser incrédulos, nem covardes, nem fanáticos religiosos. Estes males são obstáculos à primazia de Cristo em nossas vidas. O Senhor Jesus quer moldar as nossas vidas, ele quer ser, além de nosso Salvador, o nosso Senhor. E nós, o que desejamos?